A trading e processadora de commodities agrícolas Bunge elevou suas projeções de lucro para o ano inteiro depois de divulgar hoje (26) um resultado ajustado no terceiro trimestre que superou as expectativas, levando as ações a subirem nas negociações pré-mercado.
A melhora da previsão foi atribuída às condições favoráveis do mercado, já que a oferta global de safras apertada e a forte demanda beneficiaram intermediários da cadeia de suprimentos como a Bunge, que compra e vende produtos como soja e milho e as processa em alimentos, rações e biocombustíveis.
O lucro líquido atribuível à Bunge caiu para US$ 380 milhões, ou US$ 2,49 dólares, ante US$ 653 milhões, ou US$ 4,28 por ação, um ano antes.
Ajustado para itens não recorrentes, o lucro foi de US$ 3,45 por ação, abaixo dos US$ 3,72 por ação no mesmo trimestre do ano passado, mas acima da estimativa de consenso dos analistas de US$ 2,49.
A Bunge elevou seu guidance de lucro para o ano de 2022 para US$ 13,50 por ação, depois de ter aumentado para US$ 12 por ação três meses antes, à medida que as perspectivas para seus principais segmentos de negócios melhoraram.
Sua unidade de agronegócio apresentou resultados mistos no trimestre encerrado em 30 de setembro, uma vez que os custos de energia expressivamente mais altos na Europa e a demanda mais fraca na China devido às restrições da Covid compensaram os resultados mais fortes do processamento de oleaginosas na América do Norte e do Sul.
O segmento de óleos refinados e especiais da Bunge, no entanto, apresentou ganhos trimestrais mais fortes, devido a resultados sólidos nas Américas e na Europa.
Os ganhos da Bunge forneceram uma amostra de como os comerciantes de grãos resistiram aos altos preços de safras e energia e interrupções na cadeia de suprimentos, incluindo atrasos nas exportações nos portos do Mar Negro da Ucrânia após a invasão da Rússia.
A rival Archer-Daniels-Midland Co divulgou na terça-feira (25) seu maior lucro da história no terceiro trimestre e elevou suas perspectivas de lucro para o ano inteiro.