Os futuros de trigo e milho de Chicago subiram hoje (10) para os preços mais altos do mês, em meio a preocupações crescentes de que uma escalada nos combates entre a Rússia e a Ucrânia possa atrapalhar ainda mais os embarques de grãos dos portos do Mar Negro.
A Rússia atacou cidades ucranianas hoje (10) em aparente vingança depois que o presidente Vladimir Putin declarou que uma explosão na ponte para a Crimeia foi um ataque terrorista.
“Para grãos, hoje, é um rali de Putin”, disse Don Roose, presidente da US Commodities, com sede em Iowa. “O medo realmente aumentou nos mercados, de que ele simplesmente não concorde com um corredor de exportação de grãos daqui para frente, dada a ação militar”.
O rali do trigo deu um impulso aos futuros do milho, que também subiram com as expectativas de previsões de colheitas reduzidas nos Estados Unidos e na Europa.
Enquanto os futuros de soja se firmaram no meio da sessão, os traders disputaram para ajustar suas posições antes dos relatórios mensais de estimativas de oferta e demanda agrícola mundial do USDA (Departamento de Agricultura dos EUA) e produção agrícola na próxima quarta-feira (12).
Traders dizem que os mercados estão preocupados que o USDA possa aumentar o rendimento da soja ou a área no relatório, como fizeram nos últimos anos, disse Roose. E a incerteza sobre a demanda da China, o maior comprador mundial de soja, também manteve os ganhos sob controle, disseram traders.
Os futuros de trigo mais ativos da Bolsa de Chicago fecharam em alta de 57,75 centavos, a US$ 9,38 (R$ 48,71) por bushel. No início da sessão, o contrato atingiu o preço mais alto desde 11 de julho.
O milho subiu 15 centavos, a US$ 6,98 (R$ 36,25) o bushel, enquanto a soja ganhou 7 centavos para fechar a US$ 13,74 (R$ 71,35) por bushel.