A Argentina restabelecerá um câmbio preferencial para as exportações de soja até o final do ano, com o objetivo de acelerar os embarques de sua principal safra e trazer receita em dólar muito necessária, disse uma fonte do Ministério da Economia nesta sexta-feira (25).
O governo, que estimulou enormes exportações de soja em setembro com o chamado “dólar soja”, acertou um “piso” de cerca de US$ 3 bilhões em exportações com empresas de grãos, acrescentou a fonte.
A Argentina é o maior exportador mundial de óleo de soja e farelo de soja, mas a alta inflação e os rígidos controles de capital por vezes levaram os agricultores a manter suas safras como uma proteção contra a desvalorização da moeda local.
O banco central da Argentina está procurando reforçar suas reservas em moeda internacional, que caíram acentuadamente devido à incerteza em relação ao peso local, em meio à alta inflação e dificuldades financeiras.
Peso argentino
Em setembro, o banco central concedeu aos exportadores de grãos 200 pesos para cada dólar liquidado, consideravelmente mais alto do que a taxa oficial de cerca de 150 pesos por dólar. A taxa oficial agora é de 165 pesos.
“O dólar soja de setembro é reaberto com uma atualização da inflação”, disse a fonte sobre a medida, que vigorará da próxima segunda-feira até 31 de dezembro.
“O acordo do governo com as empresas de grãos (empresas de exportação agrícola) tem um piso garantido e assinado de US$ 3 bilhões”, acrescentou a fonte.
A medida em setembro estimulou a entrada de quase US$ 8 bilhões no país, dos quais cerca de US$ 5 bilhões permaneceram como reservas do banco central.