A Fundação Bill & Melinda Gates prometeu enviar US$ 7 bilhões (R$ 37,6 bilhões na cotação atual), nos próximos quatro anos, em doações para ajudar a combater a fome, doenças, desigualdade de gênero e pobreza na África. O anúncio foi feito ontem (17), por Bill Gates.
Gates, o bilionário cofundador da Microsoft que preside a fundação com sua ex-esposa, a também bilionária Melinda French Gates, fez o anúncio em Nairóbi, no Quênia.
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A fundação se concentrará em causas em Burkina Faso, Etiópia, Quênia, Nigéria e África do Sul, países nos quais sua fundação acredita que pode haver um maior impacto, de acordo com a Bloomberg, que divulgou a notícia.
As doações também irão para ações que levem à melhoria da produtividade agrícola na África. A Nigéria – que é o país mais populoso da África – provavelmente receberá a maior parte dos gastos, disse Gates.
As doações se somam às filantropias que a Fundação Gates já apoia no continente, como grupos que trabalham para tornar as vacinas mais acessíveis e combater doenças como AIDS, tuberculose e malária.
A Fundação Gates já destinou cerca de US$ 80 bilhões (R$ 430 bilhões) em filantropia desde 2000, sem incluir o recém anúncio dos US$ 7 bilhões. O mais recente comunicado da fundação havia ocorrido em julho, quando Bill e Melinda informaram sobre uma doação de US$ 20 bilhões (R$ 107,3 bilhões), o que os tornou os maiores filantropos de todos os tempos.
De acordo com estimativas da Forbes, atualmente Gates tem um patrimônio avaliado em US$ 103,6 bilhões (R$ 555,9 bilhões), valor que o torna a quarta pessoa mais rica do mundo. A fortuna de Melinda é estimada em US$ 6,6 bilhões (R$ 35,4 bilhões).
Gates fez o anúncio durante sua primeira viagem à África, desde o início da pandemia de Covid-19, durante a qual visitou institutos de pesquisa agrícola e fazendas, juntamente com centros de saúde e pesquisadores médicos para aprender como as doações da fundação podem ajudar, informou a Fundação Gates. A pandemia de Covid-19 comprometeu décadas de progresso na luta contra doenças, como HIV e Aids, malária e tuberculose na região, segundo a fundação, e também afetou significativamente os esforços de vacinação. Cerca de 278 milhões de pessoas na África são afetadas pela fome crônica em todo o continente.
Gates e Melinda continuam co-presidindo sua fundação, após o divórcio no ano passado. Depois do anúncio, Gates transferiu US $ 2,4 bilhões (R$ 12,9 bilhões) em ações para Melinda, tornando-a bilionária por direito próprio. Em setembro, Gates disse que ele e a ex-esposa planejavam administrar a fundação por mais 25 anos, e que o objetivo da instituição, até lá, é acabar com “doenças infecciosas, ou todas as doenças que tornam o mundo desigual, seja através da erradicação ou reduzindo-os a níveis muito baixos.”