A Tereos, uma das maiores produtoras de açúcar do Brasil e do mundo, está investindo R$ 23,5 milhões em um projeto para ampliar a utilização da vinhaça para fertilização de seus canaviais, aumentando em cerca de 40 mil hectares de aplicação nas áreas da empresa.
A vinhaça, coproduto da cana-de-açúcar gerado a partir da fabricação de etanol, contém principalmente o potássio, nutriente essencial para o desenvolvimento da cana, além de outros nutrientes em menor quantidade. Dessa forma, sua aplicação é uma prática cada vez mais comum para fertilização das plantações, possibilitando a destinação correta do resíduo.
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“A iniciativa também reforça um de nossos principais pilares, a sustentabilidade, ao aproveitar ao máximo os resíduos de nossa principal matéria-prima, a cana-de-açúcar”, complementa Everton Carpanezi, superintendente de operações agroindustriais da empresa.
BP Bunge fecha acordo com Tim para transformação digital
A BP Bunge Bioenergia, uma das principais processadoras de cana-de-açúcar do Brasil, fechou uma parceria com a operadora Tim para avançar sua cobertura de 4G em suas 11 unidades pelo país. A cobertura total vai chegar a 3 milhões de hectares espalhados pelos estados de Goiás, Minas Gerais, Mato Grosso do Sul, São Paulo e Tocantins. Nestas localidades, a BP Bunge possui um total de 450 mil hectares de área plantada.
Além da digitalização dos processos produtivos da empresa, o projeto deve beneficiar cerca de 174 mil pessoas dos municípios vizinhos às usinas, 29 escolas públicas e 10 unidades básicas de saúde. O projeto contempla a instalação de aproximadamente 100 novas torres de 4G.
“Damos mais um passo de transformação digital para potencializar eficiência operacional e rentabilidade e, para além dos negócios, contribuímos para a inclusão digital e para o desenvolvimento local nas comunidades onde temos operações”, afirma Geovane Consul, CEO da BP Bunge Bioenergia.
BrasilAgro lucra R$ 42 milhões no primeiro trimestre da safra
A BrasilAgro, produtora de commodities e imobiliária especializada na compra e venda de terras agrícolas, anunciou ontem (10) que teve lucro de R$ 42 milhões no primeiro trimestre do ano safra 2022/23, entre julho e setembro, e atingiu margem líquida de 13%. Segundo a companhia, historicamente, o primeiro trimestre representa em média 30% do faturamento dentro do ano fiscal devido à sazonalidade do negócio.
A receita líquida da companhia atingiu R$ 299,8 milhões, ante os R$ 378 milhões de igual período da safra passada, uma diferença de -21%. O Ebitda (Lucros antes de juros, impostos, depreciação e amortização) ajustado registrou diminuição de 52%, já que havia somado R$ 223,9 milhões no primeiro trimestre da safra passada.
“Na safra passada antecipamos a venda de soja, e por isso tivemos 68% a mais deste grão negociado no mesmo período. Essa diferença na estratégia de comercialização, somada a diminuição do preço da cana-de-açúcar por kg de ATR, impactou os números em relação ao ano passado”, afirma a companhia por comunicado
Nova edição do Rally da Pecuária é lançada
Foi lançada ontem (10) a nova edição do Rally da Pecuária, expedição técnica realizada anualmente para avançar o conhecimento técnico sobre pecuária. Ao contrário das edições anteriores, a expedição terá duração de nove meses, com equipes dedicadas às visitas presenciais, levando informações aos produtores e técnicos de campo, e à realização de oito eventos regionais in loco, com temas relacionados à produtividade e sustentabilidade.
No campo, a equipe técnica percorrerá, a partir do dia 16 de novembro, os estados de Goiás — saindo de Goiânia e percorrendo as regiões de Rio Verde, onde será realizado evento regional, e Nova Crixás — seguindo para a região de Gurupi (TO) e chegando na capital Palmas (TO). Na sequência, os técnicos irão para as regiões paraenses de Redenção e Xinguara, retornando a Palmas em 25 de novembro.
A segunda equipe terá início em 11 de dezembro, deixando o Tocantins em direção ao Mato Grosso, onde percorrerá as regiões de Vila Rica, Ribeirão Cascalheira, Barra do Garças, Rondonópolis — onde será realizado evento técnico -, Cuiabá e Pontes e Lacerda, encerrando esta etapa em 17 de dezembro em Vilhena, Rondônia. As próximas etapas ocorrerão a partir de 23 de janeiro de 2023.
Nestlé lança primeira cafeteira de cápsulas compostáveis
Em busca de maior sustentabilidade, a Nestlé anunciou ontem (10) o lançamento da primeira cafeteira de sua marca a aceitar cápsulas compostáveis, produzidas 100% de papel em sua fábrica de Montes Claros (MG).
Feitas com papel certificado pela organização não governamental FSC (Forest Stewardship Council) e um polímero biodegradável compostável, a cápsula protege o café de alta qualidade da oxidação e garante a extração perfeita. “Tornar a sustentabilidade escalável é o grande desafio da indústria. O lançamento é um marco tecnológico de baixo impacto ambiental”, afirma Marcelo Melchior, CEO da Nestlé Brasil
O café das cápsulas é produzido em fazendas localizadas no Cerrado Mineiro, Sul de Minas e Espírito Santo.
SRCG apoiará comercialização de créditos de carbono
O SRCG (Sindicato Rural de Campo Grande, Rochedo e Corguinho), de Mato Grosso do Sul, anunciou que passará a aceitar a demanda de produtores rurais interessados na comercialização de crédito de carbono, a partir deste mês de novembro. A iniciativa tem por finalidade reunir o máximo de pecuaristas e agricultores, que tenham Reserva Legal ou APP (Áreas de Preservação Permanente), para que suas florestas sejam somadas, chegando a um montante ideal a ser comercializado, que deve ser de no mínimo 15 mil hectares.
“Grandes empresas como Movida, Amazon, Gol Linhas Aéreas, eventualmente estão em busca da compra desses ativos ambientais. Nossa finalidade é intermediar e ajudar o produtor rural a encontrar soluções no mercado e criar uma renda extra na atividade, que fará toda a diferença”, explica Alessandro Coelho, presidente do SRCG.
O sindicato terá o apoio da Produzza Agroambiental, empresa responsável pela avaliação das propriedades rurais e criação do projeto. Nesta etapa a empresa avalia todas as características da vegetação, bem como as emissões de captura de carbono. “Nada mais é que um levantamento que nos direciona, apontando se essa área serve para se chegar ao valor de mensuração do crédito que ela gera”, diz Leandro Martins, da Produzza Agroambiental.
Yara firma parceria com UNICEF para capacitar jovens
A Yara, multinacional produtora de fertilizantes, fechou uma parceria com a Unicef (Fundo das Nações Unidas para a Infância) para apoiar um conjunto de políticas públicas voltadas ao desenvolvimento de crianças e adolescentes de São Luís (MA).
A iniciativa chamada de “”#AgendaCidadeUNICEF” trabalhará em quatro frentes: “Busca Ativa Escolar”, estratégia para o enfrentamento à exclusão escolar; “Inclusão Sócio-Produtiva”, com expansão das oportunidades de aprendizado de novas competências e engajamento no mundo do trabalho para adolescentes e jovens; e “Proteção contra Violências”, voltado ao enfrentamento às violências contra jovens e adolescentes, especialmente racial e de gênero.
“A estratégia de atuação em responsabilidade social tem como uma de suas principais premissas o desenvolvimento e o empoderamento das comunidades em que atuamos, além do apoio à educação”, explica Mônica Bacchiega, coordenadora de sustentabilidade da Yara. “Temos um olhar especial para as crianças e adolescentes e, para nós, toda e qualquer iniciativa que mantenha-os na escola, capacite-os para o futuro e enfrente a violência de gênero e racial são extremamente importantes.”
Mapeamento analisará a produtividade de citros
O laboratório de agricultura digital da UFV (Universidade Federal de Viçosa), com apoio da Fapemig (Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Minas Gerais), iniciou nesta semana um estudo inédito em Santa Cruz do Rio Pardo (SP) sobre a produtividade dos pomares em unidade produtiva da produtora de laranja Agroterenas.
A iniciativa tem como objetivo desenvolver e validar métodos de mapeamento de produtividade das plantações de citros, baseados na aquisição de imagens dos pomares. Para isso, será utilizada a tecnologia de sensores e inteligência artificial “LeafSense”, da agtech paulista Adroit Robotics. “Essa pesquisa ajudará a identificar problemas e desenvolver soluções de aumento de produtividade e economia de recursos”, diz Angelo Gurzoni Jr., diretor de tecnologia da agtech.
Os dados serão coletados em pomares ao longo de duas safras, em uma área comercial. Imediatamente antes da colheita, serão captadas as imagens com o sensor LeafSense. Serão então processadas com algoritmos avançados para identificação, contagem e medição dos frutos nas árvores. Em seguida, os sacolões serão georreferenciados com um receptor de posicionamento global por satélite. A partir de técnicas de geoestatística, serão gerados os mapas de produtividade de referência.
Mapa habilita primeiras empresas para exportar polpa cítrica à China
O Mapa (Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento) encaminhou na segunda-feira (7) para a GACC (Administração Geral de Alfândegas da China) uma lista contendo as cinco primeiras empresas habilitadas para exportação de polpa cítrica ao país asiático. A polpa cítrica é o subproduto obtido da extração do suco de laranja pela indústria e é matéria-prima para alimentação animal.
“A exportação desse produto vem sendo negociada desde 2017 e neste ano com a assinatura do protocolo o mercado foi aberto para o setor”, explica Hugo Caruso, coordenador de qualidade vegetal do Mapa. “Agora as empresas habilitadas poderão embarcar seus produtos à medida que os chineses demandarem.”
Na época das negociações estimava-se uma demanda inicial de 200 mil toneladas por ano de polpa cítrica para alimentação de gado leiteiro. O país asiático é desde 2019 um grande produtor mundial de leite, com produção de 31 milhões de toneladas desse alimento.
“Com o crescimento do setor leiteiro da China, a demanda de produtos para alimentação desses animais aumentou, sendo a polpa cítrica uma possível fonte. A assinatura do protocolo representa uma boa oportunidade para o Brasil, que poderá atender o mercado chinês”, disse Caruso.
3tentos fatura R$ 2 bilhões no terceiro trimestre
A 3tentos, empresa de Santa Bárbara do Sul (RS) que produz farelo e óleo de soja e biodiesel, registrou receita operacional líquida de R$ 2 bilhões no terceiro trimestre de 2022. O valor é um recorde e representa crescimento de 13,3% em relação ao mesmo período do ano passado.
No ano, a companhia cresce 27,7%, atingindo receita de R$ 4,73 bilhões, com crescimento de no segmento de insumos.
“Começamos a observar, neste trimestre, um movimento do produtor se planejando para a safra de 22/23, o que corrobora os resultados expressivos que registramos no segmento de insumos”, afirma Luiz Osório Dumoncel, CEO e fundador da companhia. “No Mato Grosso, tivemos contribuição importante da safrinha de milho, e, na indústria, concluímos a expansão da capacidade de processamento de soja na fábrica de Cruz Alta (RS), um investimento de R$ 162 milhões realizado ao longo de 20 meses.”
John Deere realiza campanha em supermercados
A John Deere, multinacional de máquinas agrícolas, realizou nesta semana a campanha “Inspirações do Agro” na rede de supermercados Oba, na cidade de São Paulo (SP), e na rede Zaffari, em Porto Alegre (RS). Foram instaladas telas em alguns carrinhos de compra para apresentar vídeos de produtores apresentando a história por trás do cultivo de café, cana-de-açúcar e milho.
“A maioria das pessoas compreende a relevância do trabalho do campo para o abastecimento de mercados, hortifrutis, feiras e lares”, explica Alfredo Miguel Neto, diretor de assuntos corporativos da empresa na América Latina. “Porém, ao dar nome, contar histórias e mostrar um pouco da rotina dos produtores, tornamos a realidade desses trabalhadores ainda mais inspiradora.”
A empresa planeja retomar a campanha no ano que vem em maior escala e contando a história dos produtores de soja, citrus e outros cultivos.
Missão técnica estuda implantação de IG para carne do Pantanal
Uma missão técnica com representantes da Famato (Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Mato Grosso), Embrapa Pantanal (MS), ABPO (Associação Pantaneira de Pecuária Orgânica e Sustentável) e outras entidades baseadas nos dois estados realizou nesta semana uma viagem técnica para Bagé (RS). O grupo com cerca de 20 pessoas está estudando a possibilidade de pedir o registro de IG (Indicação Geográfica) para a carne produzida na região do Pantanal.
“Nós vamos visitar algumas propriedades que já têm esse selo, tanto para carne quanto para azeite ou vinho”, explica Ida Beatriz, presidente do Sindicato Rural de Cáceres e uma das 100 mulheres poderosas do agro. “Estamos fazendo esse estudo de caso para implementar no pantanal mato-grossense.”
Este tipo de DO (Denominação de Origem) ajuda a fortalecer a economia de regiões que possuem um alimento produzido de maneira única de acordo com tradições e características próprias do local da IG.
Minerva Foods se aproxima de pequenos varejistas com marketplace
A Minerva Foods, uma das principais produtoras de carne in natura do mundo, passou a comercializar seu portfólio de carnes no marketplace Souk, utilizado por pequenos e médios varejistas.
“Hoje, a tecnologia já faz parte de praticamente todas as cadeias de produção e valor, e não poderia ser diferente com a carne bovina”, diz Marcelo Narita, gerente de e-commerce da Minerva. “Oferecer os nossos produtos aos pequenos varejistas em parceria com a Souk é utilizar a tecnologia para chegar ao mercado de bairro.”
Segundo a companhia, a conexão direta entre indústria e varejo ainda permite a comercialização de produtos que seriam descartados por estarem próximos do vencimento e possibilita que os mercados de bairro obtenham descontos que podem variar de 20% a 80%.
Pimenta-do-reino do ES terá Indicação Geográfica
A pimenta-do-reino do Espírito Santo recebeu na terça-feira (8) o reconhecimento de IP (Indicação de Procedência) para uma área geográfica que abrange 29 municípios capixabas. Somada a esta, o Brasil chega a 106 Indicações Geográficas registradas no INPI (Instituto da Propriedade Industrial), sendo 32 DO (Denominações de Origem) e 74 IP.
As IGs são conferidas a produtos ou serviços característicos do seu local de origem, que detêm valor intrínseco, identidade própria, o que os difere dos similares disponíveis no mercado.
A pimenta-do-reino passou a ser plantada no Espírito Santo em 1970, com mudas trazidas do norte do país. Ao longo dos anos, a área de cultivo do produto cresceu e, atualmente, o estado está entre os maiores produtores brasileiros de pimenta-do-reino, com áreas predominantes de cultivo em sua região norte.
Só em 2020, a especiaria do Espírito Santo foi comercializada em 65 países, dentre eles, Itália, Alemanha, Portugal, Índia e Vietnã, que é o maior produtor mundial do condimento, mas busca o produto brasileiro para reexportação por sua qualidade.
Prêmio da Fundação Bunge reconhece pesquisadores brasileiros
A 66ª edição do Prêmio da Fundação Bunge, realizada na quinta-feira (10), em São Paulo, destacou pessoas que têm feito a diferença na construção de um futuro que une harmonicamente produção agropecuária, sustentabilidade e respeito aos seres humanos.
“Para nós, da Fundação Bunge, é um prazer há mais de 67 anos não só privilegiar ciências, artes e letras no país por meio deste prêmio, mas todos os projetos que temos também para o desenvolvimento socioeconômico dos municípios onde estamos inseridos”, diz Cláudia Buzzette Calais, diretora-executiva da fundação.
Mariangela Hungria da Cunha, pesquisadora da Embrapa, professora doutora da UEL (Universidade Estadual de Londrina) e membro da Sociedade Brasileira de Ciência do Solo foi premiada na categoria Vida e Obras. Ela já desenvolveu diversas pesquisas sobre biodiversidade microbiana, microbiologia do solo e fixação biológica do nitrogênio. “Receber este prêmio é um momento mágico, é a coroação de uma vida de trabalho dedicada à sustentabilidade, trabalhando com os microrganismos, substituindo o uso de fertilizantes”, afirma Mariangela.
Carlos Alexandre Costa Crusciol, professor doutor da Unesp (Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho), em Botucatu (SP), também foi contemplado na categoria “Vida e Obra” por desenvolver pesquisas capazes de utilizar a tecnologia de hoje para garantir o solo de amanhã. A fundação também premia jovens pesquisadores até 35 anos. Neste ano os premiados foram Maurício Roberto Cherubin, professor doutor do departamento de ciência do solo da Escola Superior de Agricultura “Luiz de Queiroz” (Esalq-USP), e Bernardo Moreira Cândido, professor doutor do IAC (Instituto Agronômico de Campinas).