A biodiversidade, com certeza, é a maior riqueza do Brasil. E trago hoje um trabalho realizado no Pampa, na região sul do Brasil. Com o objetivo de rever o quadro de perdas dos campos nativos e toda sua biodiversidade associada, especialmente os pássaros, a Alianza del Pastizal é um projeto que busca integrar o desenvolvimento do bioma com a conservação.
São mais de 40 organizações que compartilham a sua visão com produtores rurais, indústrias, sindicatos e instituições de pesquisas, envolvendo quatro países: Brasil, Argentina, Uruguai e Paraguai. Inclusive, eles criaram um programa de certificação das propriedades rurais para diferenciar aqueles que se preocupam com o tema, trazendo uma referência ao consumidor.
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Um dos critérios é que 50% da área seja de vegetação nativa. Quem participa têm o monitoramento da biodiversidade, especialmente das aves que habitam no Pampa, pois elas são um indicador biológico de ambientes saudáveis.
Trago esse tema, porque falamos muito de biodiversidade na Amazônia, no Cerrado, mas também existem outros trabalhos importantes em outras regiões e biomas do Brasil. É preciso reconhecer que a biodiversidade é a nossa mais importante moeda. E os produtores modernos tem essa consciência, porque a propriedade rural não é algo dividido em departamentos isolados, mas funciona como um grande ecossistema que atua de forma integrada, aliando preservação e conservação.
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Carmen Perez é pecuarista e entusiasta das práticas do bem-estar animal na produção animal. Há 14 anos, trabalha intensivamente a pesquisa na fazenda Orvalho das Flores, no centro-oeste do Brasil, juntamente com o Grupo Etco, da Unesp de Jaboticabal e universidades internacionais. Foi presidente do Núcleo Feminino do Agronegócio (NFA) em 2017/2018.
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