A exportação de café verde do Brasil somou 3,4 milhões de sacas de 60 kg em novembro, alta de 19,2% na comparação anual, em momento de firme demanda externa devido ao consumo global aquecido da bebida, informou hoje (12) o Cecafé (Conselho dos Exportadores de Café).
Contudo, a entidade destacou que gargalos logísticos continuam a afetar os embarques, que ainda estão “longe da condição de normalidade”.
A exportação de café arábica do Brasil somou 3,3 milhões de sacas no mês passado, alta de 25,5% na comparação anual. Já os embarques de robusta/conilon ficaram em apenas 99 mil sacas, baixa de 55,3%.
“O cenário logístico vem evoluindo de forma gradual nos últimos meses… Por outro lado, a demanda se mantém e os grandes consumidores seguem buscando, no maior produtor e exportador do mundo, a qualidade e a diversidade de nossos produtos, que respeitam os critérios socioambientais e vão ao encontro das exigências de sustentabilidade dos mercados internacionais”, disse o presidente do Cecafé, Günter Häusler, em nota.
Novembro é tradicionalmente um mês forte para as exportações de café do Brasil. Apesar do forte crescimento ante 2021, quando a safra foi prejudicada pelo clima, a marca deste ano ainda fica abaixo do mesmo mês de 2020, quando os embarques de grãos verdes atingiram 4,4 milhões de sacas.
Considerando o produto industrializado, embarques nacionais do produto totalizaram 3,673 milhões de sacas em novembro, crescimento de 14,2%.
A receita cambial saltou 39,9% no mesmo intervalo comparativo, para os atuais US$ 885,2 milhões, recorde histórico para novembro.
Com esse desempenho, as exportações de café do Brasil, no acumulado dos cinco primeiros meses do ano safra 2022/23, sobem para 16,051 milhões de sacas, tornando-se positivas em 1,7%. Em receitas, foi o segundo melhor desempenho da história, atrás apenas do mesmo período da temporada 2011/12, com o total chegando a US$ 3,847 bilhões (+43,6% ante idêntico intervalo anterior).