A JBS, segunda maior empresa de alimentos do mundo e integrante da lista Forbes Agro100, anunciou nesta semana que se tornou a primeira empresa do setor de alimentos a ter um empreendimento habilitado para emitir I-RECs (Certificados Internacionais de Energia Renovável ), que comprovam a geração de energia elétrica proveniente de fontes renováveis e ambientalmente responsáveis.
A certificação foi conquistada por meio da Biolins, termelétrica localizada na cidade de Lins (SP), que pertence à companhia e usa como matéria-prima para geração de energia diversos tipos de biomassa, como bagaço de cana-de-açúcar, serragem de madeira e resíduo de eucalipto. A usina tem 45 MW de capacidade instalada, volume suficiente para abastecer uma cidade de 300 mil habitantes. Com base na energia gerada pelo empreendimento em 2021, a Biolins pode emitir 113,4 mil certificados relativos ao ano passado.
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Segundo Maurício Bauer, diretor de sustentabilidade da JBS, a termelétrica supre atualmente 20% das necessidades de energia elétrica da companhia no Brasil. “Essa conquista é muito relevante, porque atesta que a Biolins é ambientalmente limpa e injeta energia de fonte 100% renovável no Sistema Interligado Nacional (SIN). Com isso, os detentores dos I-RECs emitidos pela termelétrica poderão comprovar que a energia consumida em suas operações é limpa”, diz.
Cromai levanta R$ 15 milhões para expandir participação no mercado sucroenergético
A Cromai, agtech paulista de inteligência artificial que criou um sistema para detecção de plantas invasoras nas lavouras, finalizou uma rodada de investimento voltada à expansão de sua participação no mercado sucroenergético e início da operação com grãos e fibras. O aporte de aproximadamente R$ 15 milhões veio da Baraúna Venture Capital, empresa paulista de investimentos, e de Henrique e Luiza Del Papa, diretores da Agropecuária Sucuri, grupo de MT que produz cana-de-açúcar e atua há 20 anos na criação de gado da raça nelore.
“Quando me foi apresentado o projeto de Cromai para um dia de campo, vi na agtech um potencial de grande crescimento, não só por resolver uma dor real dos produtores, mas também como uma empresa de entregas de impacto (ESG). No dia de campo foi comprovada toda eficiência apresentada, e não tive dúvidas que deveria ser a escolhida para o aporte”, afirma Henrique Del Papa. “O mercado global tem como suas principais preocupação a produção sustentável e eficiente, problemas que a tecnologia resolve na raiz.”
Segundo Guilherme Castro, CEO da Cromai, a agtech teve um crescimento de quatro vezes em 2022 e já atende mais da metade dos trinta maiores produtores de cana. O objetivo agora é estar em 33% das mais de 400 usinas de cana do país até o final de 2024. “Em dois anos, temos previsão de aumentar em oito vezes nosso faturamento e, além da expansão em cana, pretendemos chegar a mil produtores de soja no Brasil”, explica.
Pretaterra junta esforços com tribo indígena
A Pretaterra, hub de inteligência agroflorestal sediado em Timburi (SP), fechou uma parcaria com a aldeia indígena Tekoa Porã, da etnia guarani. As terras da aldeia agora passam a integrar o projeto de restauração produtiva “Agrofloresta na Mata Atlântica”, que funciona com fundos da empresa de processamento de alimentos Cargill. Até o final de 2023, serão implementados 6 hectares de agrofloresta na aldeia, localizada em Itaporanga, no interior de São Paulo, às margens do Rio Itararé.
“Entender como os povos da floresta trabalham em harmonia com a natureza é a chave para a construção de um futuro regenerativo, com alimentos nutritivos e abundantes para todos, inclusão social e mitigação climática”, afirma Valter Ziantoni, um dos fundadores do hub.
O projeto já plantou 100 hectares de Mata Atlântica na região de Timburi, também no interior de São Paulo, e mais de 30 hectares com outros povos indígenas na região. Nos próximos anos, serão plantados mais 200 hectares, com cerca de 200.000 árvores no total.
Fumacense Alimentos reduz emissões com aproveitamento de casca de arroz
A Fumacense Alimentos, empresa sediada em Morro da Fumaça (SC), reaproveitou mais de 21 mil toneladas de casca de arroz em 2022, transformando-as em 4.290 megawatts por hora de energia por meio de sua usina termelétrica própria.
Com base no estudo “Geração de energia através da casca de arroz: uma análise ambiental”, realizado por professores da UFSM (Universidade Federal de Santa Maria) ao lado de Lucas Tezza, o coordenador da central termelétrica da empresa, o reaproveitamento do material resultou na redução da emissão de 2,8 mil toneladas de gás metano em 2022.
“Para 2023, já estamos com um projeto de ampliação considerável da nossa termelétrica, o que vai permitir que consigamos fazer ainda mais”, evidencia Tezza.
Em 2022, BeGreen produziu 300 toneladas dentro de fazendas urbanas
A BeGreen, empresa fundada em 2017 que instala fazendas em shopping centers, fábricas e edifícios corporativos,produziu cerca de 300 toneladas de hortaliças e frutas ao longo de 2022.
A rede que já possui oito unidades espalhadas em BA, MG, SP, RJ e GO realiza sua produção sem o uso de agrotóxicos e doa parte do que é produzido dentro de suas fazendas urbanas.
“A doação de alimentos é um dos aspectos que mais prezo dentro da BeGreen, fixamos para essa iniciativa um mínimo de 5% de toda a colheita”, comenta Giuliano Bittencourt, fundador e CEO da BeGreen.
Castrolanda conquista selo de integridade
A Castrolanda, cooperativa agroindustrial de Castro (PR), conquistou durante o mês de dezembro o selo “Mais Integridade”, um reconhecimento do Mapa (Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento) para empresas do agro avaliadas nos âmbitos de responsabilidade social, sustentabilidade, ética e práticas anticorrupção.
Instituído em 2018, a certificação chegou à quinta edição e é dividida em dois selos. O selo verde, conquistado pela Castrolanda, é concedido às companhias que conquistam o reconhecimento pela primeira vez. Já o selo amarelo homenageia aquelas que conseguem renovar a premiação.
Com a conquista do selo, a cooperativa fica apta a estampá-lo em todos os seus produtos e linhas de divulgação após a realização da cerimônia oficial de entrega da homenagem.
Rech investe R$ 1,2 milhão em geração de energia limpa
A Rech, fabricante de peças para máquinas agrícolas de Itajaí (SC), anunciou nesta semana que investiu R$ 1,2 milhão em quatro usinas para geração de energia solar fotovoltaica em unidades da rede nos estados de Mato Grosso e Bahia.
Ao todo, as usinas somam 700 placas solares e o retorno previsto dos projetos é de aproximadamente 3 anos. Apenas entre julho e outubro deste ano, a empresa já economizou R$ 63 mil em contas de energia.
“Com o projeto de geração de energia limpa, deixamos de emitir pelo menos 5 toneladas de CO2”, afirma Barbara Silva, coordenadora de sustentabilidade da empresa. Além disso, a Rech compensou 100% das suas emissões de CO2 de janeiro a setembro de 2022, com o plantio de 2.950 árvores de pelo menos 35 diferentes espécies.
Grupo Fictor investe em créditos de sustentabilidade
O Grupo Fictor, holding paulista que possui produtos nos segmentos de commodities e alimentação, anunciou nesta semana que iniciará um levantamento de todos os impactos ambientais gerados por suas operações. De acordo com a companhia, está é uma forma de definir um plano de monitoramento, mitigação e compensações dos impactos, apresentando uma transparência e perenidade da estratégia de ESG.
Dentro deste cenário, o grupo está realizando o investimento em UCS (unidade de crédito de sustentabilidade) equivalente ao consumo de recursos naturais de suas atividades do último ano, garantindo o fornecimento dos serviços ambientais até junho de 2023 para sua matriz corporativa. A UCS é uma commodity ambiental, produto da atividade de conservação de florestas nativas, desenvolvido pelo Grupo BMV.
“A obtenção desses créditos, atesta o investimento em proteção e preservação das florestas, na qual é um passo que a companhia está dando na implementação das políticas de ESG”, afirma Rafael Gois, sócio do grupo.