O Índice de Poder de Compra de Fertilizantes (IPCF), calculado pela multinacional do setor Mosaic, alcançou 1,1 ponto em novembro, melhor patamar do ano para o agricultor na relação de troca do insumo por produtos agrícolas.
O resultado do indicador divulgado nesta terça-feira (13) é o menor de 2022, está abaixo do desempenho de 1,21 registrado em outubro e é inferior a 1,66 ponto obtido no mesmo período do ano passado.
De acordo com a metodologia do IPCF, quanto mais distante de 1, pior é a relação de troca para o agricultor, enquanto resultados abaixo de 1 indicam que os adubos estão mais acessíveis.
“A melhoria reflete a combinação da redução média de 7% dos preços dos adubos, em comparação a outubro, e da apreciação das principais commodities agrícolas produzidas no Brasil”, disse a Mosaic em nota.
Segundo a companhia, o preço das commodities registrou alta, em média, de quase 2% em relação a outubro, recuperação liderada pela cana-de-açúcar, que teve uma valorização de 4% na variação mensal. Os preços da soja e milho ficaram estáveis, de acordo com a análise.
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Além de considerar a variação de preços dos adubos e das commodities, o indicador também avalia o câmbio, que apesar de ter aumentado em 0,75% em novembro, motivado pelo momento político econômico brasileiro de transição de governos, não impactou o número final, disse a Mosaic.
A guerra na Ucrânia gerou temores sobre a falta de fertilizantes, levando a uma disparada nos preços do adubos ao longo do ano, principalmente para o Brasil, que importa cerca de 85% de seu consumo.
No entanto, à medida que os adubos continuaram sendo entregues e as preocupações sobre escassez diminuíram, os valores do insumo caíram.
Na segunda-feira, o CEO da Nutrien para América Latina, André Dias, disse à Reuters que a expectativa é de que 2023 seja um período “mais normal” para as cotações de fertilizantes e defensivos.