A Danone, uma das maiores companhias de laticínios do mundo, anunciou um plano de ação global para reduzir as emissões absolutas de metano a partir de sua cadeia de suprimentos de leite fresco em 30% até 2030. Com isso, a Danone espera remover 1,2 milhão de toneladas equivalentes a dióxido de carbono de emissões de metano no período. O plano aprofunda o que a empresa já fez nos últimos anos, que foi reduzir em cerca de 14% as emissões entre 2018 e 2020.
A produção de produtos derivados do leite a partir do gado constitui cerca de 8% do total de emissões de metano causadas por humanos, como parte das atividades de agricultura e pecuária, que representam aproximadamente 40% das emissões globais de metano. Com o anúncio, a Danone é a primeira companhia alimentícia a estabelecer uma meta de redução de metano e alinhar-se com a ambição do Global Methane Pledge, lançado na COP26. A companhia passará a reportar suas emissões de metano como parte de sua divulgação financeira. Em 2021, a receita global foi de 24,2 bilhões de euros.
“Os laticínios são uma fonte de nutrição acessível. Como uma das maiores companhias de laticínios do mundo, temos o desafio de produzir mais [para alimentar uma população crescente] e reduzir ao máximo as emissões e impactos sobre o clima’, diz Antoine de Saint-Affrique, CEO da Danone. “Nosso plano ambicioso de reduzir as emissões de metano – alinhados aos Global Methane Pledges de 150 países –, é um compromisso para obter laticínios regenerativos”.
A Danone trabalha diretamente com 58.000 produtores de laticínios em 20 países e já apoiou projetos para a produção de leite em 14 países por meio de programas de agricultura regenerativa, iniciativas tais como Farming for Generations e com o Ecossistema Danone.
Vinícola Aurora exporta 40% mais em 2022
A Vinícola Aurora fechou 2022 com exportação de 1,8 milhão de litros de sucos de uvas e vinhos para 18 países, um crescimento de 43,6% frente a 2021, tendo os continentes asiático e americano no topo do ranking. Mais da metade das transações foram de suco de uva integral. Nos últimos cinco anos, a categoria pulou de 56.890 litros para 690.523 litros exportados, uma expansão de mais de 1.500%.
Sem divulgar os dados, a empresa afirma que alcançou seu maior faturamento nas exportações em 20 anos, registrando alta de 46,6% em valor na venda de vinhos, espumantes e sucos de uva. “Estamos registrando uma frequência mais alta nas exportações, o que mostra a consolidação dos mercados. Só nos últimos cinco anos, tivemos um crescimento de 371% no volume de sucos, vinhos e espumantes. Para 2023, nossa expectativa é ampliarmos em, pelo menos, 20% a nossa participação nas vendas setoriais para o exterior”, diz Giorgia Mezacasa Forest, supervisora de exportação e importação da vinícola.
AgroGalaxy emite CRAs para financiar transição verde
A AgroGalaxy criou uma linha de financiamento verde para apoiar produtores rurais na transição para uma agricultura de baixo carbono e regenerativa. O programa inicia a sua fase piloto com a emissão de até R$ 25 milhões em CRAs (Certificados de Recebíveis do Agronegócio) de transição e direcionamento dos recursos para até 20 produtores rurais que cultivam grãos, como soja, trigo, milho e café. De imediato, o projeto deve chegar a cerca de 10.000 hectares nos biomas Amazônia, Cerrado e Mata Atlântica.
Para viabilizar a iniciativa, a empresa criou o programa GreenGalaxy, por meio do qual irá auxiliar os produtores via protocolos com incremento de bioinsumos e recuperação de áreas degradadas para conversão em terras produtivas. Até final de 2023, o AgroGalaxy estima atingir cerca de 100 mil hectares e projeta uma abrangência de até 2 milhões de hectares em 2030.
“Existe hoje um grande potencial para aumentar a produtividade no campo sem a necessidade de desmatamento por meio de um manejo sustentável”, diz Sheilla Albuquerque, CEO da AgroGalaxy. “Sabemos que essa é uma jornada desafiadora, mas que certamente irá gerar muito valor para toda a cadeia produtiva do agronegócio.”
China reabre compra de carne de frigoríficos no Brasil
A China retirou a suspensão das exportações de três frigoríficos brasileiros – dois de aves e um de bovinos -, que vigoravam desde o ano passado. O país asiático encerrou as suspensões que impôs aos abatedouros de aves da Bello Alimentos, de Itaquiraí (MS), e São Salvador Alimentos, de Itaberaí (GO), e do frigorífico de carne bovina da JBS em Mozarlândia (GO). O frigorífico da JBS é a maior planta da empresa no estado e estava suspensa desde março. Na época, a China anunciou que seria por uma semana.
Outras quatro plantas brasileiras seguem sem liberação para exportar aos chineses. São elas, as unidades dos frigoríficos Redentor e Masterboi em Guarantã do Norte (MT) e São Geraldo do Araguaia (PA), respectivamente, e as unidades da BRF em Lucas do Rio Verde (MT) e Marau (RS).
Estudo da Brota Company mostra os desejos do consumidor
Uma pesquisa realizada pela startup Brota Company, do segmento de agricultura urbana criada em 2020, sobre o nível de importância dado pelos consumidores às questões ecológicas na hora da compra mostra que 83% dos entrevistados acredita ser essencial ou muito importante que as empresas incorporem iniciativas de responsabilidade ecológica em seus produtos e serviços.
A primeira edição do estudo “O Novo Consumo Consciente”, indica ainda que 70% dos participantes levam em consideração a sustentabilidade da marca na hora de realizar uma compra.
A pesquisa ouviu mais de 1.300 pessoas entre 25 e 45 anos, todas residentes da capital paulista. “O consumidor despertou para as questões ambientais, é possível concluir que uma empresa com responsabilidade ecológica tem muito mais chances de ser a escolhida, algo muito distante de acontecer há alguns anos atrás”, diz Rodrigo Farina, CEO da Brota Company.
Cachaça do Brasil bate recorde de exportações em valor
No ano passado, as exportações de cachaça deram um salto e bateram o recorde dos últimos 12 anos. O valor exportado em 2022 foi de US$ 20,08 milhões, segundo dados do ComexStat (Ministério da Economia), compilados pelo Instituto Brasileiro da Cachaça (IBRAC), o que representa um aumento de 52,38% em relação a 2021. Em volume, o aumento foi de 29,03%, totalizando mais de 9,3 milhões de litros.
Em 2022, a bebida foi exportada para mais de 75 países, sendo que os principais países de destino (em valor) foram: Estados Unidos, Alemanha, Portugal, França e Itália. S egundo o Anuário da Cachaça de 2021, do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, existem 936 estabelecimentos produtores da bebida devidamente registrados, com 4.969 produtos
“Em 2021, já seguíamos em direção a uma retomada, superando parte dos prejuízos causados pelo fechamento de bares e restaurantes em todo o mundo e proibição de comercialização de bebidas alcoólicas em função da Covid19”, diz Carlos Lima, diretor executivo do IBRAC. “Ainda temos uma longa caminhada, mas esse crescimento demonstra que estamos no caminho certo e, também, o potencial que a cachaça tem no mercado internacional.”
SC se destaca na produção e exportação de codornas
Santa Catarina se tornou em 2022 o maior produtor e exportador de codornas na América Latina. Isso se consolidou com a habilitação de um frigorífico do estado para exportação da proteína.
A empresa Good Alimentos S.A está localizada em Coronel Freitas, no oeste catarinense, foi a única empresa brasileira a receber habilitação do Selo SIF (Serviço de Inspeção Federal) do Mapa, para exportação da ave. A unidade abate 17 mil codornas por dia, mas tem capacidade instalada para 25 mil aves.
“A Good Alimentos deverá destinar metade da sua produção para o mercado externo, que é equivalente a R$ 10 milhões em 2023”, diz Marcondes Aurélio Moser, CEO da empresa. “As exportações deverão atingir mais de 20 países, incluindo o Oriente Médio, Américas e Ásia onde a empresa Villa Germania Alimentos SA, sua coirmã/coligada, tem participação importante com as proteínas de pato e frango orgânico.”
MapBiomas recebe premiação em Davos
O MapBiomas recebeu nesta semana, durante Fórum Econômico Mundial, em Davos, na Suíça, o prêmio de Inovação Social Coletiva do ano. Outras quatro iniciativas foram premiadas nesta categoria, que é inédita. No total, 16 foram reconhecidas pela Fundação Schwab no mundo.
O MapBiomas é uma rede colaborativa formada por ONGs, universidades e empresas de tecnologia. Produz mapeamento anual da cobertura e uso do solo e monitora a superfície de água e cicatrizes de fogo mensalmente, com dados a partir de 1985. Também faz relatórios sobre desmatamento, que podem ser usados por órgãos de fiscalização.
“O acesso livre a informações e dados atualizados, históricos e de qualidade sobre uso e cobertura da terra é premissa para a realização de políticas públicas, combate ao desmatamento e atuação responsável de empresas”, disse Tasso Azevedo, engenheiro florestal, cofundador e coordenador do MapBiomas, “Hoje, qualquer pessoa com acesso à internet tem condições de verificar o que está acontecendo em todo o território nacional.”
Vagas de trabalho na JBS e Tereos
A JBS, por meio da Seara, está com as inscrições abertas para a edição 2023 do Programa Jovens de Valor – Talentos Seara. A iniciativa oferece 106 vagas para os profissionais que concluíram a graduação entre dezembro de 2018 e dezembro de 2022 nas áreas de administração, engenharias, medicina veterinária e zootecnia. As vagas são destinadas às unidades no Distrito Federal e em mais de 40 cidades nos estados de São Paulo, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Paraná, Rio Grande do Sul, Rio de Janeiro, Santa Catarina, Pernambuco, Minas Gerais e Bahia.
Na Tereos, que produz etanol, açúcar e bioenergia, são 1.300 vagas abertas para a safra 2023/24, das quais cerca de 1.000 postos efetivos e 300 para safristas. As oportunidades são para as seis unidades localizadas nas cidades de Olímpia, Colina, Pitangueiras, Guaíra, Tanabi e Guaraci, na região noroeste do Estado de São Paulo. As vagas são para as áreas agrícola e industrial, para motoristas, tratoristas, operadores de colhedora, líderes de colheita e tratos culturais, mecânicos e auxiliar industrial, além de jovens aprendizes.
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