A norueguesa Equinor e o CNPEM (Centro Nacional de Pesquisa em Energia e Materiais) firmaram uma parceria para o início de uma pesquisa para a produção de bio-hidrocarbonetos, como o diesel verde e o bioquerosene de aviação, a partir de resíduos agroflorestais.
O objetivo é contribuir para o refino de um hidrocarboneto de baixa emissão de carbono, em linha com as metas da Equinor de redução de emissões do escopo 1 nas operações da companhia, que investirá cerca de R$ 8,5 milhões no projeto pioneiro.
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A pesquisa terá também aporte de R$ 4,7 milhões da Embrapii (Empresa Brasileira de Pesquisa e Inovação Industrial) e contrapartida econômica da Unidade Embrapii de Biotecnologia do CNPEM, organização privada sem fins lucrativos que atua sob a supervisão do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações.
A Equinor tem a ambição global de ser neutra em emissões de carbono em 2050 e pretende, já em 2030, dedicar metade de seus investimentos, até o período, para renováveis e soluções de baixo carbono.
“Pesquisa e desenvolvimento são fundamentais para que possamos moldar o futuro da energia e a academia é parte fundamental nesse sentido”, disse a gerente de PD&I da Equinor Brasil, Andrea Achôa, em nota.
O projeto ainda contará com colaboração internacional entre pesquisadores do Brasil e do Centro de Pesquisas da Equinor na Noruega.
Por meio da iniciativa, várias atividades serão realizadas, no Laboratório Nacional de Biorrenováveis (LNBR), do CNPEM, para compreender os mecanismos moleculares para a descarboxilação de ácidos graxos e avançar na sua aplicação para a produção microbiana de bio-hidrocarbonetos a partir de açúcares que serão obtidos, por sua vez, por meio de resíduos de agroflorestas.
Nos sistemas agroflorestais, árvores são plantadas junto com cultivos agrícolas.
“A expectativa é de que, na fase de desenvolvimento do projeto, testes sejam conduzidos em planta piloto para escalar a produção da energia renovável que terá como destino a ponta das operações da companhia de energia”, acrescentou.
Segundo a pesquisadora do CNPEM, Leticia Zanphorlin, trata-se de um projeto inovador com foco em moléculas que podem impactar diretamente o setor de transporte de longas distâncias, como o da aviação.