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Forbes Agro100 2022: As maiores empresas do agronegócio brasileiro

Confira quais foram as 100 companhias que atuam no setor e que juntas faturaram R$ 1,38 trilhão em 2021

Cláudio Gradilone, José Vicente Bernardo e Vera Ondei (colaboraram Adriana Cardillo Gaz, Beatriz Pacheco, Danila Moura)

 

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Chova ou faça sol, o agronegócio brasileiro segue colhendo recordes. Podem ser recordes de produção – a estimativa do IBGE para a safra de grãos 2022/2023 é de 288,1 milhões de toneladas, alta de 9,6% (25,3 milhões de toneladas) ante 2021/2022. O Ministério da Agricultura espera 300 milhões de toneladas em 2024/2025. Ao longo desta década, a estimativa oficial é de expansão de 27,1% em comparação com o fim da década passada.

Porém, esse não é o único recorde. As empresas do setor seguem obtendo resultados cada vez melhores. É o que prova a quarta edição da Forbes Agro100. As 100 companhias listadas faturaram R$ 1,38 trilhão em 2021, alta de 34,6% em relação ao R$ 1,02 trilhão obtido em 2020. O crescimento não é privilégio das empresas menores. As 10 maiores companhias incluídas nesta lista auferiram receitas de R$ 929,6 bilhões, avanço de 34,7% ante os R$ 689,7 bilhões do ano anterior. Das 100 empresas participantes, 21 faturaram mais de R$ 10 bilhões, e 90 delas tiveram resultados de mais de dez dígitos.

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O desempenho dos principais setores segue pujante. As empresas de proteína animal faturaram, em conjunto, R$ 520 bilhões, crescimento de 28,9%. O segundo maior setor, alimentos e bebidas, somou R$ 270,4 bilhões em receita, avanço de 36,4%. A maior alta veio do setor de agroquímica e insumos, com aumento de 49%. O faturamento desse segmento avançou devido à alta dos preços internacionais do petróleo.

Os dados da edição Forbes (publicada em novembro de 2022, quando se tornou disponível a assinantes via aplicativo e impresso, e que agora são abertas ao público em geral) vieram da colaboração da S&P Global Market Intelligence, ligada ao conglomerado internacional S&P, mais importante empresa de classificação de riscos do mundo, ou foram enviados pelas próprias empresas.

1) JBS

Setor: Alimentos e Bebidas

Fundação: 1953, em Anápolis (GO)

Receita: R$ 350,69 bilhões

Principal executivo: Gilberto Tomazoni

Maior empresa de Alimentos e Bebidas e segunda maior empresa de alimentos do mundo, a JBS é a segunda maior companhia brasileira e a maior empresa privada em faturamento. Uma gigante com cerca de 400 unidades produtivas em 15 países nos cinco continentes, a companhia vai muito além das carnes bovina, suína e de aves. Ela possui negócios correlacionados, como couros, biodiesel, higiene pessoal e limpeza, soluções em gestão de resíduos sólidos e embalagens metálicas, e recentemente entrou nos alimentos alternativos, investindo em proteína vegetal.

2) Cosan

Setor: Agroenergia

Fundação: 1936, em Piracicaba (SP)

Receita: R$ 113,09 bilhões

Principal executivo: Luis Henrique Cals de Beauclair Guimarães

Uma das maiores empresas de agroenergia do país, a Cosan nasceu em 1936, quando os irmãos Pedro Ometto e João Ometto associaram-se ao empresário Mário Dedini para comprar a usina Costa Pinto, em Piracicaba, interior de São Paulo. Em 1989 o grupo chegou a ser o maior produtor de açúcar e álcool do mundo, com 22 empresas e moagem de 10,5 milhões de toneladas de cana-de-açúcar, 5% do total brasileiro. Atualmente, produz e exporta etanol e açúcar, gerando energia ao utilizar o bagaço da cana.

3) Cargill Agrícola

Setor: Alimentos e Bebidas

Fundação: 1865, em Conover, Iowa (EUA). No Brasil desde 1965

Receita: R$ 101,09 bilhões

Principal executivo: Paulo Sousa

A Cargill é um caso raro: foi fundada há 156 anos nos Estados Unidos como um armazém para grãos, é uma empresa gigantesca de capital fechado e seu controle permanece com a família fundadora. Atua nas áreas de alimentos, energia e logística. No Brasil desde 1965 e empregando cerca de 11 mil funcionários, é a maior empresa de capital não brasileiro desta lista. Em 2021, sua receita líquida no país superou R$ 100 bilhões pela primeira vez. Possui marcas tradicionais como o óleo de milho Mazola, a maionese Lisa e os molhos e extrato de tomate Elefante.

4) Marfrig Global Foods

Setor: Alimentos e Bebidas

Fundação: 2000, em São Paulo (SP)

Receita: R$ 85,38 bilhões

Principal executivo: Rui Mendonça Júnior

Segunda maior empresa de alimentos e bebidas do mundo, em 2021 a Marfrig assinou um acordo de financiamento no valor de US$ 30 milhões, com prazo de 10 anos e vinculado à sustentabilidade para investir em uma cadeia de fornecimento de gado socio ambientalmente responsável na Amazônia e no Cerrado. Fundada em 2000, é uma das companhias brasileiras de alimentos mais internacionalizadas. Seus produtos estão presentes em cerca de 100 países. São 30 mil colaboradores em 21 unidades produtivas bovinas, 10 centros de distribuição e comerciais e espalhadas por quatro continentes.

5) Ambev

Setor: Alimentos e Bebidas

Fundação: 1999, em São Paulo (SP)

Receita: R$ 72,85 bilhões

Principal executivo: Jean Jereissati Neto

Maior cervejaria do mundo, nascida da compra da Antarctica pela Brahma, a gigante industrial AmBev também atua no agronegócio. A cervejaria é uma voraz consumidora de cevada, matéria-prima do malte, principal insumo da cerveja. Nesse sentido, a Ambev produz cevada diretamente no Paraná e no Rio Grande do Sul, e atua também em parceria com cooperativas nessas regiões, que produzem cevada para abastecer suas maltarias. A AmBev está estudando uma ampliação de suas atividades e mirando no mercado de energéticos.

6) BRF

Setor: Alimentos e Bebidas

Fundação: 2009, em São Paulo (fusão de Perdigão e Sadia)

Receita: R$ 48,34 bilhões

Principal executivo: Miguel de Souza Gularte

A BRF surgiu em 2009 pela fusão de duas concorrentes. A Perdigão, fundada em 1930 em Videira (SC), e a Sadia, que surgiu na década seguinte em Concórdia, também em Santa Catarina. Como resultado da fusão, a BRF é uma das maiores empresas de alimentos do mundo e é a maior exportadora de carne de frango do Brasil. A empresa possui mais de 30 marcas em seu portfólio. Nos últimos anos, as ações vêm sendo prejudicadas por mudanças na gestão, que privilegiaram o aspecto financeiro e abriram espaço para que a concorrência crescesse, em especial no segmento de alimentos processados.

7) Suzano Holding

Setor: Madeira, Celulose e Papel

Fundação: 1924, em São Paulo (SP)

Receita: R$ 40,97 bilhões

Principal executivo: Walter Schalka

A alta das commodities no mercado internacional e a apreciação do dólar frente ao real vêm fazendo a Suzano, maior empresa de celulose do Brasil, divulgar sucessivos recordes em seus resultados. Seus custos de produção estão entre os menores do mundo e a companhia vem mantendo uma forte geração de caixa mesmo em períodos de baixa das cotações internacionais. Em 2021 ela registrou o maior Ebitda da história, R$ 23,471 bilhões. Está investindo R$ 19,3 bilhões no Projeto Cerrado, com uma nova fábrica de celulose em Mato Grosso do Sul.

8) Copersucar

Setor: Agroenergia

Fundação: 1959, em São Paulo (SP)

Receita: R$ 40 bilhões

Presidente executivo: Tomás Caetano Manzano

A Copersucar é a maior cooperativa brasileira. No setor de açúcar ela exportou cerca de 12 milhões de toneladas para 40 países. No mercado doméstico, sua participação cresceu de 19% para 25% do mercado, com 2,1 milhões de toneladas comercializadas. No mercado global de etanol, a plataforma Copersucar comercializou mais de 10 bilhões de litros, dos quais 4 bilhões foram vendidos no Brasil e 6 bilhões nos Estados Unidos, por meio da Eco-Energy. A empresa segue ampliando sua estrutura logística americana, com a construção de um terminal em Phoenix (Arizona) e início das obras do terminal em Stockton (Califórnia), o 11º terminal próprio.

9) Louis Dreyfus

Setor: Tradings e Comércio

Fundação: 1851, na Alsácia (França). No Brasil desde 1942

Receita: R$ 38,88 bilhões

Principal executivo: Murilo Parada

Criada em 1851 na região francesa da Alsácia e dedicada a exportar trigo da França para a Suíça, a Louis Dreyfus atualmente é uma das principais companhias dedicadas à comercialização e ao processamento de grãos. É uma das poucas empresas centenárias cujo controle permanece com a família fundadora. No Brasil desde 1942, aonde chegou por meio da aquisição da Coinbra, a Louis Dreyfus atua em café, algodão, grãos, suco, oleaginosas, arroz e açúcar, sendo uma das dez maiores exportadoras do Brasil. A companhia opera cerca de 60 unidades industriais e logísticas no país e emprega 11 mil pessoas.

10) Amaggi

Setor: Alimentos e Bebidas

Fundação: 1977, em São Miguel do Iguaçu (PR)

Receita: R$ 38,21 bilhões

Principal executivo: Judiney Carvalho de Souza

O grupo Amaggi foi um dos pioneiros na produção de soja no Mato Grosso, onde está desde 1979. É o maior produtor de soja de capital 100% nacional e atua em outras três áreas: trading, logística e energia. Na trading, o grupo exporta soja e milho e importa e distribui insumos agrícolas. Na logística, criou e administra o Corredor Noroeste de Exportação, formado pelos rios Madeira e Amazonas, por onde são escoados os grãos das regiões noroeste de Mato Grosso e sul de Rondônia. Produz anualmente cerca de 1,2 milhão de toneladas de grãos e fibras, entre soja, milho e algodão.

11) Raízen Energia

Setor: Agroenergia

Fundação: 2011, em São Paulo (SP)

Receita: R$ 32,09 bilhões

Principal executivo: Ricardo Dell Aquila Mussa

Principal fabricante de etanol de cana-de-açúcar do Brasil e maior exportadora de açúcar de cana, a Raízen é uma joint venture entre a Cosan e a Shell do Brasil. Possui 35 unidades produtivas e uma ampla rede de distribuição de produtos, mais de 7,9 mil postos de serviço da marca Shell, 70 terminais de distribuição e 70 aeroportos. Pode gerar 1,5 gigawatt de energia elétrica a partir do bagaço da cana. Emprega cerca de 40 mil funcionários, produz 6,2 milhões de toneladas de açúcar e comercializa 29 bilhões de litros de combustível.

12) Minerva

Setor: Alimentos e Bebidas

Fundação: 1992, em Barretos (SP)

Receita: R$ 26,96 bilhões

Principal executivo: Fernando Galetti de Queiroz

A Minerva Foods vem se destacando no cenário do agronegócio brasileiro por suas técnicas de gestão de riscos. A companhia é a terceira no abate de bovinos e uma das principais exportadoras. Tem sido bem-sucedida em fechar parcerias fora do Brasil. A Minerva destaca-se pela sustentabilidade, especialmente nos negócios. No terceiro trimestre de 2022, os abates aumentaram 3,5% ante o terceiro trimestre de 2021, para 983,9 mil cabeças, mas caíram em relação ao volume abatido no trimestre anterior. O volume de vendas aumentou 8,6%, passando de 297,5 mil toneladas para 323,1 mil toneladas.

13) Coamo

Setor: Cooperativas

Fundação: 1970, em Campo Mourão (PR)

Receita: R$ 24,66 bilhões

Principal executivo: Airton Galinari

Fundada em 28 de novembro de 1970, por um grupo de 79 agricultores em Campo Mourão, na região centro-oeste do estado do Paraná, em 2021 respondeu por 3,1% da produção brasileira de grãos. A cooperativa conta com 111 unidades localizadas em 73 municípios nos estados do Paraná, de Santa Catarina e de Mato Grosso do Sul, para recebimento da produção agrícola dos mais de 30 mil associados A soja é o principal produto recebido, seguido pelo milho, trigo, café e outros.

14 ) Aurora Alimentos

Setor: Cooperativas

Fundação: 1969, em Chapecó (SC)

Receita: R$ 19,41 bilhões

Principal executivo: Neivor Canton

Uma das maiores cooperativas do país, a Aurora foi fundada em 1969 com a fusão de oito cooperativas do oeste de Santa Catarina. Atualmente, é uma das líderes na produção de alimentos no Brasil, além de ser um produtor e exportador de grãos. Mantém 40 mil empregos diretos e opera um parque fabril formado por oito plantas frigoríficas de suínos, nove plantas frigoríficas de aves, uma planta industrial de lácteos, dez unidades de rações e armazenamento, além de nove incubatórios e granjas, 26 unidades comerciais e 12 distribuidores regionais.

15) C.Vale

Setor: Cooperativas

Fundação: 1963, em Palotina (PR)

Receita: R$ 17,44 bilhões

Principal executivo: Alfredo Lang

Fundada por 24 agricultores paranaenses, a C.Vale é uma cooperativa agroindustrial que atua no Paraná, Santa Catarina, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Rio Grande do Sul e Paraguai. Produz soja, milho, trigo, mandioca, leite, frango, peixe e suínos. No segmento industrial, produz amido modificado de mandioca e rações. Também comercializa insumos e máquinas agrícolas e possui uma rede de supermercados. Tem 156 unidades de negócios, 23 mil associados e emprega 11 mil funcionários. Em 2021, recebeu 4,7 milhões de toneladas de grãos.

16) Lar Cooperativa

Setor: Cooperativas

Fundação: 1964, em Missal (PR)

Receita: R$ 17,41 bilhões

Principal executivo: Irineo da Costa Rodrigues

A Lar Cooperativa Agroindustrial foi fundada em 19 de março de 1964, na antiga Gleba dos Bispos, hoje Missal (PR), por 55 agricultores de ascendência alemã oriundos do Rio Grande do Sul e de Santa Catarina. Atua na avicultura, na suinocultura e na pecuária leiteira. Também tem atividades industriais: beneficiamento de alimentos, produção de rações e tratamento de madeiras. Possui 28 unidades nos estados do Paraná, do Mato Grosso do Sul e de Santa Catarina, e também no Paraguai. Conta com mais de 12 mil associados e 24 mil trabalhadores.

17) Klabin

Setor: Madeira, Celulose e Papel

Fundação: 1890, em São Paulo (SP)

Receita: R$ 16,48 bilhões

Principal executivo: Cristiano Cardoso Teixeira

Uma das maiores e mais antigas fábricas de papel e papelão do Brasil, a Klabin começou como uma papelaria em São Paulo, fundada pelo imigrante lituano Mauricio Freeman Klabin. Atualmente atua nas áreas florestal, de celulose, de papéis e de embalagens. Possui 23 fábricas, 22 no Brasil e uma na Argentina e conta com mais de 25 mil colaboradores diretos e indiretos. É a maior produtora e exportadora de papéis para embalagens do Brasil, líder em embalagens de papelão ondulado e sacos industriais e única companhia do país a oferecer celuloses de fibra curta, fibra longa e fluff.

18) Tereos International

Setor: Agroenergia

Fundação: 1932, em Aisne (França). No Brasil desde 2002

Receita: R$ 15,10 bilhões

Principal executivo: Pierre Santoul

Fundada por uma cooperativa de cultivadores de beterraba no noroeste da França para produzir açúcar, a Tereos é a terceira maior empresa de açúcar e etanol do mundo. Está presente em 13 países e conta com 19.800 colaboradores. Iniciou seu processo de internacionalização nos anos 1990 e chegou ao Brasil em 2002 quando comprou a Açúcar Guarani. Possui também a Tereos Açúcar & Energia, a Tereos Amido & Adoçantes e a Tereos Commodities. No Brasil, a safra de 2021 rendeu 15,6 milhões de toneladas de cana, queda de 20% ante a média dos últimos cinco anos.

19) Gavilon do Brasil / Viterra

Setor: Trading e Comércio

Fundação: 1874, em Sioux City (Estados Unidos). No Brasil desde 2013

Receita: R$ 12,79 bilhões

Principal executivo: Fábio Nascimento (interino)

Fundada como uma trading no Meio-Oeste americano para negociar com grãos com o nome de F. H. Peavey, a empresa permaneceu com os fundadores por mais de cem anos, até 1982, quando foi comprada pela americana ConAgra Foods. Em 2013 foi adquirida pela trading japonesa Marubeni, que já tinha operações no Brasil. Tem mais de 4 mil contratos de originação de grãos no País, é uma das maiores tradings nacionais, com 18 filiais e 210 funcionários, e uma das líderes na exportação de soja.

20) Engelhart CTP

Setor: Trading e Comércio

Fundação: 2013, em São Paulo (SP)

Receita: R$ 10,81 bilhões

Principal executivo: Huw Jenkins

A Engelhart Commodities Trading Partners, logo abreviada para Engelhart CTP, originou-se da mesa de commodities do banco BTG Pactual, um dos principais bancos de investimento do Brasil. A companhia foi fundada em 2013, quando o BTG separou as atividades e manteve 20% do capital da trading. Com sede em Londres e escritórios no Brasil, na Europa, nos Estados Unidos e na Ásia, a Engelhart concentra seu trading físico na originação de grãos, sementes oleaginosas e café na América do Sul para entrega na Ásia, e também no trading de derivativos de energia e de metais.

21) Comigo

Setor: Cooperativas

Fundação: 1975, em Rio Verde (GO)

Receita: R$ 10,30 bilhões

Principal executivo: Antonio Chavaglia

Aos 46 anos, a Cooperativa Agroindustrial dos Produtores Rurais do Sudoeste Goiano (Comigo) reúne mais de 10 mil cooperados na região de Rio Verde, município que ocupa o 5º lugar no ranking nacional de produção agrícola. Sua estrutura tem 11 processadoras de óleo e farelo de soja, fertilizantes, rações, suplementos minerais e sementes. Além disso, possui 20 armazéns com capacidade para armazenar 30,1 milhões de sacas, 16 lojas agropecuárias e o Instituto de Ciência e Tecnologia (ITC) dedicado à pesquisa e ao monitoramento de tecnologias.

22) Cocamar

Setor: Cooperativas

Fundação: 1963, em Maringá (PR)

Receita: R$ 9,08 bilhões

Principal executivo: Divanir Higino

Com 15 mil cooperados que produzem soja, milho, trigo, café e laranja, a Cocamar está no Paraná, em São Paulo e no Mato Grosso do Sul. Na agroindústria, atua do processamento de bebidas, torrefação, envase de óleos, etanol, bioinsumos, suplementos e ração animal até o tratamento de madeira e indústria têxtil. Possui 97 unidades operacionais. Conta com mais de 16 mil associados que atuam com a produção de soja, milho, trigo, café e laranja. Está investindo R$ 1 bilhão em estruturas de armazenagem, lojas de insumos e instalações diversas.

23) BSBIOS

Setor: Agroenergia

Fundação: 2005, em Passo Fundo (RS)

Receita: R$ 8,89 bilhões

Principal executivo: Erasmo Carlos Battistella

A BSBios está entre as maiores do setor de biodiesel no Brasil, com duas unidades: em Passo Fundo (RS) e Marialva (PR). Além do diesel renovável, produz farelo de soja, glicerina e borra, um subproduto do óleo vegetal. No ano, o faturamento subiu 64%. Segundo a Agência Nacional de Petróleo (ANP), a capacidade instalada nacional permite produzir 10,2 milhões de metros cúbicos por ano, com 58 usinas de biodiesel em operação que usam vários tipos de matéria-prima, sendo os principais a soja e sebo animal.

24) Dexco

Setor: Madeira, Celulose e Papel

Fundação: 1961, em São Paulo (SP)

Receita: R$ 8,17 bilhões

Principal executivo: Antonio Joaquim de Oliveira

Pertencente ao mesmo grupo do Itaú Unibanco e com participação acionária do grupo Ligna (antiga Satipel), a Dexco é a maior empresa do setor de construção civil do País e é uma das maiores gestoras de florestas do Brasil, com 83 mil hectares de eucalipto plantado nos estados de São Paulo, Minas Gerais e Rio Grande do Sul. Tem 42 mil hectares de áreas de conservação. No fim de 2019, em parceria com a austríaca Lenzing AG, anunciou a joint venture LD Celulose para a produção de celulose solúvel na fábrica construída no Triângulo Mineiro (MG).

25) Coopercitrus

Setor: Cooperativas

Fundação: 1976, em Bebedouro (SP)

Receita: R$ 7,98 bilhões

Principal executivo: Fernando Degobbi

A Coopercitrus faturou quase R$ 8 bilhões, com crescimento de 35% frente aos R$ 5.929 bilhões registrados em 2020. O patrimônio líquido totalizou R$1,5 bilhão, com acréscimo de 14,5% sobre o total do exercício anterior. Sua atuação cobre café, milho, soja e açúcar, produção de sementes, insumos e ração animal, além de uma atuação comercial com concessionárias de máquinas agrícolas, lojas de conveniência, shoppings rurais e postos de combustíveis. Na base desse movimento estão cerca de 35 mil agropecuaristas nos estados de São Paulo, Minas e Goiás.

26) M. Dias Branco

Setor: Alimentos e Bebidas

Fundação: 1936, em Eusébio (CE)

Receita: R$ 7,81 bilhões

Principal executivo: Francisco Ivens de Sá Dias Branco Júnior

Dona de 19 marcas de alimentos, entre elas Adria, Vitarella, Piraquê, Basilar, Zabet Isabela e Fortaleza, a M.Dias Branco produz biscoitos, massas, bolos, lanches, farinha de trigo, margarinas e gorduras vegetais. O preço médio total dos produtos ficou em R$ 6 por quilo em 2021, um avanço de 36% ante o ano anterior. A empresa conta atualmente com 17 indústrias ou complexos industriais, sendo sete moinhos. São 28 centros de distribuição em diversos estados, possibilitam a presença das nossas marcas em todo o território nacional, e o apoio à exportação para mais de 40 países.

27) Camil Alimentos

Setor: Alimentos e Bebidas

Fundação: 1963, em Itaqui (RS)

Receita: R$ 7,46 bilhões

Principal executivo: Luciano Maggi Quartiero

Mais conhecida por seu arroz e seu feijão, a Camil é uma das empresas de alimentos mais importantes do país. Possui marcas importantes em açúcar, pescado e biscoitos, como Coqueiro, União, DaBarra, Pai João e Carreteiro. Também é dona de marcas como Costeño, Saman e Tucapel na América do Sul. Desde sua estreia na bolsa em 2017 ela vem mostrando um apetite saudável por aquisições e por expansão. Desde julho de 2021 anunciou a aquisição de seis empresas, entre elas a Mabel, que deve agregar cerca de R$ 1 bilhão por ano ao faturamento.

28) Cooperalfa

Setor: Cooperativas

Fundação: 1967, em Chapecó (SC)

Receita: R$ 7,01 bilhões

Principal executivo: Romeo Bet

Com 20,1 mil produtores baseados em Santa Catarina e no Mato Grosso do Sul, a Alfa atua em grãos, pecuária e insumos. Tem 219 negócios, entre lojas, silos, supermercados, granjas, centros de distribuição, indústrias processadoras, postos de combustíveis e distribuição de insumos. Fechou 2020 com 20,6 mil associados e 3,3 mil funcionários. E em fevereiro de 2022 inaugurou seu maior empreendimento industrial, a Nova Indústria de Óleo, com área construída de 195 mil m², localizada em Chapecó, oeste catarinense.

29) Cooxupé

Setor: Cooperativas

Fundação: 1932, em Guaxupé (MG)

Receita: R$ 6,70 bilhões

Principal executivo: Carlos Augusto Rodrigues de Melo

A Cooperativa Regional de Cafeicultores em Guaxupé, a mineira Cooxupé, possui mais de 17 mil cooperados, sendo que 97% deles são pequenos produtores que vivem da agricultura familiar. É a maior das 97 cooperativas de café do país e seus produtores estão espalhados em cerca de 200 municípios das regiões do Sul de Minas, do Cerrado Mineiro e no Vale do Rio Pardo, no estado de São Paulo. Também é o maior exportador individual de café do mundo, com vendas para 51 países que superam 5,2 milhões de sacas exportadas.

30) Agrogalaxy

Setor: Trading e Comércio

Fundação: 2016, em São Paulo (SP)

Receita: R$ 6,58 bilhões

Principal executivo: Sheila Maria Pereira Albuquerque

Fundada em 2016 a partir de aquisições de um fundo de private equity, a Agrogalaxy cresceu por meio de aquisições de plataformas eletrônicas e físicas de distribuição de insumos para o agronegócio e, posteriormente, passou a atuar também na área de sementes. Com as 8 novas lojas, o AgroGalaxy fechou 2021 com 134 unidades. Em janeiro deste ano, a companhia concluiu a aquisição da Agrocat, empresa que oferece soluções integradas para o agronegócio e cobre 93 municípios nos estados de Mato Grosso e Rondônia.

31) UPL do Brasil

Setor: Agroquímica e Insumos

Fundação: 1969, em Mahardrash (Índia). No Brasil desde 2012

Receita: R$ 6,53 bilhões

Principal executivo: Rogério Castro

Fundada há cinco décadas como United Phosphorus Limited, a UPL está entre as quatro maiores companhias de produtos e soluções agrícolas sustentáveis do mundo. Presente em 130 países, tem mais de 10 mil colaboradores. No Brasil, onde chegou em 2012 ao assumir o controle da subsidiária da agroquímica alemã DVA, expandiu suas atividades em 2019 por meio da compra, em nível global, da americana Arysta LifeScience. No Brasil, a meta é dobrar de tamanho entre 2020 e 2025, reforçando a atuação em soja e milho, e ampliar o portfólio para cana-de-açúcar, arroz, café, citros, algodão e hortifrúti.

32) Lat. Bela Vista / Piracanjuba

Setor: Alimentos e Bebidas

Fundação: 1955, em Piracanjuba (GO)

Receita: R$ 6,4 bilhões

Principais executivos: Cesar Helou e Marcos Helou

O Laticínios Bela Vista, uma das quatro maiores indústrias de lácteos do país, é dono da Piracanjuba. O grupo opera com capacidade produtiva de 6 milhões de litros de leite por dia. Possui um portfólio com mais de 180 produtos, nas marcas Piracanjuba, Pirakids, LeitBom, ChocoBom e MeuBom. Mantém duas grandes parcerias: Blue Diamond (maior produtora de amêndoas do mundo) para a produção das bebidas Almond Breeze; e a Nestlé, para produção e comercialização dos leites UHT Ninho e Molico. Emprega 3,5 mil colaboradores diretos, em sete unidades fabris e doze postos de resfriamento.

33) BP Bunge Bioenergia

Setor: Agroenergia

Fundação: 2019, no Brasil

Receita: R$ 6,12 bilhões

Principal executivo: Mario Lindenhayn

Empresa formada pela joint venture das operações de açúcar e etanol da petroleira britânica BP e da americana Bunge, está entre as maiores do setor sucroenergético do país. A companhia também é destaque em bioenergia (etanol e bioeletricidade), além de atuar na transição energética com fontes mais limpas e renováveis. Tem 11 unidades agroindustriais com capacidade de moagem de 32,4 milhões de toneladas de cana-de-açúcar por safra, com presença em cinco estados (GO, MS, MG, SP e TO).

34) Eldorado Brasil Celulose

Setor: Madeira, Celulose e Papel

Fundação: 2005, em Três Lagoas (MS)

Receita: R$ 6,05 bilhões

Principal executivo: Carmine de Siervi

A Eldorado processou, em 2021, 1,77 milhão de toneladas de celulose de fibra curta, a partir de eucalipto. De acordo com a empresa, 18% acima da capacidade nominal da fábrica. Com capital brasileiro, canadense e francês administra 230 mil hectares de áreas produtivas e 143 mil hectares em áreas de conservação. A receita líquida anual teve um avanço de 37% em relação a 2020. As vendas atingiram 1,755 milhão de toneladas no período, focadas principalmente no mercado internacional.

35) Castrolanda

Setor: Cooperativas

Fundação: 1951, em Castro (PR)

Receita: R$ 5,55 bilhões

Principal executivo: Willem Berend Bouwman

A Castrolanda possui 12 marcas que processam produtos de 1.111 cooperados, entre elas estão lácteos, suínos e cordeiro. O perfil dos produtores é variado, indo de grandes produções à agricultura familiar. A cooperativa inovou ao criar, ao lado de outras duas cooperativas paranaenses, a Frísia e a Capal, uma holding destinada a obter ganhos de escala. Unidas, as três organizações congregam mais de 5 mil cooperados que produzem para o mercado interno e já exportam para 25 países.

36) 3Tentos

Setor: Trading e Comércio

Fundação: 1995, em Santa Bárbara do Sul (RS)

Receita: R$ 5,33 bilhões

Principal executivo: Luiz Osório Dumoncel

Uma das únicas empresas de sementes de capital brasileiro, a 3tentos começou em 1995 vendendo sementes de trigo. Posteriormente expandiu suas atividades para a distribuição de fertilizantes e defensivos agrícolas, além de atuar como trading de milho e de soja. Em 2013, inaugurou em Ijuí (RS) um centro logístico de fertilizantes e uma unidade de esmagamento de soja, produzindo óleo, farelo e biodiesel. Em 2021 abriu seu capital no Novo Mercado da B3 para financiar sua expansão fora do RS, com a construção de unidades no Centro-Oeste. Hoje atua em 50 unidades e 3 parques industriais.

37) Cibra

Setor: Agroquímica

Fundação: 1994, em Camaçari (BA)

Receita: R$ 4,70 bilhões

Principal executivo: Santiago Franco

Fundada na Bahia pelo Grupo Paranapanema, a Cibrafértil, mais conhecida como Cibra, é controlada desde 2012 pelo grupo americano Omimex e pela mineradora britânica Anglo American. O Omimex opera nos segmentos de petróleo e gás, nos Estados Unidos e Canadá, e de fertilizantes, na América Latina. Além de uma fábrica de superfosfato simples em Camaçari, a Cibra tem nove unidades misturadoras para a elaboração do composto NPK nas regiões Sul, Centro-Oeste e Nordeste. Possui também a Cibra Store, uma loja online para a venda direta de fertilizantes.

38) Agrofel

Setor: Agropecuária

Fundação: 1977, em Palmeira das Missões (RS)

Receita: R$ 4,61 bilhões

Principal executivo: Ronaldo Ferrarin

Fundada em 16 de junho de 1977, na cidade de Palmeira das Missões, Rio Grande do Sul, a Agrofel vende sementes, fertilizantes, nutrição vegetal, defensivos agrícolas e também presta serviços de recebimento, compra, venda, troca e armazenagem de grãos. A companhia possui cerca de 40 unidades de atendimento no Rio Grande do Sul.

39) Belagrícola

Setor: Alimentos e Bebidas

Fundação: 1985, em Bela Vista do Paraíso (PR)

Receita: R$ 4,37 bilhões

Principal executivo: Alberto Araújo

De olho no potencial do agro brasileiro, em 2017 os chineses do Shanghai Pengxin, compraram 53,99% da Belagrícola, com a condição de que os herdeiros do fundador, João Andreo Colofatti, permanecessem na gestão do negócio. O passo dado pela família abriu um canal direto de venda de soja e milho à China. Com sede em Londrina, é uma das maiores distribuidoras de insumos agrícolas e comercializadoras de grãos do Brasil. Possui 55 lojas de insumos e 75 unidades de recebimentos de grãos, com uma capacidade de armazenamento de 1,4 milhão de toneladas.

40) SLC Agrícola

Setor: Alimentos e Bebidas

Fundação: 1977, em Horizontina (RS)

Receita: R$ 4,36 bilhões

Principal executivo: Aurélio Pavinato

O grupo SLC foi fundado em 1945 no município gaúcho de Horizontina, como uma pequena oficina que fazia a manutenção das ferramentas dos agricultores da região. Em 1977 o grupo iniciou as atividades da SLC Agrícola, uma das maiores produtoras mundiais de grãos e fibras, focada na produção de algodão, soja e milho. Foi uma das primeiras empresas do setor a ter ações negociadas em bolsa. Com matriz em Porto Alegre (RS), a empresa possui 23 unidades de produção. Na safra 2021/2022, a produção totalizou 672,4 mil hectares plantados.

41) São Martinho

Setor: Agroenergia

Fundação: 1907, em Pradópolis (SP)

Receita: R$ 4,30 bilhões

Principal executivo: Fábio Venturelli

Controlado pela holding LJN Participações, da família Ometto, o grupo sucroalcooleiro São Martinho é um gigante do setor de Agroenergia. A empresa opera com quatro usinas e conta com 12,5 mil colaboradores. Em seu plano de investimentos, a empresa adicionou R$ 60 milhões para aumentar a flexibilidade de suas três usinas em São Paulo e tornar viável uma maior produção de etanol anidro. A previsão é que o aporte seja concluído até o começo da safra 2023/24.

42) Fertilizantes Heringer

Setor: Agroquímica

Fundação: 1968, em Manhuaçu (MG)

Receita: R$ 4,29 bilhões

Principal executivo: Dalton Carlos Heringer

Com sede no Espírito Santo, a Heringer possui 14 unidades de produção, comercialização e distribuição de fertilizantes. De estrutura familiar, a partir de 2007 abriu seu capital no Novo Mercado da B3. A empresa passou de uma misturadora de fertilizante básico, o NPK, para um complexo de fertilizantes especiais e formulados. A empresa mantém três centros próprios de pesquisa, um para café, outro para pastagens e um terceiro para desenvolvimento de novas técnicas agrícolas. É dona, também, de um laboratório em Paulínia (SP), com capacidade de cerca de 900 análises químicas por dia.

43) DSM Produtos Nutr.

Setor: Agroquímica e Insumos

Fundação: 1902, em Heerlen (Holanda). No Brasil desde a década de 1980

Receita: R$ 3,92 bilhões

Principal executivo: Mauricio Adade

A DSM é uma empresa global baseada em saúde, nutrição e biociência. Em 2003, adquiriu os negócios de vitaminas e produtos químicos da Roche, tornando-se líder em nutrição humana e animal na América Latina. Em 2013, adquiriu a brasileira Tortuga, assumindo a liderança em suplementos nutricionais para gado de corte e de leite. A DSM tem 2,3 mil colaboradores nos mercados latino-americanos, cerca de 10% da força de trabalho da organização. Em 2022, a operação brasileira adquiriu a Prodap, líder em nutrição e tecnologia animal no Brasil.

44) Citrosuco

Setor: Alimentos e Bebidas

Fundação: 1963, em Matão (SP)

Receita: R$ 3,60 bilhões

Principal executivo: Marcelo Abud

A Citrosuco, subsidiária do Grupo Votorantim, é a maior exportadora global de suco de laranja, respondendo por 40% das remessas brasileiras. No suco concentrado ela possui 20% de participação no mercado global. Vende, também, subprodutos industrializados da fruta, como ração animal e óleos essenciais. Os maiores mercados da companhia são os Estados Unidos e países europeus. Possui 28 fazendas de produção em São Paulo e Minas Gerais e cinco terminais marítimos, no Brasil, nos EUA, na Bélgica, no Japão e na Austrália.

45) Coplacana

Setor: Cooperativas

Fundação: 1948, em Piracicaba (SP)

Receita: R$ 3,22 bilhões

Principal executivo: Arnaldo Antonio Bortoletto

A Cooperativa dos Plantadores de Cana do Estado de São Paulo foi a primeira associação fundada no estado. Atualmente possui 34 unidades, 26 em São Paulo e as demais nos estados de Minas Gerais, Paraná, Goiás e Mato Grosso do Sul. Desse total, 29 unidades fornecem insumos agrícolas aos 14,4 mil cooperados. A cooperativa também tem três lojas concessionárias da Massey Ferguson, duas unidades de recebimento de grãos, uma unidade de confinamento e 45 silos parceiros, além de duas fábricas de ração.

46) Arauco do Brasil

Setor: Madeira, Celulose e Papel

Fundação: 1979, em Santiago (Chile). No Brasil desde 2007

Receita: R$ 3,21 bilhões

Principal executivo: Carlos Altimiras

Fundada no Chile em 1979, a Arauco é uma das maiores empresas de celulose e madeira do mundo, com 1 milhão de hectares de florestas, dos quais 110 mil no Brasil. Começou a investir aqui em 2007, quando adquiriu parte das atividades da finlandesa Stora Enso, que havia adquirido a empresa paranaense Inpacel. Está nos cinco continentes e atende 4.300 clientes. Está investindo US$ 2,35 bilhões em modernização e ampliação de suas unidades no Chile, que aumentará sua capacidade de produção em mais 1,56 milhão de toneladas anuais, chegando a 2,1 milhões de toneladas/ano.

47) Rio Branco Alimentos

Setor: Alimentos e Bebidas

Fundação: 1968, no Rio de Janeiro (RJ)

Receita: R$ 3,17 bilhões

Principal executivo: Rodrigo Alves Coelho

Com sede corporativa em Belo Horizonte (MG), a Rio Branco Alimentos, ou Pif Paf, é a maior indústria frigorífica mineira, com cerca de 10 mil colaboradores. Atua nas cadeias de produção verticalizada de aves e suínos. É dona das marcas Pif Paf, Fricasa, Uniaves, Club V, Ladelli, Flip, Rio Branco, Pescanobre, entre outras. A estrutura operacional está distribuída em oito estados, abrangendo sete plantas industriais, sete fábricas de ração, cinco matrizeiros e quatro incubatórios, além de 20 centros de distribuição e pontos de transbordo.

48) Agro Amazônia

Setor: Trading e Comércio

Fundação: 1983, em Cuiabá (MT)

Receita: R$ 3,13 bilhões

Principal executivo: Roberto Motta

A Agro Amazônia iniciou suas atividades como uma distribuidora de insumos para agricultura e pecuária visando acompanhar o crescimento do agronegócio nas regiões Centro Oeste e Norte do Brasil. Em 2015 passou a ser uma subsidiária do grupo japonês Sumitomo. A iniciativa mais recente é o lançamento de uma nova marca de sementes de soja por meio de uma parceria estratégica firmada com a empresa argentina GDM.

49) FS Bioenergia

Setor: Agroenergia

Fundação: 2017, em Lucas do Rio Verde (MT)

Receita: R$ 3,1 bilhões

Principal executivo: Rafael Davidsohn Abud

A FS iniciou as operações em junho de 2017, com capacidade de produzir 200 milhões de litros de etanol por ano. Atualmente, pode produzir 1,5 bilhão de litros. Em 2023, a estimativa é que chegue 2 bilhões de litros e 1,8 milhão de toneladas de DDGs, os ingredientes para nutrição animal. Na safra 2021/22, o processamento de milho aumentou 27,7% na comparação com 2020/21, para 3,276 milhões de toneladas, após a expansão da unidade fabril de Sorriso (MT) e da usina de Lucas do Rio Verde (MT). Em 2022, a empresa deve inaugurar sua terceira planta de etanol de milho.

50) Prima Foods

Setor: Alimentos e Bebidas

Fundação: 1949, em Araguari (MG)

Receita: R$ 3,09 bilhões

Principal executivo: José Augusto de Carvalho Junior

Prima Foods é a denominação do Mataboi Alimentos, frigorífico fundado em 1949. Foi comprada em 2014, depois de um processo de recuperação judicial, por José Batista Júnior, da família fundadora da JBS. O empresário havia se desvinculado da holding familiar J&F em 2013, vendendo suas ações para os irmãos e o pai. Na época, mantinha sua empresa de investimentos, a JBJ, que incluía fazendas de gado de corte e melhoramento genético e uma carteira de imóveis. Com três frigoríficos nos estados de Minas Gerais, Goiás e Mato Grosso do Sul, hoje a empresa exporta para cerca de 100 países.

51) Máquinas Agrícolas Jacto

Setor: Agromecânica

Fundação: 1948, em Pompeia (SP)

Receita: R$ 3,05 bilhões

Principal executivo: Fernando Gonçalves Neto

A Jacto foi fundada pelo imigrante japonês Shunji Nishimura, que chegou ao Brasil com 21 anos, em 1932. Ele abriu uma pequena oficina de consertos, especializou-se em pulverizadores e lançou um produto próprio. Foi o embrião da Jacto, que atualmente tem uma linha de pulverizadoras, plantadeiras e colheitadeiras para as culturas de soja, milho, cana e café e está investindo no monitoramento remoto dos equipamentos. O grupo possui 15 fábricas, sendo uma na Argentina e outra na Tailândia, e uma planta em construção em Pompeia (SP).

52) Usina Coruripe

Setor: Agroenergia

Fundação: 1925, em Coruripe (AL)

Receita: R$ 3,03 bilhões

Principal executivo: Mario Luiz Lorencatto

Controlada pelo grupo Tércio Wanderley, com sede em Coruripe (AL), a Usina Coruripe é a maior empresa do setor sucroenergético nas regiões Norte e Nordeste e uma das maiores do Brasil. Possui uma unidade em Alagoas e outras quatro em Minas Gerais, além de um terminal ferroviário próprio. A Coruripe possui capacidade anual de moagem de 15 milhões de toneladas de cana-de-açúcar, produz 1 milhão de toneladas de açúcar, 500 milhões de litros de etanol e comercializa energia renovável. Emprega diretamente mais de 8 mil colaboradores.

53) Berneck Painéis e Serrados

Setor: Madeira, Celulose e Papel

Fundação: 1952, em Bituruna (PR)

Receita: R$ 2,99 bilhões

Principais executivos: Daniel Berneck e Graça Berneck Gnoatto

Especializada em painéis e serrados, a Berneck atua exclusivamente com florestas plantadas. A divisão florestal conta com 84 mil hectares de terras no Paraná e em Santa Catarina para o cultivo de pinus. Parte da produção é exportada para 60 países. Todos os anos são plantados 7 milhões de árvores. Outros 88 mil hectares são mantidos como reservas nativas. Em 2022, a companhia celebrou 70 anos e o investimento de R$ 1,6 bilhão para a construção de uma nova unidade em Lages (SC), que deve incrementar a sua capacidade em quase 40%.

54) Frigol

Setor: Alimentos e Bebidas

Fundação: 1992, em Lençóis Paulista (SP)

Receita: R$ 2,96 bilhões

Principal executivo: Eduardo Miron

A Frigol é o quarto maior frigorífico do país. Foi fundado pela família Gonzaga Oliveira, que atua no setor desde os anos 1970. No Brasil, suas quatro unidades em São Paulo e no Pará empregam cerca de 2.700 pessoas. Em 2021, as exportações representaram 38% do faturamento e a Frigol vem ganhando mercado, com duas plantas habilitadas para exportar para a China e uma para Israel. Além dos tradicionais cortes de carne com a marca Frigol, também comercializa as linhas Angus Frigol, Chef Churrasco, Chef Suínos e VegVibe.

55) São Salvador Alimentos

Setor: Alimentos e Bebidas

Fundação: 1973, em Itaberaí (GO)

Receita: R$ 2,83 bilhões

Principal executivo: Hugo Perillo Vieira e Souza

A goiana São Salvador Alimentos, que nasceu de uma pequena granja, é dona de duas marcas: SuperFrango e Boua. A primeira vende carne de aves e a segunda dedica-se a vegetais congelados, lácteos, embutidos, defumados, hambúrgueres, cortes suínos e peixes. Em 2020, inaugurou um abatedouro em Nova Veneza (GO) e avançou na governança, instituindo um conselho de administração. A companhia exporta para 65 países, entre África, América Central, Europa e Ásia, com foco na China.

56) Vigor Alimentos

Setor: Alimentos e Bebidas

Fundação: 1917, em São Paulo (SP)

Receita: R$ 2,67 bilhões

Principal executivo: Luis Gennari

A Vigor passou por vários controladores em seus 105 anos. Já pertenceu ao grupo Bertin, adquirido pela JBS. A companhia teve seu capital aberto na B3, mas o desempenho fraco das ações levou a JBS a fechar o capital três anos depois. Em 2017, a Vigor tentou comprar a mineira Itambé, mas perdeu para os franceses da Lactalis. A briga só foi resolvida dois anos depois, em 2019, quando o grupo mexicano Lala assumiu o controle da Vigor, que é dona de marcas tradicionais como Leco, Faixa Azul e Danúbio.

57) Prod. Alim. Orlândia

Setor: Alimentos e Bebidas

Fundação: 1944, em Orlândia (SP)

Receita: R$ 2,62 bilhões

Principal executivo: Eduardo Define

A Produtos Alimentícios Orlândia S.A., ou Brejeiro, foi fundada pelo imigrante italiano Max Leonardo Define como produtora de algodão e arroz a granel. A empresa segue nas mãos da família. Foi pioneira em empacotar arroz para adaptá-lo aos supermercados. Depois expandiu o portfólio para a soja, que abriu o caminho para o mercado de energia. Desde 2011, a Brejeiro comercializa biodiesel. Hoje tem três unidades de esmagamento de soja, três beneficiadoras de sementes, duas beneficiadoras de arroz e dez armazéns.

58) Açucareira Quatá

Setor: Agroenergia

Fundação: 1946, em Macatuba (SP)

Receita: R$ 2,57 bilhões

Principal executivo: Fabiano José Zillo

A Açucareira Quatá, também conhecida como Zilor Energia e Alimentos, é uma das principais empresas do setor sucroenergético. Emprega 3,5 mil pessoas e produz açúcar, etanol e energia elétrica limpa e renovável. Também atua com ingredientes naturais por meio da unidade Biorigin, especializada em alimentação humana e nutrição animal. A empresa vem investindo na cogeração de energia elétrica e vai dedicar R$ 550 milhões para a ampliação em 60% da capacidade de cogeração nas unidades Barra Grande e São José, em São Paulo.

59) Usina Alto Alegre

Setor: Agroenergia

Fundação: 1978, em Colorado (PR)

Receita: R$ 2,5 bilhões

Principal executivo: José Francisco Malheiro Junqueira Figueiredo

Também conhecido como Alto Alegre, o Grupo Lincoln Junqueira possui cinco usinas no Centro-Sul, sendo duas plantas em São Paulo e três no Paraná, com capacidade de processar 17,5 milhões de toneladas de cana por safra, e produzir 17,6 milhões de sacas de açúcar cristal branco, 5,4 milhões de sacas de açúcar refinado amorfo, 10,6 milhões de sacas de açúcar VHP, 100 mil sacas de açúcar demerara. Também produz 420 milhões de litros de etanol carburante. O grupo tem capacidade para cogerar 700 gigawatts de energia a partir da biomassa.

60) Eucatex Ind. Comércio

Setor: Madeira, Celulose e Papel

Fundação: 1951, em São Paulo (SP)

Receita: R$ 2,44 bilhões

Principal executivo: Flávio Maluf

O grupo exporta para 40 países, além de atuar no mercado interno, a partir de seis fábricas localizadas em Botucatu e Salto (SP) e Cabo de Santo Agostinho (PE). Processa, a partir de floresta cultivada de eucalipto, produtos como pisos laminados, painéis MDF e MDP e também fabricante de tintas e vernizes. As florestas ocupam uma área de mais de 40 mil hectares, distribuídos em 82 fazendas próprias, arrendadas e de agricultores parceiros. Desta área saem 1 milhão de metros cúbicos de madeira processada por ano.

61) J. Macêdo

Setor: Alimentos e Bebidas

Fundação: 1939, em Fortaleza (CE)

Receita: R$ 2,36 bilhões

Principal executivo: Irineu José Pedrollo

A J. Macêdo começou como uma empresa de representação comercial de autopeças em 1939. Só iniciou as atividades no setor de alimentos nos anos 1950, importando trigo dos Estados Unidos. Atualmente é a líder do setor de farinhas de trigo domésticas e de mistura para bolos, distribuindo marcas como Sol e Dona Benta. É a segunda maior empresa nacional no segmento de massas alimentícias. A companhia tem três fábricas e cinco moinhos e emprega cerca de 3 mil pessoas direta e indiretamente.

62) Agribrasil Global Markets

Setor: Tradings e Comércio

Fundação: 2016, em São Paulo (SP)

Receita: R$ 2,18 bilhões

Principal executivo: Frederico Humberg

A Agribrasil foi fundada em 2016 por Frederico Humberg e é uma das maiores tradings de milho e soja de capital brasileiros. Ela origina soja e milho de cooperativas, revendas e grandes produtores e exporta, fazendo toda a gestão da logística e dos riscos desde a originação até a entrega para o cliente. Em 2022, a Agribrasil comprou uma participação majoritária no Terminal Santa Catarina (Tesc), localizado em São Francisco do Sul. A companhia está se preparando para um IPO de R$ 1 bilhão em 2023.

63) Louis Dreyfus Co. Sucos

Setor: Tradings e Comércio

Fundação: 1851, na Alsácia (França). No Brasil desde 1942

Receita: R$ 2,16 bilhões

Principal executivo: Murilo Parada

Criada em 1851 na região francesa da Alsácia para exportar trigo para a Suíça, a Louis Dreyfus é uma das principais companhias de comercialização e processamento de grãos. É também uma das poucas empresas centenárias cujo controle permanece com a família fundadora. Chegou ao Brasil em 1942 com a compra da Coinbra e atua em café, algodão, grãos, sucos, oleaginosas, arroz e açúcar, sendo uma das dez maiores exportadoras do país. Opera cerca de 60 unidades industriais e logísticas no país e emprega em torno de 11 mil pessoas.

64) Delta Sucroenergia

Setor: Agroenergia

Fundação: 1953, em Delta (MG)

Receita: R$ 2,14 bilhões

Principal executivo: Robert Carlos Lyra, CEO

Com três usinas no Triângulo Mineiro, a Delta gera 12 mil postos de trabalhos diretos e indiretos. Produz açúcar para exportação, açúcar cristal para o mercado interno, etanol e energia elétrica produzida a partir do bagaço da cana-de-açúcar. Possui cerca de 160 mil hectares destinados ao cultivo de cana. Na safra 2022/2023, produziu 10,1 milhões de toneladas de cana. Destas, 9,7 milhões foram processadas em suas unidades, resultando em 17,3 milhões de sacos de açúcar, 294,4 mil metros cúbicos de etanol e 550 MWh de energia.

65) Nortox

Setor: Agroquímica e Insumos

Fundação: 1954, Arapongas (PR)

Receita: R$ 2,05 bilhões

Principal executivo: João Marcos Ferrari

A Nortox começou como indústria de inseticida para o combate a uma praga do café e depois expandiu o portfólio para herbicidas. É a única empresa brasileira do segmento que atua em três plataformas de negócios: defensivos agrícolas, micro fertilizantes granulados e sementes híbridas de milho e sorgo. Tem duas unidades industriais no Brasil, a matriz, no Paraná, e uma planta em Rondonópolis (MT). Há cinco anos, iniciou a expansão internacional, com operações no Paraguai e Chile. A companhia tem ainda planos de expansão para Colômbia, Peru e Uruguai.

66) Grupo Fartura Hortifruti

Setor: Alimentos e Bebidas

Fundação: 1979, Belo Horizonte (MG)

Receita: R$ 2,01 bilhões

Principal executivo: Carlos Roberto Alves

O Grupo Fartura Hortifrut, dono da rede Oba, foi fundado em 1979 pelos amigos Carlos Alves e Raimundo Alves como um sacolão, com todos os produtos por um preço único. A estratégia mudou para o mercado de alta renda após o fim da inflação. Os alimentos frescos respondem por 77% do faturamento e a rede tem cerca de 70 lojas em São Paulo, Goiás e Distrito Federal, além de dois centros de distribuição. No fim de 2020, a empresa protocolou um prospecto de abertura de capital, mas o projeto não foi adiante.

67) Joaquim Oliveira Participações

Setor: Alimentos e Bebidas

Fundação: 1922, em Pelotas (RS)

Receita: R$ 2 bilhões

Principal executivo: Luciano Adures de Oliveira

A companhia gaúcha Joaquim Oliveira Participações S/A, a Josapar, tem como carro-chefe a marca de arroz Tio João e também produz feijão, soja, azeite de oliva, sementes e fertilizantes. Possui marcas como Meu Biju, SupraSoy e Azeite Nova Oliva. Exporta para cerca de 50 países e em 2022 celebrou seu centenário elevando as apostas no mercado de feijões de alta qualidade. São cinco unidades industriais, no Rio Grande do Sul, em Pernambuco, no Paraná e em Goiás, além das filiais de secagem e armazenagem e as unidades de distribuição.

68) Colombo Agroindústria

Setor: Alimentos e Bebidas

Fundação: 1979, em Ariranha (SP)

Receita: R$ 1,99 bilhão

Principal executivo: Anderson Roberto Travagini

A empresa nasceu nos anos 1940 a partir de um engenho familiar. É dona das marcas Açúcar Caravelas e Colombo. Tem três usinas em São Paulo, com capacidade de moagem de 10,25 milhões de toneladas de cana-de-açúcar por safra. Na safra 2021/22, moeu 8,3 milhões de toneladas, 10% acima da safra anterior, e a expectativa é voltar a processar mais de 10 milhões de toneladas na safra 2024/25. A companhia vem preparando sua abertura de capital com oferta pública inicial de ações (IPO), ainda sem data.

69) Pamplona Alimentos

Setor: Alimentos e Bebidas

Fundação: 1948, em Agronômica (SC)

Receita: R$ 1,93 bilhão

Principal executiva: Irani Pamplona Peters

Fundada pelo casal Lauro e Ana Pamplona, a empresa começou em Agronômica (SC), com o abate de bois, passando depois à carne suína. A companhia atende o mercado interno e externo e a habilitação de exportação mais recente foi para o México. A Pamplona tem um plano de expansão até 2025, com investimento de R$ 300 milhões projetados para a fábrica de Rio do Sul (SC), R$ 420 milhões para a fábrica de Presidente Getúlio (SC) e mais R$ 225 milhões projetados para fábrica de rações, agropecuária e atualizações tecnológicas.

70) Embaré Ind. Aliment.

Setor: Alimentos e Bebidas

Fundação: 1935, em Taubaté (SP)

Receita: R$ 1,87 bilhão

Principal executivo: Alexandre Antunes

A produção de doces de leite e de frutas, geleias e sopas de legumes foi o início de um complexo que depois incorporou manteiga, leite e caramelos. O leite longa vida chegou somente em 2011. Em 2020, a capacidade de processamento diário chegou a 2,8 milhões de litros de leite. No fim de 2021, a empresa anunciou a sua fusão com a cearense Betânia Lácteos, que criou o quinto maior laticínio do país com potencial de vendas de R$ 4 bilhões por ano. A nova marca, Alvoar Lácteos, chegou ao mercado no início de 2022, e a Embaré foi mantida.

71) Cerradinho Participações

Setor: Agroenergia

Fundação: 1973, em Catanduva (SP)

Receita: R$ 1,84 bilhão

Principal executivo: Luciano Sanches Fernandes

A Cerradinho, uma holding da família Sanches Fernandes, atua no setor de bioenergia e também faz gestão de propriedades rurais e atividades agrícolas. Durante a safra 2021/22, as empresas do grupo Cerradinho moeram 5,3 milhões de toneladas de cana-de-açúcar, 543,1 mil toneladas de milho, 86% e 95% da sua capacidade, respectivamente. A produção foi de 674,8 mil metros cúbicos de etanol hidratado e 520 GWh de energia elétrica, dos quais 74% foram exportados para a rede de distribuição e o restante, destinado à empresa.

72) SJC Bioenergia

Setor: Agroenergia

Fundação: 2011, Quirinópolis (GO)

Receita: R$ 1,78 bilhão

Principal executivo: Abel de Miranda Uchôa

A SJC Bioenergia é uma joint venture entre a Cargill e o grupo São João, produtor de açúcar VHP, etanol, eletricidade, fibras, proteína e óleo vegetal. Tem duas unidades em Goiás que empregam cerca de 4,2 mil pessoas. Em 2022, anunciou o projeto de duplicação da planta. Atualmente, tem capacidade de moagem de 8 mil toneladas por ano, produção de 460 milhões de litros de etanol de cana de açúcar e 160 milhões de litros de etanol de milho, 370 mil toneladas de açúcar VHP e geração de 250 mil toneladas de produtos de nutrição animal.

73) Frisa Frigorifico Rio Doce

Setor: Alimentos e Bebidas

Fundação: 1968, em Colatina (ES)

Receita: R$ 1,72 bilhão

Principal executivo: Arthur Arpini Coutinho

O Frigorífico Rio Doce, ou Frisa, que abate exclusivamente bovinos, possui unidades em Colatina (ES), onde está a sede, além de Nanuque (MG), Teixeira de Freitas (BA) e um centro de distribuição em Niterói (RJ). Emprega cerca de 3 mil pessoas. A capacidade de abate do Frisa é de 1.600 bovinos por dia, com um mix de cerca de 100 cortes embalados para o consumo e para venda a food services. Foi pioneira em exportar carne, ainda na década de 1970, e hoje exporta para cerca de 60 países.

74) Coop. Agr. Adamantina

Setor: Cooperativas

Fundação: 1965, em Adamantina (SP)

Receita: R$ 1,68 bilhão

Principal executivo: Osvaldo Kunio Matsuda

A Cooperativa Agrícola Mista de Adamantina (Camda) nasceu com o objetivo de fortalecer a comercialização da produção, aquisição de insumos, mudas, sementes e outros produtos para o plantio e a colheita. Hoje ela tem 28 mil cooperados, emprega 980 pessoas e possui 43 unidades em cinco estados do Sul, Sudeste e Centro-Oeste. Possui três fábricas (duas em São Paulo e uma em Mato Grosso do Sul), dois centros logísticos, um silo, uma fazenda experimental e um laboratório de análise de solo.

75) Ind. Canaã Açúcar e Álcool

Setor: Agroenergia

Fundação: 1980, em Paraguaçu Paulista (SP)

Receita: R$ 1,64 bilhão

Principal executivo: Paulo Adalberto Zanetti

Há mais de 40 anos no mercado sucroenergético nacional, a Cocal Comércio Indústria Canaã Açúcar e Álcool, ou só Cocal, produz sua própria cana -de-açúcar e elabora açúcar, etanol, energia elétrica, biogás, CO2 verde (food grade) e levedura. A companhia tem 142 mil hectares sob gestão, capacidade de moagem de 8,7 milhões de toneladas de cana-de-açúcar por ano, que levam à produção de 720 mil toneladas de açúcar, geração de 470 GWh de energia elétrica para exportação e 400 milhões de litros de etanol. Emprega cerca de 5 mil pessoas.

76) Irani Papel e Embalagem

Setor: Madeira, Celulose e Papel

Fundação: 1941, em Vargem Bonita (SC)

Receita: R$ 1,61 bilhão

Principal executivo: Sérgio Luiz Cotrim Ribas

A Irani Papel e Embalagem é uma das principais indústrias de papel e papelão ondulado para embalagens. Suas cinco unidades estão em quatro estados (Santa Catarina, São Paulo, Minas Gerais e Rio Grande do Sul), e produzem papel para embalagem, caixas e chapas de papelão ondulado, breu e terebintina. Emprega mais de 2 mil colaboradores diretos. Em 2021, produziu 294 mil toneladas de papel para embalagens. Com um pacote de investimentos de R$ 976 milhões em curso, a Irani projeta expandir sua capacidade até 2030.

77) Guararapes Painéis

Setor: Madeira, Celulose e Papel

Fundação: 1984, em Palmas (PR)

Receita: R$ 1,6 bilhão

Principal executivo: Ricardo Pedroso

A Guararapes Painéis é o quarto maior produtor de MDF (medium density fiberboard) do Brasil, e o segundo maior exportador do país. Possui três unidades, a de Caçador (SC), que produz MDF, e duas de compensados, em Palmas (PR) e em Santa Cecília (SC). A Guararapes tem capacidade de produção de 600 mil metros cúbicos por ano e exporta painéis para mais de 50 países. No fim de 2020, a companhia apresentou um prospecto de IPO à CVM, mas a iniciativa não prosperou.

78) Usina Alta Mogiana

Setor: Agroenergia

Fundação: 1983, em São Joaquim da Barra (SP)

Receita: R$ 1,52 bilhão

Principal executivo: Luiz Gustavo Junqueira Figueiredo

A Usina Alta Mogiana S/A produz açúcar, etanol e energia elétrica na planta de São Joaquim da Barra, interior de São Paulo, que tem capacidade instalada para a moagem de mais de 6,7 milhões de toneladas de cana-de-açúcar e produção 10,5 milhões de sacas de açúcar, mais de 240 milhões de litros de etanol e energia cogerada de 250 GWh. A companhia emprega atualmente cerca de 3,5 mil pessoas na operação.

79) Cia. Mineira Açúcar e Álcool

Setor: Agroenergia

Fundação: 2006, em Uberaba (MG)

Receita: R$ 1,37 bilhão

Principal executivo: Carlos Eduardo Turchetto Santos

A Companhia Mineira de Açúcar e Álcool (CMAA) foi criada em 2006 pelo Grupo JF Citrus. Em 2013, a Indoagri, do grupo indonésio Salim, adquiriu 50% da companhia. A CMAA tem três usinas na região do Triângulo Mineiro. Na safra 2021/22, foram processadas 7,93 milhões de toneladas de cana-de-açúcar, alta de 15% ante safra 2020/21. O número representa 79% da capacidade da CMAA, que tem infraestrutura para a produção de 2,7 mil metros cúbicos de etanol, 4 mil toneladas de açúcar e 125 MW por dia.

80) Pastifício Selmi

Setor: Alimentos e Bebidas

Fundação: 1887, em Campinas (SP)

Receita: R$ 1,23 bilhão

Principal executivo: Ricardo Oliveira Selmi

O Pastifício Selmi, dono das marcas Renata, Galo e Todeschini, surge como sociedade anônima em 1956, mas sua história data de 1887, quando o imigrante italiano Adolpho Selmi fundou uma pequena fábrica de macarrão em Campinas. De lá para cá, a Selmi assumiu a segunda posição no mercado de massas alimentícias no Brasil. Seu portfólio engloba diversos tipos de massas, farinhas, biscoitos, bolo e azeite. A empresa tem fábricas em Sumaré (SP) e Rolândia (PR), além de moinho próprio.

81) Brasil Agro

Setor: Tradings e Comércio

Fundação: 2006, em São Paulo (SP)

Receita: R$ 1,22 bilhão

Principal executivo: André Guillaumon

A BrasilAgro é uma das maiores empresas brasileiras em quantidade de terras agricultáveis, com foco na produção de alimentos e na compra e venda de fazendas. Já investiu R$ 1,2 bilhão e, atualmente, opera 286 mil hectares de terras, em seis Estados brasileiros, no Paraguai e na Bolívia. Em junho de 2022 o portfólio de fazendas estava avaliado em R$ 3,3 bilhões. Desde o início da operação, a BrasilAgro já vendeu 97.736 hectares de terras agrícolas, totalizando R$ 1,7 bilhão e Taxa Interna de Retorno (TIR) entre 14% e 56%.

82) Usina Santa Adélia

Setor: Agroenergia

Fundação: 1937, em Jaboticabal (SP)

Receita: R$ 1,1 bilhão

Principal executivo: Josmar Verillo

A Usina Santa Adélia tem duas plantas em São Paulo, nos municípios de Jaboticabal e Pereira Barreto. Emprega 3 mil colaboradores diretos e gera energia elétrica com a queima do bagaço da cana. Em 2022, conseguiu financiamento de US$ 50 milhões junto à Corporação Financeira Internacional e o Rabobank para ampliar a produção de etanol e renovar 24,1 mil hectares de lavouras de cana-de-açúcar, e pretende usar imagens de satélite e drones para levantar informações meteorológicas e avaliar potenciais impactos nas lavouras.

83) Usina de Laticínios Jussara

Setor: Alimentos e Bebidas

Fundação: 1954, em Patrocínio Paulista (SP)

Receita: R$ 1,1 bilhão

Principal executivo: Odorico Alexandre Barbosa

A Usina de Laticínios Jussara foi uma das primeiras empresas do estado de São Paulo a produzir o leite pasteurizado e também a distribuir o produto em sacos plásticos. Anos depois, apresentou a embalagem cartonada. Tem postos de captação em São Paulo, Minas Gerais, Mato Grosso do Sul, Paraná e Goiás, que recebem diariamente leite produzido por mais de 4 mil produtores. A nova linha de fabricação da Jussara permite envasar o leite em garrafas PET.

84) Jalles Machado

Setor: Agroenergia

Fundação: 1980, em Goianésia (GO)

Receita: R$ 1,08 bilhão

Principal executivo: Otávio Lage de Siqueira Filho

A Jalles Machado nasceu do movimento de produtores da região de Goianésia, em Goiás, sob a liderança de Otávio Lage. Hoje, além do etanol, a empresa produz açúcar, convencional e orgânico, e energia elétrica, a partir do bagaço e da palha da cana. Abriu capital em 2021 e em outubro de 2022 concluiu a aquisição da usina Santa Vitória (MG). Atualmente, tem três usinas com capacidade de processar 9 milhões de toneladas de cana-de-açúcar por safra.

85) Café Cacique

Setor: Alimentos e Bebidas

Fundação: 1959, em Londrina (PR)

Receita: R$ 1,07 bilhão

Principal executivo: Sergio Pereira

Presente em mais de 70 países, a Cacique desenvolveu um portfólio com cerca de 65 produtos. É, atualmente, a maior exportadora de café solúvel do Brasil, com 45% de participação no mercado. A companhia foi pioneira na exportação de café solúvel, o que faz parte da estratégia de negócio focada na expansão e na diversificação de mercados. A Cacique produz 32 mil toneladas de café solúvel por ano nas duas fábricas, uma em Londrina (PR) e a outra, recém-construída, em Linhares (ES).

86) Boa Safra Sementes

Setor: Agroquímica e Insumos

Fundação: 2009, em Formosa (GO)

Receita: R$ 1,04 bilhão

Principal executivo: Marino Colpo

Fundada pelos irmãos Marino Colpo e Camila Stefani Colpo, a empresa é líder na produção de sementes de soja. Abriu capital no Novo Mercado da B3 em 2021, com um IPO que movimentou R$ 460 milhões. A empresa tem unidades de beneficiamento de sementes em Formosa (GO), Cabeceiras (GO), Buritis (MG), e Jaborandi (BA). Em 2022, ergueu centros de distribuição nas cidades de Sorriso (MT) e Balsas (MA), além de uma unidade de beneficiamento em Primavera do Leste (MT).

87) Clealco Açúcar e Álcool

Setor: Agroenergia

Fundação: 1980, em Clementina (SP)

Receita: R$ 1,03 bilhão

Principal executivo: Gustavo Henrique Rodrigues

A Clealco possui três unidades nos municípios paulistas de Clementina, Queiroz e Penápolis. Emprega cerca de 3 mil funcionários e produz açúcar VHP, etanol anidro e hidratado, energia elétrica, além de subprodutos como a biomassa, creme de levedo e óleo fúsel. A companhia registrou na safra 2021/22 seu melhor resultado histórico, com lucro líquido de R$ 334,3 milhões, cinco vezes acima da safra 2020/21. No último período, moeu 4,8 milhões de toneladas de cana e expandiu canaviais em mais de 40 mil hectares de cana plantada.

88) Mantiqueira Alimentos

Setor: Alimentos e Bebidas

Fundação: 1987, em Itanhandu (MG)

Receita: R$ 1,02 bilhão

Principal executivo: Leandro Pinto

A Mantiqueira Brasil foi a primeira granja automatizada no mercado nacional. Ela possui a maior unidade de produção de ovos do mundo em Primavera do Leste (MT), que aloja 6 milhões de galinhas. A empresa expandiu suas atividades para agricultura, pecuária, armazenagem e produção do condicionador de solos Solobom. Atualmente, o grupo conta com mais de 2,5 mil colaboradores, e é responsável pela maior produção de ovos da América do Sul, com 14 milhões de galinhas de postura em suas 11 unidades.

89) Coop. C. Novo do Parecis

Setor: Cooperativas

Fundação: 1980, em Campo Novo do Parecis (MT)

Receita: R$ 1,01 bilhão

Principal executivo: Luís Carlos Loro

A cidade de Campo Novo do Parecis tem o quarto maior PIB do agronegócio no Brasil. Em média, por ano, R$ 3,4 bilhões são gerados na região. A Coprodia é um marco dessa trajetória de sucesso. Inaugurada em 1980 por produtores que se mudaram do Sul do País, ela produz açúcar e etanol. Atua com 1.500 colaboradores diretos e 50 cooperados, que produziram 190 milhões de litros de etanol e 2,8 milhões de sacas de açúcar cristal na safra 2021/2022.

90) Fertgrow

Setor: Agroquímica e Insumos

Fundação: 2011, em São Luís (MA)

Receita: R$ 1,01 bilhão

Principal executivo: Cassiano Rodrigo Prado

A empresa é próxima do Porto de Itaqui. Desde 2011, atua na industrialização e na distribuição de substâncias para o solo. A matéria-prima é importada e as fórmulas são produzidas para venda no mercado interno, com destaque para a região do Matopi, formada por Maranhão, Tocantins e Piauí. A Fertgrow tem parceria com a Agrex do Brasil, subsidiária da Mitsubishi Corporation, que aposta no segmento de Barter, e a russa Uralkali.

91) Ouro Fino Saúde Animal

Setor: Agroquímica e Insumos

Fundação: 1987, em Cravinhos (SP)

Receita: R$ 905 milhões

Principal executivo: Kleber Gomes (CEO)

Criada pelos amigos de infância Jardel Massari e Norival Bonamichi em 1987, a companhia de saúde animal atua com pesquisa, desenvolvimento, produção e comercialização de vacinas e medicamentos e possui subsidiárias no México e na Colômbia. No Brasil, tem mais de 4 mil clientes. Em 2022, o conglomerado japonês Mitsui adquiriu as ações de outros dois sócios (Opportunity e BNDES), somando 29% do capital da companhia.

92) Tauá Brasil Palma

Setor: Alimentos e Bebidas

Fundação: 2007, em Belém do Pará

Receita: R$ 894 milhões

Principal executivo: Eduardo Gonçalves Pereira Júnior

A empresa foi criada e 2010 após um acordo para produção de óleo vegetal e biocombustível entre os governos do Brasil e de Portugal, mas reorientou sua produção para o mercado interno devido à alta demanda nos segmentos de beleza, alimentação e biodiesel. A partir de 1º de julho de 2022, a Ecotauá Participações e a Tauá Brasil Palma foram incorporadas definitivamente pela empresa Belém Bioenergia Brasil., que mantém mais de 40 mil hectares entre plantios próprios e de agricultores familiares.

93) Usina Bazan

Setor: Agroenergia

Fundação: 1963, Pontal (SP)

Receita: R$ 884 milhões

Principal executivo: Ângelo José Bazan

Sediado na Fazenda Dois Córregos, o grupo tem duas unidades em Pontal (SP), intituladas Bela Vista e Bazan. Desde 1963, a empresa comercializa e produz açúcar, etanol e derivados. Em 2020, garantiu a liderança nacional da companhia na exportação de açúcar por contêineres, com 561,51 mil toneladas despachadas nesta modalidade de maior valor agregado. As duas unidades totalizaram 7,87 mil toneladas de produção transportada por porão de navio no mesmo período.

94) Agrícola Famosa

Setor: Alimentos e Bebidas

Fundação: 1995, Mossoró (RN)

Receita: R$ 880 milhões

Principal executivo: Carlo Porro

Maior exportadora de frutas frescas do país e localizada entre os portos de Natal, Mucuripe e Pecém, a Agrícola Famosa desfruta dos pontos de escoamento mais próximos do continente europeu. Milhares de toneladas de frutas são exportadas para os mercados britânico, holandês, alemão, italiano, português e espanhol. No momento, segue expansão de vendas para Dubai, Singapura, Rússia, Lituânia, Estados Unidos e Canadá, entre outros

95) Arauco Painéis

Setor: Madeira, Celulose e Papel

Fundação: 1979, em Santiago (Chile). No Brasil desde 2007

Receita: R$ 876 milhões

Principal executivo: Carlos Altimiras

Fundada no Chile em 1979, a Arauco é uma das maiores empresas de celulose e madeira do mundo, com 1 milhão de hectares de florestas, dos quais 114 mil no Brasil, aonde chegou em 2007. Atualmente possui quatro fábricas aqui, com capacidade para produzir 1,52 milhão de metros cúbicos de MDF e 260 mil metros cúbicos de painéis compensados por ano. Em 2022, anunciou investimento de US$ 3 bilhões em uma fábrica no Mato Grosso do Sul, que adicionará capacidade de produção de 2,5 milhões de toneladas de celulose por ano à operação brasileira.

96) Agro Energia Santa Luzia

Setor: Agroenergia

Fundação: 2007, em região do Oeste Paulista

Receita: R$ 855 milhões

Principal executivo: Gustavo Alvares

Com três polos agroindustriais, a companhia está presente em quatro estados brasileiros: São Paulo, Goiás, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul. Possui capacidade de produção de 700 mil toneladas de açúcar VHP (Very High Polarization) e de 3 bilhões de litros de etanol anidro e hidratado l, além de geração de energia elétrica limpa a partir de biomassa da cana-de-açúcar capaz de iluminar as casas de mais de 15 milhões de pessoas.

97) Usina Santa Fé

Setor: Agroenergia

Fundação: 1925, em Nova Europa (SP)

Receita: R$ 838 milhões

Principal executivo: Francisco Sylvio Malzoni

A saga do Grupo Itaquerê começou em 1925, quando a família Magalhães inaugurou a usina de açúcar Companhia Açucareira Itaquerê. Em 1972, o empresário Roberto Malzoni comprou a companhia, que foi rebatizada como Usina Santa Fé. A segunda frente é a Agropecuária Nova Europa, que detém as terras do grupo. O grupo pode armazenar 1,35 milhão de sacas de açúcar cristal de 50 quilos e 84 milhões de litros de etanol.

98) Usina Batatais

Setor: Agroenergia

Fundação: 1985, em Batatais (SP)

Receita: R$ 825 milhões

Principal executivo: Bernardo Biagi

Graças aos investimentos em tecnologia e gestão, a Usina Batatais se destaca no mercado sucroenergético. Tanto o plantio quanto a colheita são automatizados em todas as fases de produção garantindo alta eficiência. Um ponto forte é a adoção de práticas alinhadas aos princípios de ESG. Com mais de 2 mil colaboradores, a companhia se orgulha de movimentar a economia da cidade de Batatais, onde está sediada. Na cidade de Lins funciona a primeira filial da empresa.

99) Vittia Fertilizantes

Setor: Agroquímica e Insumos

Fundação: 1971, em São Joaquim da Barra

Receita: R$ 779 milhões

Principal executivo: Wilson Romanini

Conforme aumentou a cultura de soja entre Ribeirão Preto e o Triângulo Mineiro, surgiu a necessidade de inoculantes. E a Vittia enxergou uma excelente oportunidade de atuação. Em cinco décadas, a empresa expandiu a produção e pesquisa para desenvolvimento de bioinsumos de alta tecnologia para a agricultura. O grupo também atua com culturas de café, milho, frutas cítricas, feijão, algodão, cana de açúcar, cereais de inverno e pastagem. Há pouco mais de um ano abriu seu capital na B3.

100) Sipcam Nichino Brasil

Setor: Agroquímica e Insumos

Fundação: 1979, São Paulo (SP)

Receita: R$ 772 milhões

Principal executivo: Alexandre Gobbi

O controle da joint venture focada no mercado brasileiro de agroquímicos divide-se entre a Sipcam, empresa do Grupo Sipcam-Oxon, no segmento desde 1946, e a companhia japonesa Nichino, especializada no desenvolvimento de moléculas protetoras de cultivos. Sediada em Uberaba (MG), a unidade industrial tem 254 mil m². A empresa investe em tecnologia para ter cultivos sustentáveis, produzindo agroquímicos que combatem pragas, plantas daninhas e doenças agrícolas com menor impacto ao ecossistema.

Reportagem publicada na edição 103 da Revista Forbes, lançada em novembro de 2022