As exportações totais de carne bovina, considerando produtos in natura e processados, geraram receita de US$ 13 bilhões ao país no ano passado, alta de 42% em relação a 2021, disse hoje (9) a Associação Brasileira de Frigoríficos (Abrafrigo) em nota, alertando que o cenário tende a piorar em 2023 diante de uma retração nos preços da proteína.
Em volume, foram exportados 2,34 milhões de toneladas da carne, avanço de 26% no comparativo anual. A China foi destino de mais da metade das vendas tanto em preços (60,9%) como nos volumes (53,3%), informou a entidade com base em dados do governo federal.
Para este ano, é justamento o comportamento dos importadores chineses que pode alterar o cenário da receita.
“Esse quadro não deve se repetir em 2023, principalmente em relação aos preços obtidos no ano passado, porque nos últimos meses houve uma intensa renegociação dos valores com o mercado chinês, com o produto brasileiro apresentando quedas de mais de 10% nos valores médios”, disse a Abrafrigo.
Depois da China, os Estados Unidos foram o maior comprador da carne bovina brasileira, proporcionando uma receita de US$ 904,1 milhões, com 173.141 toneladas adquiridas. No terceiro lugar ficou o Chile.
No total, em 2022, 110 países aumentaram suas aquisições da carne bovina brasileira, enquanto outros 57 reduziram.