A Bayer, multinacional do setor de químicos e serviços para o agro, e a Kimitec, que atua em 94 países, anunciaram um acordo para acelerar o desenvolvimento e a comercialização de soluções naturais para culturas. Em todo o mundo, as empresas se tornaram parceiras no desenvolvimento e comércio de soluções biológicas à proteção das culturas contra pragas, doenças e ervas daninhas, bem como bioativadores destinados a promover o crescimento vegetal.
A Kimitec opera o MAAVi Innovation Center, o maior centro de inovação biotecnológica da Europa, que conta com 15 anos de experiência na pesquisa e descoberta de moléculas e compostos naturais para a agricultura e a indústria alimentar. Para a Bayer, o objetivo é que a parceria acelere sua linha de produtos biológicos.
“A Bayer está empenhada em aproximar os agricultores dos benefícios que oferece as soluções naturais”, disse Robert Reiter, diretor de P&D, da divisão de Crop Science, da Bayer. “Cada agricultor pode se beneficiar dos produtos biológicos para usos que vão desde o tratamento de sementes até o controle de pragas.” A estimativa é que o mercado dos produtos biológicos chegue a 25 bilhões de euros em 2028.
Yara começa a utilizar embalagens sustentáveis para fertilizantes
A Yara Brasil, multinacional de nutrição de plantas, informou que já está utilizando em seus produtos os primeiros big bags (embalagens que fazem o armazenamento e transporte de insumos agrícolas, como o fertilizante) sustentáveis. São dois modelos: o rPET (PET reciclado), fabricado com plástico reciclado e possibilitando a reciclagem total do material, e o produzido com resina PCR (resina pós consumo), com até 50% de material reciclado. Neste ano, 50% dos produtos já estarão neste tipo de embalagem.
Inicialmente, as embalagens já evitam cerca de 2 mil toneladas de plástico virgem de origem fóssil do campo. “Estamos implementando o primeiro projeto bag-to-bag do mercado, em que os big bags usados no campo serão processados e reciclados para serem big bags de novo”, diz Fabiana Vargas, diretora de compras indiretas da Yara. “Ao trabalharmos com um material reciclável fomentaremos a economia circular de toda a cadeia.”
Sérgio Bortolozzo é o novo presidente da Sociedade Rural Brasileira
Está marcada para março a posse do novo presidente da SRB (Sociedade Rural Brasileira), Sérgio Bortolozzo, produtor rural em Araraquara. A escolha de Bortolozzo ocorreu na quinta (9), pelo conselho da SRB para o período de 2023 a 2025. Ele substitui Tereza Vendramini e já responde pela instituição.
Vice-presidente durante a gestão da presidente Teresa Vendramini, nas últimas décadas Bertolozzo se destacou pela atuação em diferentes entidades representativas do agronegócio que incluem a Abramilho, entidade que presidiu por seis anos; a Maizall (Maize International Alliance), que reúne produtores de milho dos Estados Unidos, Brasil e Argentina; e preside a Câmara Setorial do Milho e Sorgo, ligada ao Ministério da Agricultura (Mapa). Em 2021, recebeu o convite oficial da Organização das Nações Unidas (ONU) para integrar o chamado Champions Network for the Food System Summit, grupo de lideranças que preparou o debate para a Cúpula de Sistemas Alimentares.
Em sua gestão, pretende atuar fortemente na interlocução com o Governo Federal e com os Estados, buscando dar visibilidade às pautas que garantam, principalmente, a segurança jurídica, o direito de propriedade e o livre comércio dos produtores rurais e do agronegócio como um todo. “Também será prioridade da Sociedade Rural Brasileira viabilizar pautas e ações de sustentabilidade e de compromisso com uma agricultura e pecuária de baixo carbono”, afirma Bertolozzo.
Safra 2023 de arroz em Santa Catarina deve crescer
Com a abertura da colheita do arroz em Santa Catarina, o SindArroz-SC (Sindicato das Indústrias do Arroz do Estado) projeta que o ano de 2023 deva trazer bons negócios para os produtores e agroindústria de beneficiamento. O estado deve colher 1,2 milhão de toneladas de arroz na safra 2022/23, com uma produtividade de mais de 8,4 mil quilos por hectare.
“Teremos uma colheita muito boa, com um arroz de extrema qualidade e preços que se mantêm equilibrados. Para o produtor, a perspectiva é de uma grande safra, com bons resultados, e as indústrias também ficarão satisfeitas, pela qualidade do que foi cultivado”, diz Walmir Rampinelli, presidente do SindArroz-SC. Santa Catarina é o segundo maior estado produtor do cereal e líder em produtividade no país.
Grupo Rovensa unifica suas 10 empresas em uma única plataforma
O Grupo Rovensa, do setor de insumos agrícolas, apresentou nesta semana, em Berlim, durante a FruitLogistica Berlim, a principal feira para a indústria de frutas frescas, a Rovensa Next, uma nova unidade de negócios global. A unidade vai agregar as 10 empresas do grupo em uma única plataforma. São elas: Agrichembio, Agrotecnología, Idai Nature, Microquimica, MIP Agro, OGT, Oro Agri, Rodel, SDP e Tradecorp. Presente em 80 países, a estimativa é chegar a volume de negócios da ordem de 1 bilhão de euros até 2025.
“Estamos dando um passo estratégico”, disse Eric van Innis, CEO do Grupo Rovensa. “Agricultores e distribuidores não precisam simplesmente de produtos, eles precisam de consultores especializados para ajudá-los a criar uma estratégia potente que considere seu ambiente e desafios locais.”
Com a unificação, a empresa passa a ter uma rede global de 30 laboratórios de P&D, centros de excelência, campos e estufas; 14 unidades de produção; mais de 84 parcerias com centros de investigação e universidades; 100 especialistas em P&D e inovação; e uma equipe de 850 especialistas de campo.
Startup Já Entendi Agro abre 1ª rodada de investimentos
Fundada em 2022, em Curitiba (PR), a startup Já Entendi Agro, anunciou sua primeira rodada de investimentos no valor de R$ 900 mil por 10% da marca. O primeiro investidor, com aporte de R$ 450 mil, foi a SNA (Sociedade Nacional de Agricultura), entidade com sede no Rio de Janeiro.
A startup desenvolveu um aplicativo para capacitações, treinamentos em vídeo, atividades e simulações, após visitas a fazendas em todo o Brasil. Voltado para a base da pirâmide, o aplicativo que também funciona off-line, tem linguagem simples que dá acesso a cursos e certificações. A startup também oferece incentivos e recompensas aos produtores, como cupons de desconto em marketplaces.
A Mubius WomenTech Ventures vai atuar como venture builder no processo para alavancar a startup. “Esperamos que a Mubius nos ajude a potencializar a empresa e direcioná-la estrategicamente”, diz o CEO da Já Entendi Agro, Gladys Mariotto.
Imaflora produz guia sobre contratação de mão de obra no campo
O Imaflora (Instituto de Manejo e Certificação Florestal e Agrícola) produziu um guia de boas práticas para orientar a atuação de produtores na prevenção de trabalho análogo ao escravo (TAE) e trabalho infantil (TI). O material tem o objetivo de informar e apoiar pequenos, médios e grandes produtores na garantia de direitos e do bem-estar aos trabalhadores.
O material foi elaborado com a colaboração da empresa Delta Sucroenergia, inicialmente com foco na indústria sucro-alcooleira, mas com possibilidade de ser adaptado a outras cadeias agropecuárias.
O guia é direcionado a produtores que realizam contratação direta e àqueles que terceirizam essa relação. Contratação, alojamento, transporte, alimentação, disponibilização de água, carga horária, uso de equipamentos de proteção individual (EPIs) são alguns dos temas abordados. “Esse trabalho foi de grande importância porque, além de falar diretamente com os produtores de cana que fazem negócios com a Delta, a ação também ganha capilaridade, uma vez que alguns deles se relacionam com outras indústrias e realizam outros cultivos”, diz Daniella Macedo, coordenadora de cadeias agropecuárias do Imaflora.
Inadimplência atinge 27% dos produtores rurais brasileiros
Um levantamento inédito feito pela Serasa Experian, que considerou as 27 Unidades Federativas do país, revelou a situação de Inadimplência do Produtor Rural brasileiro em novembro de 2022. De acordo com os dados, 27% desses trabalhadores estavam negativados no período. Ainda assim, esse percentual é muito menor quando comparado com a taxa da população adulta em geral que tem o nome negativado no país (43%).
Para o head de agronegócio da Serasa Experian, Marcelo Pimenta, considerando o nível nacional do estudo, o percentual de inadimplência indicado não deve ser visto como algo alarmante para o setor. “Mesmo com os reflexos da pandemia e da instabilidade econômica, o agronegócio se mostrou forte e seguiu ocupando lugar como um dos principais motores econômicos do país”, afirma.
Pimenta também reforça que “a inadimplência é um fator financeiro que acontece em todas as áreas e, quando olhamos para a fatia do agro, podemos perceber sua baixa representatividade. A maior parte dos produtores rurais brasileiros conseguem evitar a negativação e continuam gerando empregos, cultivando e expandindo seus ganhos e mitigando os riscos de suas negociações”.
CNA vai premiar os melhores salames do Brasil
A CNA (Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil) abriu as inscrições para o 2º Prêmio Brasil Artesanal 2023 – Charcutaria. Realizado em parceria com a Academia da Charcutaria, o prêmio tem o objetivo de reconhecer os produtores dos melhores salames (tipo italiano) artesanais do Brasil. As inscrições podem ser feitas até o dia 5 de março no site da CNA.
O concurso é uma iniciativa do Programa Nacional de Alimentos Artesanais e Tradicionais da CNA. Cada produtor de salame artesanal (tipo italiano) poderá inscrever apenas um produto. Também não serão aceitos produtos sem registro nos órgãos de inspeção, em qualquer uma das instâncias – municipal, estadual, distrital ou federal. Além das análises de sabor e aroma, a etapa final será uma avaliação da história do produto. Os cinco primeiros colocados vão receber certificados e premiações em dinheiro.
3 brasileiros entram na lista 2023 Bioeconomy 500
Três brasileiros foram listados entre as 500 personalidades da bioeconomia no The Bioeconomy 500, publicado pela Digest. A homenagem reconhece indivíduos por suas contribuições de liderança para o desenvolvimento da bioeconomia e implantação de projetos.
São eles: Bernardo Silva, diretor executivo do Sinprifert (Sindicato Nacional das Indústrias de Matérias Primas para Fertilizantes), Bernardo Gradin, CEO da GranBio, e Ricardo Mussa, CEO da Raizen.
A lista homenageia cientistas, engenheiros, formuladores de políticas, financiadores, desenvolvedores de projetos, pioneiros em matérias-primas, compradores, defensores e parceiros da cadeia de suprimentos e distribuição.
Danone cria centro internacional de pesquisa e inovação
Antoine de Saint-Affrique, CEO da Danone, inaugurou nesta semana o novo centro de pesquisa e inovação da empresa no campus Paris-Saclay. O centro será dedicado ao desenvolvimento e à inovação nas categorias de “laticínios frescos e produtos à base de plantas” e “água mineral natural”.
“Nosso plano estratégico ‘Renew Danone’ coloca a ciência e a tecnologia de volta ao coração da inovação, tornando-os importantes propulsores do crescimento da companhia”, disse Saint-Affrique. Estão envolvidas no projeto 550 pessoas, entre pesquisadores qualificados em ciências da vida, fermentação e microbiota intestinal, nutrição e saúde, além de especialistas em experiência do consumidor, ciências sociais, design de produto, embalagens e produção em escala de piloto.
Campanha do Sindan alerta sobre uso de produtos veterinários piratas
O Sindan (Sindicato Nacional da Indústria de Produtos para Saúde Animal) lançou nesta semana a segunda fase da campanha “Olhos Abertos”, já realizada no formato online e que, agora, ganhará reforço no offline. A ação tem como objetivo informar os consumidores sobre os perigos do uso de produtos animais piratas, sejam eles falsificados ou contrabandeados, além de ajudar a combater o comércio ilegal no Brasil.
“Todo o nosso empenho visa garantir que tutores e produtores tenham total confiança nos medicamentos oferecidos aos seus animais”, diz Emílio Salani, vice-presidente executivo do Sindan.
De acordo com a Associação Brasileira de Combate à Falsificação, em 2021, os produtos falsificados movimentaram cerca de R$ 290 bilhões no país. Na lista de mercadorias ilegais estão diversos medicamentos produzidos com matérias-primas de baixa qualidade, que não apresentam estudos adequados de bioequivalência e nem o selo de aprovação do Mapa (Ministério de Agricultura, Pecuária e Abastecimento).
Parceria ABB, Unicamp e Bio Plugs vai desenvolver robôs para o agro
A ABB Robótica, a Unicamp (Universidade Estadual de Campinas) e a Bio Plugs, empresa de Atibaia (SP), anunciaram que estão desenvolvendo uma aplicação robótica para o agro. O projeto consiste no uso de uma solução com o robô colaborativo GoFa, da multinacional suíço-sueca, equipado com um sistema de visão 3D para o plantio de mudas de plantas.
A expectativa é que o projeto piloto fique pronto no final de março de 2024,com soluções para o plantio em estufa de flores. Com o novo investimento em tecnologia, a Bio Plugs, que produz mudas de flores e plantas ornamentais para todo o Brasil, espera ganhar ainda mais produtividade e escala para acompanhar o crescimento do mercado. Segundo dados do Instituto Brasileiro de Floricultura (Ibraflor), o setor de flores, incluindo produção, atacado e varejo, cresce ano a ano e atingiu um faturamento de R$ 10,9 bilhões em 2021, um avanço de 15% em relação ao ano anterior.
18 mil cafeicultores brasileiros terão acesso a seguro rural “sob medida”
A Lockton, corretora e consultoria de seguros, a seguradora Mapfre e a Cooxupé (Cooperativa dos Cafeicultores de Guaxupé), fecharam uma parceria para a distribuição de seguro agrícola aos cooperados. Com a iniciativa, a Cooxupé espera alcançar 18 mil cafeicultores que terão acesso a soluções estruturadas de seguros rurais, elaborados “sob medida” pela Lockton e com a opção de proteção de seguros de Riscos Nomeados ou Multirrisco. A Mapfre assume como operadora do projeto.
Segundo Carlos Augusto Rodrigues de Melo, presidente da Cooxupé, a solução foi criada para levar mais apoio e tranquilidade às famílias cafeicultoras ainda na safra 2022/2023. “Além de aplacar riscos para as lavouras de café, uma vez que as intempéries climáticas são fatores de grande preocupação para todo produtor rural”, diz ele.
A produção de café para a safra 2022/2023 está estimada em 50,38 milhões de sacas, segundo o 3º Levantamento do grão para a atual temporada, feito pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). Nos dois últimos ciclos, o clima adverso influenciou de maneira negativa a produtividade do café. O desempenho da planta foi impactado pela falta de chuvas em 2020, e, no ano passado, além de estiagem, foram registradas fortes geadas em importantes regiões produtoras.
