A Gulfood, uma das principais feiras de alimentos do mundo e a maior feira B2B do setor no Oriente Médio, que ocorre entre 20 e 24 de fevereiro em Dubai, nos Emirados Árabes Unidos, está na mira dos negócios estimados pela ApexBrasil (Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos). A estimativa é de que o volume negociado chegue a US$ 4,5 bilhões, entre transações fechadas no evento e nos 12 meses subsequentes.
Nesta edição, a feira recebe 5 mil empreendimentos de cerca de 120 países. Organizadas pela ApexBrasil, serão 68 empresas de commodities como carnes, café, alimentos funcionais e orgânicos. Também com o apoio da Apex, outras 22 agroindústrias associadas à ABPA (Associação Brasileira de Proteína Animal) e 15 da Abiec (Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carne) integrarão pavilhões no setor de carnes.
“Além das expectativas em fechar negócios, ao participar de grandes eventos de alimentos e bebidas como a Gulfood, a ApexBrasil pode contribuir para diversificar a pauta exportadora brasileira”, diz Paula Soares, gerente do agronegócio da ApexBrasil. “A Gulfood, assim como outras grandes feiras de alimentação em todo o mundo, é uma vitrine para os empresários do setor.”
Outro ponto importante é fortalecer a credibilidade internacional do Agronegócio e do setor de alimentos e bebidas no Brasil, como referência em segurança alimentar e em técnicas sustentáveis de produção, seja no campo, seja na indústria.” Em 2022, as exportações brasileiras para o Oriente Médio chegaram a US$ 17,18 bilhões, ou 5,14% de todas as vendas internacionais do país. Os principais embarques para a região foram de carnes de aves, com US$ 2,9 bilhões ou 17% do total exportado para o mundo, e milho, com US$ 2,7 bilhões e participação de 16% nas exportações.
New Holland apoia evento cervejeiro
Em um evento exclusivo, realizado na terça (14), na Fazenda Cervejeira, em Belo Horizonte (MG), foi feito o pré-lançamento da websérie “Do Campo Ao Copo”, que mostra a jornada empreendedora e desafiante da produção de lúpulo no Brasil. Com o apoio da New Holland Agriculture, o primeiro episódio da série foi exibido a um grupo de convidados, entre eles os ligados ao agro, que também puderam conhecer de perto o espaço da primeira fazenda urbana de lúpulo do país.
A iniciativa do documentário foi do empresário e produtor de lúpulo, José Felipe Carneiro, cofundador da cervejaria Wäls e da ZXVentures (fundo de inovação da Ambev), além de marcas de bebidas como K-Happy Kombucha e Lowka. O cultivo comercial do lúpulo no Brasil começou por volta de 2017 e, segundo a Aprolúpulo, em 2021 foram produzidas 24 toneladas do insumo no país. Para 2023, a expectativa é de que a produção chegue a 44 toneladas.
BSBIOS e o Grupo Madero transformam óleo de cozinha em energia limpa
A BSBIOS e o Grupo Madero firmaram na quarta (15), em Curitiba (PR), um contrato de compra e venda de óleo de cozinha usado (UCO, na sigla em inglês) das cozinhas dos restaurantes do grupo. A matéria-prima residual será destinada para a produção de biodiesel, em um modelo de economia circular.
O recolhimento será realizado em toda a rede, que compreender 270 restaurantes. O contrato prevê o recolhimento de 55 mil litros de UCO por mês, em um processo de logística reversa. O óleo utilizado retorna à cozinha central do Madero, em Ponta Grossa (PR), de onde segue para a unidade da BSBIOS, em Marialva (PR).
“O resíduo do óleo de cozinha industrial é um item potencialmente poluidor quando descartado de maneira inadequada, sendo necessárias alternativas que possibilitem a sua reciclagem”, disse Júnior Durski, CEO do Grupo Madero. Para Erasmo Carlos Battistella, presidente da BSBIOS, “o uso do UCO é uma alternativa duplamente sustentável, pois diminui o descarte inadequado do resíduo e colabora para a produção de um combustível comprovadamente renovável.” No Brasil, o UCO responde somente por 2,25% da matéria-prima usada para produção de biodiesel.
Elanco lança Programa Global de Liderança para Mulheres
Destaque entre as empresas de saúde animal em relação à equidade de gênero, a Elanco Saúde Animal tem no comando da afiliada brasileira a primeira mulher a liderar uma multinacional do setor na América Latina, a médica-veterinária Fernanda Hoe. Nesta semana, a empresa lançou o Global Women Leadership Program, um projeto de capacitação profissional inédito na companhia, voltado exclusivamente a mulheres iniciantes em cargos de gerência e coordenação. A ideia é proporcionar a essas executivas uma imersão de 12 meses no desenvolvimento de habilidades em liderança e apoiá-las em seu crescimento profissional.
O projeto tem a parceria da Kelley School of Business, conceituada escola de negócios da Indiana University (EUA). Serão de 5 a 6 horas de imersão virtual por trimestre, em três diferentes módulos de aprendizado ministrados por docentes da Kelley School.
A grade prevê ainda um quarto módulo presencial, nos EUA, e cada participante terá ao seu lado a figura do “sponsor” sênior, profissional que atuará como orientador ao longo de todo o curso.
“Na afiliada brasileira, hoje 50% dos cargos de gestão são ocupados por mulheres. A proposta do novo projeto é elevar ainda mais esse índice, de maneira sustentável”, diz Adriana Santana, diretora de recursos humanos LATAM na Elanco
Hub AgroAmbiental faz restauração florestal na Mata Atlântica
A Hub AgroAmbiental – H2A, começa a colher os frutos de uma iniciativa: em algumas propriedades de São Paulo, a floresta começa a renascer com o início dos plantios em áreas de restauração. O projeto, gerenciado pelo Imaflora (Instituto de Manejo e Certificação Florestal e Agrícola), prevê restaurar 400 hectares de florestas nativas na Mata Atlântica, através dos plantios de mudas, sementes e da condução da regeneração natural, até o final de 2023.
O modelo da ação parte da reunião dos atores da produção agropecuária e da restauração florestal para trazer soluções técnicas, jurídicas e econômicas, com prazos reduzidos, aos projetos e necessidades de regularização e adequação ambiental do setor. Na fase inicial estão em 12 propriedades no estado de São Paulo.
“Estão envolvidos o proprietário de terras e toda a cadeia de restauração florestal – redes de sementes, profissionais e técnicos, empresas executoras, que mantêm e monitoram a restauração até o carbono -, conectando-os com o outro lado, que são agentes financeiros, instituições doadoras, investidores em restauração florestal, em carbono, em serviços ambientais e, também, captadores que estão se especializando em mapear e identificar fontes para apoiar processos de restauração”, diz Leonardo Sobral, gerente de cadeias florestais do Imaflora e coordenador Geral do H2A.
Marfrig avança no ranking Forest 500 de cadeia livre de desmatamento
A Marfrig, uma das maiores empresas de carne bovina do mundo, subiu cinco pontos percentuais (de 34% para 39%) no ranking global de combate ao desmatamento Forest 500, edição 2023, e assumiu a liderança no setor de frigoríficos. Divulgado na quarta (15), o ranking compila e analisa dados das 350 empresas mais influentes do mundo que atuam em cadeias de abastecimento com risco de desmatamento como couro, óleo de palma, soja, gado, madeira, papel e celulose.
A lista é elaborada anualmente pela organização ambiental britânica Global Canopy, que verifica se as companhias abordam os riscos de desmatamento por meio de suas políticas e compromissos assumidos e medidas contra o desmatamento. A Marfrig melhorou sua pontuação em todas as quatro commodities nas quais é avaliada no ranking: carne bovina, couro, soja e papel/celulose/madeira.
Kepler Weber fecha 2022 com receita recorde de R$ 1,8 bilhão
A Kepler Weber, uma das maiores empresas silos e armazéns do país, fechou o ano de 2022 com recorde de receita líquida, atingindo R$ 1,8 bilhão. Em relação ao ano anterior, houve um salto de 48,1%, ante o resultado de R$ 1,2 bi apurado em 2021, consolidando “um ano de performance consistente da companhia”, destaca trecho da mensagem da administração ao mercado.
“Além do aumento substancial das receitas, obtivemos margens operacionais em patamares exuberantes, o que nos permitiu a manutenção do retorno sobre o capital investido em nível muito atrativo”, reforça o documento. Ao longo de 2022, o EBITDA ajustado somou R$ 568,2 milhões contra R$ 241,2 milhões do ano anterior, crescimento de 135,6%. O lucro líquido ajustado foi de R$ 386,2 milhões, 141,5% maior que o registrado em 2021, quando a companhia reportou R$ 159,9 milhões. A área de pós colheita se destacou na venda de produtos, especialmente em estados como Goiás, Maranhão, Tocantins, Piauí e Mato Grosso.
Carapreta Day estreia em feira internacional com churrasco
Na próxima semana, o projeto mineiro de verticalização da cadeia de carne bovina Carapreta, dos irmãos José, Rodolfo e Adolfo Géo, será apresentado pela primeira vez em uma feira internacional, a Gulfood, em Dubai, nos Emirados Árabes.
A Carapreta, que se tornou também o nome da carne comercializada pelos irmãos, marcou para 21 de fevereiro o Carapreta Day, evento para 100 convidados com a participação do chef Jeferson Finger, do Barbacoa, um dos grandes restaurantes do país. Ele fará a apresentação dos cortes. A marca mantém uma parceria com a Domi International, trading brasileira especializada na comercialização global de carnes bovinas.
“O Oriente Médio é um dos principais destinos de carnes nobres do mundo. É um mercado maduro quando falamos nos atributos de qualidade como marmoreio, maciez, coloração e sabor”, diz Vitoriano Dornas, CEO da Carapreta. “Nosso principal competidor nesse mercado é a carne australiana.”
TMG apresenta estudo sobre soja nos EUA
A TMG (Tropical Melhoramento e Genética), empresa brasileira de soluções genéticas para algodão, soja e milho, participou da “Town & Country Resort and Conference”, em San Diego, Califórnia, na segunda quinzena de janeiro. O objetivo foi integrar o PAG 30 (Plant & Animal Genome Conference), evento anual que conta com fóruns e palestras sobre genética de plantas e animais, sessões de pôsteres, exposições e workshops.
João Vitor Maldonado, melhorista em genética molecular na TMG, apresentou os resultados de uma pesquisa feita a partir da compilação de dados de sequenciamento genético com auxílio de uma plataforma fornecida pela Gencove, empresa norte-americana de análises de genoma. “Por meio dessa plataforma, fizemos estudos genéticos mais aprofundados e identificamos uma região do genoma da soja altamente relacionada com a resistência genética das plantas a uma das versões mais agressivas do nematoide de cisto da soja”. diz ele. “Com isso, por meio de marcadores moleculares, vamos contribuir com o Programa de Melhoramento Genético da TMG, a fim de desenvolver cultivares com maior resistência a esse patógeno, beneficiando a agricultura”.
O nematoide de cisto da soja, o NCS (Heterodera glycines Ichinohe) é registrado em dez estados (MG, MT, MS, GO, SP, PR, RS, BA, TO e MA) e estima-se que esteja presente em cerca de 2 milhões de hectares de plantações de soja no Brasil, reduzindo a produtividade das lavouras.
CNA elege presidente da Comissão Nacional de Mulheres do Agro
A CNA (Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil) promoveu, na segunda (13), a primeira reunião da Comissão Nacional de Mulheres do Agro para anunciar a presidente e as vice-presidentes e debater as principais demandas e ações que serão trabalhadas pelo colegiado. O cargo de presidente será ocupado pela engenheira agrônoma Stéphanie Ferreira. Natural do município de Três Lagoas (MS), Ferreira já trabalhou no Serviço Nacional de Aprendizagem Rural do estado e participou do CNA Jovem em 2016.
Atualmente ela presta serviço de assessoria pecuária, é vice-presidente do Sindicato Rural de Três Lagoas e compõe a diretoria da Famasul (Federação da Agricultura e Pecuária do Mato Grosso do Sul). “Acredito que teremos um longo caminho pela frente e, juntas, faremos um excelente trabalho”, disse no dia da posse.
As principais ações previstas são: realizar diagnósticos, apoiar e auxiliar a implantação de comissões estaduais, realizar um encontro nacional de mulheres, criar um programa de fortalecimento de lideranças femininas e representar o sistema em fórum e eventos.
Depois de 20 anos, Parque da Água Branca volta ao circuito de eventos do agro
O Parque da Água Branca, em São Paulo (SP), berço da equinocultura nacional, está sob nova gestão e volta a sediar um dos mais importantes eventos equestres do Brasil. Nos dias 11 e 12 de março, a 36ª Exposição Interestadual do Cavalo Árabe deve atrair centenas de pessoas de todo o país, além dos criadores dos equinos. De acordo com a ABCCA (Associação Brasileira dos Criadores do Cavalo Árabe), a última edição da competição, no local, ocorreu há duas décadas.
“Temos um carinho muito especial por esse parque, berço do nosso cavalo e de tantas outras raças equinas, que foram difundidas por todo o Brasil. Esta volta também será uma celebração ao majestoso momento vivido pelo Cavalo Árabe no país”, diz Rodrigo Forte, presidente da ABCCA. “Depois de 20 anos, nossas provas de Halter e com cavalos montados [Funcionais] retornarão às origens.”
Promebo e Embrapa vão conduzir projeto de genômica da raça Brangus
A raça bovina brangus deu início à avaliação genômica de seus animais por meio do Promebo (Programa de Melhoramento de Bovinos de Carne). O projeto será conduzido pela ANC (Associação Nacional de Criadores Herd-Book Collares) e pela Embrapa Pecuária Sul.
Braulli Ferrari, superintendente de registros da ANC, destaca que a genômica permitirá que o criador de brangus tenha em mãos dados que irão lhe antecipar as características expressas pelos bovinos de seu rebanho. “É um importante passo para a raça. Certamente os pecuaristas colherão muitos frutos por meio da ferramenta”, diz ele.
Segundo o pesquisador e chefe-geral da Embrapa Pecuária Sul, Fernando Cardoso, estima-se aumento de 25% na precisão das informações de animais com dados próprios e com o dobro da acurácia para aqueles com apenas dados de pedigree. “Com isso, esperamos que os criadores possam avançar mais rápido na busca por um brangus mais adaptado, com pelo mais curto, mais produtivo e, inclusive, mais resistente ao carrapato num ambiente tropical”, afirma.