O IPCF (Índice de Poder de Compra de Fertilizantes), calculado pela multinacional Mosaic, alcançou em janeiro a média de 0,99 ponto, o número mais baixo dos últimos 19 meses que indica que a relação de troca para aquisição de adubos está favorável ao agricultor, disse a empresa em nota nesta segunda-feira (6).
O indicador ficou abaixo do patamar de 1,02 registrado em dezembro e de 1,49 visto no mesmo mês em 2022, de acordo com os dados.
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Segundo a metodologia do IPCF, sempre que o indicador fica abaixo de 1, os agricultores tiveram uma relação de troca positiva. Resultados superiores a 1 mostram que o poder de compra está menos favorável ao produtor rural.
“O resultado do começo do ano se deve à redução superior dos preços de fertilizantes (-2%) em relação ao das commodities agrícolas (-1,5%), além queda dos custos logísticos internacionais do frete marítimo e da taxação nos portos brasileiros”, afirmou a Mosaic no comunicado.
Segundo a companhia, a baixa nos preços dos fertilizantes foi liderada pelos nutrientes ureia, cloreto de potássio e fosfato monoamônico.
“O mercado brasileiro demandou mais por fosfatados do que o mercado global, enquanto a procura por potássicos ficou estável. A menor demanda global por nitrogenados e a redução do gás natural influenciaram os custos de produção de fertilizantes”, acrescentou.
O índice também é ponderado pelo câmbio, que teve variação de 0,8% para baixo no dólar, ressaltou a Mosaic.
Vale lembrar que o IPCF encerrou 2022 com média anual de 1,47 ponto, o patamar mais alto desde 2019, com resultados elevados durante o primeiro semestre do ano passado pesando mais do que a desaceleração ocorrida no final do ano.