Nesta semana foram conhecidos os vencedores da 32ª edição do prêmio Ernesto Illy de Qualidade Sustentável do Café para Espresso, evento realizado em São Paulo (SP). O prêmio, com mais de 500 amostras avaliadas, revela os produtores e as regiões brasileiras que são destaque no universo do café illy, marca italiana fundada em 1933, em Trieste e que hoje é global.
Do estado de Minas Gerais saiu os três primeiros grandes vencedores da edição, que receberam diplomas e cheques no valor de R$ 10 mil cada um: Luís Manuel Ramos Fachada M. da Silva (Chapada de Minas), Raimundo Dimas Santana Filho (Matas de Minas) e São Mateus Agropecuária (Cerrado Mineiro).
Eles ganharam também uma viagem ao exterior para participar do 8º Prêmio Internacional de Café Ernesto Illy, que reúne em disputa os 27 cafeicultores selecionados de 9 países que fornecem grãos para a illycaffè. O prêmio já reconheceu cerca de 1.500 cafeicultores brasileiros e entregou R$ 8 milhões em prêmios.
Embrapa e UFSCar fazem acordo para pós-graduação
A Embrapa e a Universidade Federal de São Carlos assinaram um novo acordo de parceria institucional para o fortalecimento dos programas e cursos de pós-graduação (mestrado e doutorado) e dos portfólios de pesquisa, desenvolvimento e inovação, com validade de cinco anos, para os 43 Centros de Pesquisa em todo o Brasil. O acordo não envolve repasse de recursos financeiros e permite a participação de pesquisadores em atividades de docência, orientação, coorientação e/ou supervisão de teses e/ou dissertações, bem como viabilizar o recebimento dos estudantes da UFSCar nas dependências da Embrapa.
A UFSCar possui 52 programas de pós-graduação, 12 cursos de mestrado profissional, 44 de mestrado acadêmico nos quatro campi no interior paulista, em São Carlos, Araras, Sorocaba e Lagoa do Sino. O documento anterior entre as instituições foi assinado em 2013 e prorrogado em 2018. “O Convênio Embrapa-UFSCar vem dar sequência às cooperações que estas duas instituições mantêm desde o ano de 2013”, diz Rodrigo Constante Martins, pró-reitor de pós-graduação.
CMPC desenvolve novo híbrido de eucalipto
A CMPC, empresa chinela do setor florestal com presença no Brasil, desenvolveu um novo híbrido de eucalipto, do gênero Corymbia, mais adaptado às condições edafoclimáticas do Rio Grande do Sul e com características da madeira adequadas para produção de celulose com maior qualidade.
Já nos primeiros testes, os resultados mostraram que os ganhos obtidos com o plantio foram expressivos em produção de celulose por área, além de ser mais resistente às principais pragas e doenças que normalmente afetam a silvicultura de eucalipto.
Agora, a CMPC está iniciando a fase de produção de mudas em maior escala e implantando os clones do híbrido. A empresa produz cerca de 2 milhões de toneladas de celulose no país.
Climate tech utiliza drone para mapear florestas do Pará
O projeto Cauaxi, na região de Paragominas (PA), será o palco para a estreia do uso de um drone com sensor remoto LiDAR (do inglês Light Detection and Ranging) no mapeamento em três dimensões das florestas. A iniciativa é da climate tech brCarbon, que já utilizava o equipamento em uma etapa de testes, e agora incorporou a tecnologia aos trabalhos de rotina.
As áreas em Paragominas fazem parte de um projeto de carbono do tipo AUD (Avoiding Unplanned Deforestation), com 57 mil hectares de área. AUD é um tipo de projeto que visa evitar a emissão de carbono que ocorre com o desmatamento não planejado, ou seja, o desmatamento ilegal quase certo de ocorrer devido à pressão no seu entorno.
“A mensuração dos estoques de carbono com sensoriamento remoto de altíssima acurácia coloca a brCarbon em uma nova fase. O próximo desafio será aplicar o uso desses sistemas em todos os projetos, incluindo os de conservação e restauração florestal, bem como gerar modelos para estimativas de biodiversidade arbórea, além dos modelos de predição dos estoques de carbono”, afirma Danilo Almeida, diretor REDD+ da brCarbon.
Advanta, da UPL, e Embrapa vão desenvolver híbridos de canola
A UPL, multinacional de agroquímicos, anunciou uma parceria entre sua empresa Advanta Seeds e a Embrapa para desenvolver sementes híbridas de canola. O objetivo é oferecer ao agricultor do cerrado uma nova alternativa de cultura para a segunda safra. Com 60 anos de experiência no desenvolvimento de sementes, a Advanta Seeds foi a primeira companhia do mundo a desenvolver híbridos de canola e já possui uma forte presença no Sul do País, região tradicional de plantio dessa cultura.
A canola é uma cultura de alto valor agregado, muito valorizada pela indústria alimentícia pelo seu óleo de alta qualidade com grande quantidade de Ômega 3 e Vitamina E. A planta também é uma importante alternativa para a rotação de culturas, manejo de nematoides, produção de cosméticos, biocombustíveis e alimentação animal.
“A Embrapa tem feito um trabalho fantástico de pesquisa e desenvolvimento, que ganha ainda mais força através das parcerias com a iniciativa privada”, diz Rogério Castro, diretor presidente da UPL.
Lavoro começa negociar suas ações na Nasdaq
A Lavoro Limited, distribuidora de insumos agrícolas do Brasil, começou a negociar nesta semana suas ações na bolsa de valores americana Nasdaq, seguindo a conclusão da combinação de negócios com o TPB Acquisition Corporation I (“TPB Acquisition Corp.” ou “TPBA”) uma empresa de aquisição de propósito específico patrocinada pelo The Production Board (“TPB”).
“Acreditamos que os recursos brutos proporcionados pela transação, colocam a empresa em uma posição privilegiada”, disse Ruy Cunha, CEO da Lavoro. “Executamos nossa estratégia de crescimento para aumentar a introdução de tecnologias agrícolas na América Latina.”
Com sede em São Paulo, o crescimento da empresa no país se deu por meio da aquisição de cerca de 20 pequenas e médias empresa. São 60.000 clientes e 193 lojas. A Lavoro também atua na Colômbia e Uruguai.
Cooperado da Frísia vende créditos de soja sustentável no exterior
Dar “um passo a mais” era o que o produtor Fabiano Gomes gostaria de fazer, e fez. O passo foi tão importante que a fazenda Pau Furado, propriedade dele e de dois irmãos, foi a primeira de um cooperado da Frísia, cooperativa paranaense, a comercializar créditos de soja sustentável. A negociação foi realizada pela cooperativa.
Localizada no município de Teixeira Soares, nos Campos Gerais do Paraná, o produtor ofertou 2.281 créditos, vendidos entre US$ 2,50, e outra empresa, da Alemanha, comprou o restante por US$ 2,80 cada. Os primeiros créditos foram ofertadas em uma plataforma online em 28 de dezembro, sendo comercializados duas semanas depois, no dia 11 de janeiro.
Cada tonelada de soja certificada é equivalente a um crédito. “A gente já vinha com um modelo de organização muito forte na nossa propriedade”, afirma Gomes. A Pau Furado tem 784 hectares onde são produzidos soja, milho verão, feijão, trigo, cevada e aveia.
Alta Cria Beef inicia programa de criação de bezerros de corte
A Alta Brasil, centro de biotecnologia e difusão genética, com sede em Uberaba (MG), lançou o primeiro programa nacional de levantamento de dados na criação de bezerros de corte. O objetivo é conhecer e gerenciar os principais dados zootécnicos na fase de cria, do nascimento até a desmama. O banco vai funcionar como uma ferramenta para a tomada de decisão do pecuarista.
Na fase inicial, que foi finalizada, o programa levantou dados durante a estação de nascimento de fazendas em cinco estados brasileiros (MG, SP, GO, MS e MT), somando cerca de 40 mil matrizes prenhas. Além dos índices zootécnicos, o programa visa propagar informações sobre saúde e bem-estar animal para o campo.
Noruegueses vêm ao país conhecer soja não-transgênica da Amaggi
Na semana passada, um grupo de 30 noruegueses e suecos estiveram em Mato Grosso para conhecer áreas de produção da soja que abastecem o mercado europeu e conversar sobre os desafios de manter o cultivo convencional (não transgênico) do grão.
O grupo, composto por membros de cooperativas agrícolas, ONGs de proteção ambiental, companhias produtoras de alimentos e pesquisadores, foi convidado pela Denofa, indústria esmagadora de soja que pertence à Amaggi, maior importadora de soja não-transgênica da Noruega.
“Foi uma visita importante para dar ainda mais transparência às nossas ações e para que eles pudessem conferir de perto as políticas, ações ambientais e o rigoroso controle de qualidade da nossa companhia, inclusive em relação à produção e o envio de soja não-transgênica”, diz Juliana Lopes, diretora de ESG, Comunicação e Compliance da Amaggi.
Estudo inédito mostra profissões que irão atuar com o hidrogênio verde
Um estudo inédito intitulado “Mercado de hidrogênio verde e power to X: demanda por capacitações profissionais”, mapeou profissões para atuar na cadeia de hidrogênio verde (H2V) no Brasil. O levantamento foi apresentado pelo Senai (Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial), em parceria com o projeto H2Brasil, que integra a Cooperação Brasil-Alemanha para o Desenvolvimento Sustentável e é implementado pela Deutsche Gesellschaft für Internationale Zusammenarbeit (GIZ) GmbH, como parte dos esforços de apoiar a expansão do mercado de H2V no país.
Os autores concluíram que os profissionais aptos a atuar na cadeia de hidrogênio verde no Brasil são engenheiros das mais diversas especialidades (mecânica, química, ambiental e de produção), economistas com experiência em planejamento e gestão, especialistas em regulação e legislação, além de profissionais de nível técnico de perfis já consolidados (como eletrotécnica, mecânica, química e outros) que recebam formação específica em H2V.
“O estudo, baseado em experiências internacionais, é fundamental para identificar e validar as demandas no Brasil, ajudando na formação dos profissionais necessários para o desenvolvimento da indústria de Hidrogênio Verde e PtX no país”, afirma Markus Francke, diretor do projeto H2Brasil. Em 2022, o SENAI elaborou o itinerário formativo — percurso de formação dentro de uma área – com cinco cursos, que vão da instalação à operação e manutenção dos sistemas para produção do hidrogênio.
No segundo semestre deste ano, será lançada a primeira pós-graduação em Hidrogênio Verde e PtX da rede, pelo SENAI CIMATEC, na Bahia, juntamente com um centro de excelência localizado no Rio Grande do Norte e mais cinco laboratórios regionais (Santa Catarina, Paraná, São Paulo, Bahia e Ceará) voltados para a educação profissional e superior nesse novo setor.