A ABCZ (Associação Brasileira dos Criadores de Zebu) recebeu na sexta-feira (5), 14 associações de raças que realizam os registros de raças bovinas no país, com o propósito de discutir a criação da FAAB (Frente das Associações de Bovinos do Brasil). A reunião fez parte da agenda da 88ª ExpoZebu (Exposição Internacional de Gado Zebu), em Uberaba (MG), evento que vai até este domingo (7). A ACBZ é a maior entidade do país do setor pecuário, reunindo 24 mil associados que se dedicam ao melhoramento genético para a produção de carne e leite.
“O grupo de trabalho é uma iniciativa inédita que marca a história da ABCZ e da pecuária nacional, para assegurar oportunidades mais amplas de participação em assuntos de interesse da pecuária nacional, como a agilidade na liberação de touros em central”, diz Gabriel Garcia Cid, presidente da ABCZ.
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São entidades delegadas pelo Mapa (Ministério da Agricultura e Pecuária) para o registro de animais em todo o país. No início da exposição, em entrevista à Forbes, Garcia Cid disse: “Queremos criar uma frente para alinhamento de questões técnicas junto ao Mapa, e também de questões políticas referentes ao setor. A gente entende que hoje temos uma capacidade de dialogar, porque as outras raças não são competidoras das raças zebuínas. No mercado, competimos com outras fontes de proteínas. Não podemos olhar as associações de raças puras como se elas tivessem do outro lado da mesa.”
Estiveram presentes na reunião presidentes e diretores das associações das raças santa gertrudis, simental e simbrasil, wagyu, girolando, hereford e braford, marchigiana, devon e bravon, senepol, holandesa, brangus, angus e ultrablack e caracu, mais a Asbia (Associação Brasileira de inseminação Artificial) e a Associação Nacional de Criadores de Herd-Book Collares.
Luiz Antonio Josahkian, superintendente técnico da ABCZ e uma forte liderança no setor, lembrou de como a ação conjunta vai refletir na representatividade das raças. “Existe assimetria nas decisões, mas elas se diluem no corpo do Ministério”, disse ele. “Esse tratamento coletivo vai ser muito importante, já que, no primeiro momento vamos nos conhecer para saber onde convergir e onde nos respeitar nas peculiaridades das raças.”
Durante o encontro, foram apresentadas propostas de alinhamento de demandas de ordem técnica, política e de comunicação em favor dos produtores. Em pauta, definições sobre atribuições de cada representante e vigência de atuação. A ABCZ será a primeira entidade a coordenar a FABB; após o primeiro ano de trabalho, a responsabilidade da liderança passará para a Associação Brasileira dos Criadores de Girolando.
Para Domício Arruda, o presidente da entidade, o caminho do fortalecimento das entidades passa pela união. “Temos pautas urgentes, outras surgirão e, se estivermos organizados, vamos enfrentar melhor os desafios”, pontua. O próximo encontro deve acontecer no dia 7 de junho, na Megaleite, em Belo Horizonte (MG).