As calças jeans foram criadas pelos norte-americanos Jacob W. Davis e Levi Strauss em 1871, sendo patenteadas em 20 de maio de 1873. Daí a data de hoje como o Dia Mundial do Jeans. Strauss era um comerciante e criou uma calça de modelagem própria, reforçada com lona, toda à base de algodão.
O Brasil está entre os cinco maiores produtores e consumidores de denim do mundo, o tecido do jeans, segundo a Abit (Associação Brasileira da Indústria Têxtil). Essa indústria movimenta cerca de R$ 190 bilhões por ano. De acordo com a consultoria Iemi (Inteligência de Mercado), o chamado jeanswear, tradicionalmente conhecido como índigo blue, respondeu por um movimento da ordem de R$ 22 bilhões em 2020, o mais recente dado sobre esse mercado.
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Originalmente concebido para ser usado apenas por trabalhadores, e quase exclusivamente por homens, o jeans se tornou a mais universal das vestimentas. Tem sua imagem ligada à rebeldia, conforto, pluralidade, democratização e também se tornou uma peça de luxo nas mãos de marcas como Gucci, Dolce Gabana e Giorgio Armani. O algodão, a matéria-prima do denin, é um tecido produzido a partir do entrelaçamento de fios de algodão e parte desses fios (urdume), recebe tingimento com corante anil (índigo).
Confira 6 curiosidades sobre o jeans e sua matéria-prima, o algodão:
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Fabiano Panizzi/Divulgação Jeans rastreado
Em junho de 2022, a Lojas Renner, Ashua e Youcom lançaram as primeiras peças em jeans do Brasil totalmente rastreadas usando blockchain. As peças podem ser encontradas nas lojas da rede. A tecnologia faz o acompanhamento de todo o ciclo produtivo, do cultivo do algodão à fabricação das roupas. A fibra tem certificação BC (Better Cotton), iniciativa global para o cultivo ambientalmente sustentável. No ano passado, os jeans das marcas emitiram 12% menos gases de efeito estufa em seu processo de fabricação, equivalente a 4 mil toneladas de CO2.
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Morenosoppelsa_Guettyimages Produção global
Estima-se que o consumo mundial de denim seja da ordem de 3 bilhões de metros lineares por ano. Os EUA são os maiores consumidores, seguidos pelo bloco que forma a União Europeia e o Japão. O grupo responde por cerca de 65% do consumo de todo o tecido produzido globalmente.
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Kim Steele/Guettyimages Brasil entre os grandes
O Brasil é um dos principais produtores mundial de denim, com capacidade instalada de produção acima de 600 milhões de metros lineares por ano. O jeans é uma das roupas mais utilizadas pelos brasileiros, chegando a mais de 90% da população.
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Yagmradam/Guettyimagtes Tingimento rebelde
O nome índigo blue vem da planta indiana chamada índigus. É dela que se extrai da raiz o corante azul para o tingimento. Mas esse corante não tem muita afinidade com o algodão. Por isso, o tingimento fica na superfície dos fios, chamados de urdume, o que o leva a ter um anel de azul intenso e o núcleo branco, a cor do algodão.
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Guetty Images/LeilaMelhado Com a queda na safra do algodão, Índia deve dobrar as importações de 2022, somando 2,2 milhões de fardos
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Abapa/DIvulgação Sou de Algodão
A Abrapa (Associação Brasileira dos Produtores de Algodão) criou em 2016 o movimento “Sou de Algodão”, para estimular a moda responsável ao unir a cadeia produtiva à indústria têxtil. Entre as associadas estão várias marcas de roupas roupas em tecido denin, como Baubaki, Pequena Girafa, Verona, Korshi, Have a Nice Denin, Zian Jeans, além de fiações, como Cambus, Paranatex, entre outras.
Jeans rastreado
Em junho de 2022, a Lojas Renner, Ashua e Youcom lançaram as primeiras peças em jeans do Brasil totalmente rastreadas usando blockchain. As peças podem ser encontradas nas lojas da rede. A tecnologia faz o acompanhamento de todo o ciclo produtivo, do cultivo do algodão à fabricação das roupas. A fibra tem certificação BC (Better Cotton), iniciativa global para o cultivo ambientalmente sustentável. No ano passado, os jeans das marcas emitiram 12% menos gases de efeito estufa em seu processo de fabricação, equivalente a 4 mil toneladas de CO2.