As importações de soja do Brasil pela China caíram 16% em abril em comparação com o mesmo mês do ano anterior, mostraram dados divulgados no último sábado (20), mantendo a oferta do país sul-americano bem abaixo do nível do ano passado após atrasos na colheita.
O maior comprador mundial de soja importou 5,3 milhões de toneladas da oleaginosa do Brasil, seu principal fornecedor, contra 6,3 milhões de toneladas no ano anterior, segundo dados da Administração Geral das Alfândegas.
Os compradores chineses aproveitaram a safra recorde de soja brasileira deste ano e os preços baixos para intensificar as compras no início deste ano.
Mas a colheita brasileira atrasada e o carregamento de grãos desaceleraram os embarques, enquanto o aumento das inspeções da China nas chegadas de soja no mês passado reduziu ainda mais as importações, disseram traders.
No acumulado do ano, as importações do Brasil seguem 28% abaixo do ano anterior, com 9,21 milhões de toneladas nos primeiros quatro meses, ante 12,7 milhões de toneladas no mesmo período de 2022.
As importações dos Estados Unidos continuam subindo, com alta de 11% em abril em relação ao ano anterior, para 1,82 milhão de toneladas.
Os embarques dos EUA para este ano até agora estão em 18,24 milhões de toneladas, em comparação com 15 milhões de toneladas no ano passado.
Para o milho, as chegadas dos Estados Unidos caíram para 53.099 toneladas, ante 1,51 milhão de toneladas no ano anterior. As importações totais de milho da China em abril contraíram 55% em relação ao ano anterior, para 1 milhão de toneladas, sendo a Ucrânia o principal fornecedor.