O mercado global de café registrará um déficit de 7,3 milhões de sacas na temporada 2022/23 (outubro-setembro), uma vez que o aumento dos custos globais de fertilizantes e o clima adverso no último ano prejudicaram as safras, informou a Organização Internacional do Café (OIC) nesta terça-feira (6).
Isso ocorre após um déficit de 7,1 milhões de sacas na temporada 2021/22, quando o consumo de café se recuperou e o crescimento econômico melhorou em período em que o mundo emergia da pandemia de Covid-19, informou a OIC em um relatório mensal.
O órgão intergovernamental vê a produção aumentando apenas 1,7%, para 171,3 milhões de sacas em 2022/23, apesar de o Brasil, o maior produtor, ter estado no seu período de alta no ciclo bienal, que alterna anos de melhores e piores produtividades.
Embora o consumo também esteja crescendo 1,7%, para 178,5 milhões de sacas, isso é modesto em comparação com o aumento de 4,2% da última temporada pós-Covid.
“A desaceleração do crescimento econômico para 2022 e 2023, juntamente com o dramático aumento do custo de vida, terá um impacto no consumo de café no ano cafeeiro de 2022/23”, disse a OIC.
A organização também observou que as exportações globais de grãos de café verde ou não torrado caíram 2,9% em abril na comparação anual, para 9,21 milhões de sacas, elevando o total acumulado de exportações nos primeiros cinco meses do ano cafeeiro para 64,95 milhões de sacas, uma queda de 6,4%.