O engenheiro agrônomo Alysson Paolinelli faleceu hoje, (29), aos 86 anos. Paolinelli foi uma das figuras públicas do agro mais importantes para o setor, nas últimas décadas, e sua trajetória está intimamente ligada à Embrapa (Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária), organismo criado pelo governo em abril de 1973.
Ele não foi seu primeiro presidente, mas Paolinelli fez parte do grupo de frente que estruturou a Embrapa como a conhecemos hoje, ao ser convidado em 1974 para se tornar ministro da Agricultura com a missão de modernizar a instituição e promover a ocupação econômica do Cerrado brasileiro. Foi sob o seu comando que o Brasil enviou cerca de 2.000 pesquisadores mundo afora para que, quando retornassem, as pesquisas tivessem como foco a tropicalização da ciência agrária. E assim foi feito.
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Em 2006, Paulinelli foi laureado com o prêmio World Food Prize, que condecora personalidades que contribuíram significativamente para o aumento da qualidade e da quantidade de alimentos no mundo. Até sua morte, ele era o presidente executivo da Abramilho (Associação Brasileira dos Produtores de Milho) e do Instituto Fórum do Futuro, além de embaixador da Boa Vontade do IICA (Instituto Interamericano de Cooperação para a Agricultura).
O fato mais importante dos últimos tempos ocorreu em 2021, quando Paolinelli foi indicado a concorrer ao Prêmio Nobel da Paz pela sua contribuição ao desenvolvimento da agricultura tropical. Nascido em 10 de julho de 1936, na cidade de Bambuí (MG), com 15 anos ele deixou a sua cidade natal para cursar o ensino médio no Instituto Presbiteriano Gammon, em Lavras. Em 1959, Paulinelli se formou engenheiro agrônomo pela ESAL (Escola Superior de Agricultura de Lavras). A Forbes Brasil se solidariza com a família e presta homenagem ao engenheiro agrônomo que é um capítulo especial do agro brasileiro e que cunhou definitivamente seu nome na alma da Embrapa.