Os contratos futuros de cacau na bolsa ICE fecharam em queda nesta quinta-feira (20), após atingir picos de vários anos e décadas, já que os dados mostraram que a demanda estava começando a encolher devido ao aumento dos preços.
CACAU
– O contrato setembro de cacau em Nova York caiu 45 dólares, ou 1,3%, para 3.388 dólares a tonelada, afastando-se do pico de 12 anos alcançado na quarta-feira.
– O contrato setembro do cacau Londres caiu 21 libras, ou 0,8%, para 2.563 libras por tonelada, abaixo do pico de 46 anos atingido no início deste mês.
– A moagem de cacau no segundo trimestre da Ásia, uma medida da demanda, caiu 6,5% em relação ao ano anterior, para 213.977 toneladas, mostraram os dados.
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– Os números seguem uma queda de 5,7% na moagem de cacau do segundo trimestre na Europa, relatada na semana passada. Os números norte-americanos devem ser divulgados ainda nesta sessão. As estimativas do mercado vão de estabilidade a queda de 6%.
– O recente aumento nos preços do cacau foi impulsionado por fortes chuvas na África Ocidental que prejudicaram a produção.
– Também há temores de que o fenômeno climático La Niña possa levar o mercado a um terceiro déficit consecutivo na próxima temporada.
AÇÚCAR
– O contrato outubro do açúcar bruto fechou em alta de 0,46 centavos, ou 1,9%, a 24,67 centavos de dólar por libra-peso.
– Os revendedores disseram que o El Niño até agora levou a chuvas irregulares nos principais produtores Índia e Tailândia, mas o maior produtor, o Brasil, tem desfrutado de um clima favorável que deve levar a uma produção forte, se não recorde.
– No lado positivo, porém, eles observaram que a demanda parece sólida, já que grande parte do mundo consumidor está agora preocupado com os aspectos de saúde dos adoçantes artificiais e as economias emergentes estão indo surpreendentemente bem.
– O contrato outubro do açúcar branco subiu 13,10 dólares, ou 1,9%, para 688,90 dólares por tonelada.
CAFÉ
– O contrato setembro do café arábica fechou em alta de 2,55 centavos, ou 1,6%, a 1,5805 dólar por libra, recuperando-se parcialmente da mínima de seis meses atingida na segunda-feira.
– A brasileira Cooxupe, maior cooperativa de café do mundo, disse que a safra de 2023 nas áreas onde atua atingiu 50,5% dos campos até 14 de julho — o ritmo mais rápido desde 2020.
– O contrato setembro do café robusta caiu 68 dólares, ou 2,6%, a 2.536 dólares a tonelada, após ter subido 2,8% na quarta-feira.