A China importou 10,27 milhões de toneladas métricas de soja em junho, um aumento de 24,5% em relação ao ano anterior, à medida que grandes compras de grãos baratos do Brasil chegaram ao mercado, mostraram dados alfandegários nesta quinta-feira.
As importações do maior comprador de soja do mundo foram significativamente menores do que o recorde de 12,02 milhões de toneladas registrado em maio, quando cargas atrasadas do mês anterior elevaram os números. Porém, as importações ainda ficaram relativamente altas, e em linha com as expectativas.
As grandes chegadas recentes também impulsionaram os embarques nos primeiros seis meses do ano para 52,58 milhões de toneladas métricas, um aumento de 13,6% em relação ao ano anterior, mostraram dados da Administração Geral de Alfândegas.
O aumento ocorre depois que os compradores do maior consumidor mundial de soja compraram suprimentos baratos do Brasil, que produziu uma safra recorde este ano.
Compradores antecipavam uma demanda crescente por parte dos agricultores este ano, depois da abertura da China após o abandono das rígidas medidas anti-Covid. No entanto, os criadores de suínos vêm perdendo dinheiro desde o início do ano.
Outras 10 milhões a 11 milhões de toneladas métricas de soja devem chegar este mês à China, disseram traders, mas a demanda pode desacelerar na segunda metade do ano se os rebanhos de suínos começarem a encolher e menos farelo de soja for necessário, disse Darin Friedrichs, co-fundador da Sitonia Consulting, com sede em Xangai.
A soja é transformada em farinha rica em proteínas para alimentar os rebanhos de gado na China e produzir óleo de cozinha.
“Os criadores de suínos estão basicamente perdendo dinheiro há mais de seis meses. É difícil ver como isso continua indefinidamente”, disse Friedrichs.