A Archer-Daniels-Midland superou as expectativas de Wall Street ao divulgar seu lucro do segundo trimestre nesta terça-feira (25), conforme a trading e processadora de grãos se beneficiou da safra recorde de soja do Brasil e de uma demanda global robusta por grãos e oleaginosas.
Os resultados, no entanto, ficaram abaixo do recorde da ADM registrado no segundo trimestre do ano passado, devido a dificuldades com margens mais baixas no processamento de oleaginosas e à redução das exportações de safras norte-americanas.
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A ADM registrou lucro ajustado de 1,89 dólar por ação nos três meses encerrados em 30 de junho, em comparação com a estimativa média dos analistas de 1,60 dólar por ação, segundo dados da Refinitiv.
A companhia, que anteriormente previa lucro para o ano de 2023 de 6 a 7 dólares por ação, disse que elevaria sua projeção de lucro, mas não forneceu detalhes.
A ADM e seus pares do agronegócio, como Bunge, Cargill e Louis Dreyfus, capitalizaram a forte demanda por alimentos, rações e biocombustíveis, enquanto interrupções na cadeia global de suprimentos de alimentos, como menores embarques de grãos da Ucrânia, elevaram os preços.
Mas a alta dos preços das matérias-primas e a oferta de safras mais apertada reduziram as margens das tradings globais de grãos.
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A ADM apresentou resultados mais baixos na comparação anual em seus três maiores segmentos de negócios.
A redução das margens de esmagamento de oleaginosas e as exportações historicamente fracas de milho e soja dos EUA pesaram sobre os resultados do segmento de serviços agrícolas e oleaginosas da ADM, o maior em receita e volume.
A unidade de Soluções de Carboidratos da ADM aproveitou a forte demanda por adoçantes e amidos, embora os resultados tenham sido prejudicados por margens de etanol mais fracas.
Os resultados no segmento de nutrição da empresa tiveram dificuldades no que a ADM chamou de “ambiente de demanda desafiador”.