O mercado de insumos agropecuários movimentou R$ 105 bilhões no ano passado, por meio das empresas distribuidoras. Os dados foram apresentados pela Andav (Associação Nacional dos Distribuidores de Insumos Agrícolas e Veterinários) nesta quinta-feira (10), durante o congresso da entidade em São Paulo (SP). A Andav reúne 2.792 empresas em 806 municípios. Os distribuidores vendem aos produtores rurais, principalmente pequenos e médios, sementes, fertilizantes, defensivos, entre produtos convencionais e bioinsumos, representando o principal elo entre a indústria e o campo.
Organizada pela Markestrat Agribusiness, uma das principais consultorias do país, os resultados da Pesquisa Nacional da Distribuição 2023 mostram que os maiores mercados são o Mato Grosso, que respondeu por 23% da receita, seguido por Minas Gerais (22%), Paraná (14%), Goiás (13%) e Mato Grosso do Sul (7%). Entre as culturas, a soja respondeu por 54,9%% da receita, seguida pelo milho segunda safra (20,1%), milho primeira safra (6,3%), hortifruti (4%), café (3,5%), cana (3,1%), pecuária (2%)
“Todo mundo espera pelo número mágico, que é a receita anual. A soja continua muito forte, representando mais da metade. No ano passado, a soja representou praticamente 55% do faturamento e no ano anterior 52%”, diz Paulo Tiburcio, presidente executivo da Andav.
Por categorias, os defensivos responderam por 46% da receita, seguido por fertilizantes do solo (26%), sementes (17%)e fertilizantes foliares (7%). Pecuária e bioinsumos responderam por 1% cada. Entre os defensivos, o maior mercado foi o dos herbicidas, com 36% do mercado, seguido pelos fungicidas e inseticidas (24% cada).
Outro dado que o estudo mostra é a disposição do setor em aumentar o número de lojas nos próximos três anos. A estimativa é de novos 894 novos estabelecimentos. Desse total, 82% devem ser lojas comerciais, 9% lojas não comerciais e 8% deverão ser unidades de armazenamento de grãos. “No ano passado, no incremento do número de lojas foi de 20%”, diz Tiburcio. “A pesquisa tem mostrado que a pegada tem sido, em média, de 300 novas lojas por ano.”