A deflação do Índice Geral de Preços-Disponibilidade Interna (IGP-DI) perdeu força em julho diante da alta dos preços de commodities importantes, mas ainda assim a taxa em 12 meses renovou o recorde da série histórica.
A Fundação Getulio Vargas (FGV) informou nesta segunda-feira (7) que o IGP-DI teve em julho queda de 0,40%, depois de ter recuado 1,45% no mês anterior, praticamente em linha com a expectativa em pesquisa da Reuters de recuo de 0,37%.
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Ainda assim, o resultado levou o índice a acumular em 12 meses queda de 7,47%, marcando novo recorde depois de uma deflação de 7,44% em junho nessa base de comparação.
No mês, o Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA-DI), que responde por 60% do indicador geral, caiu 0,61%, de queda de 2,13% no mês anterior.
“Nesta apuração, commodities de peso, que por inúmeros meses registraram queda em seus preços, apresentaram reversão desse processo e registraram aumentos, reduzindo o ritmo de queda do IPA e sua influência sobre o IGP”, explicou André Braz, coordenador dos índices de preços.
Entre essas commodities, ele destacou como as maiores influências positivas do índice ao produtor, soja (de -3,61% para 3,82%), minério de ferro (de -2,19% para 1,95%) e bovinos (de -5,70% para 1,71%).
Já o Índice de Preços ao Consumidor (IPC) — que responde por 30% do IGP-DI — mostrou que a pressão aos consumidores aumentou com uma elevação de 0,07% no período, de recuo de 0,10% em junho.
O Índice Nacional de Custo de Construção (INCC), por sua vez, registrou desaceleração da alta a 0,10% em julho, de 0,71% antes.
O IGP-DI calcula os preços ao produtor, consumidor e na construção civil entre o 1º e o último dia do mês de referência.