A Raízen (RAIZ4) está pronta para atender a um novo mercado para o etanol, aquele que usa o produto na rota de fabricação de combustível sustentável de aviação (SAF, na sigla em inglês), disse um diretor da empresa à Reuters na terça-feira (22).
O comentário foi feito após anúncio na véspera de que a Raízen obteve a certificação ISCC Corsia Plus, que coloca a empresa como a única produtora no mundo a ter etanol certificado para a produção de SAF.
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“Obter a certificação significa que nosso etanol atende a uma série de critérios voltados para a descarbonização deste setor. Assim, nos antecipamos à demanda crescente deste segmento, que deve ser de 20 milhões de m³ em 2030”, disse o vice-presidente de Trading da Raízen, Paulo Neves.
O certificado foi para o produto do Parque de Bioenergia Costa Pinto, em Piracicaba (SP).
A certificação integra um programa da Organização da Aviação Civil Internacional (ICAO), que visa a redução de emissões de CO2 provenientes da indústria de aviação.
Pra atender a essa demanda, a Raízen está olhando para a rota Alcohol to Jet (ATJ), que consiste em um processo que converte etanol em SAF.
“A partir do nosso anúncio, qualquer companhia que queira produzir SAF a partir do etanol precisará comprar da Raízen. Isso nos posiciona como a única fornecedora da matéria-prima do momento, e estamos prontos para atender a demanda”, ressaltou.
Produzido a partir de matéria-prima renovável, o SAF é capaz de reduzir cerca de 80% o volume total de emissões de gases de efeito estufa em comparação com o combustível fóssil de aviação, segundo estimativa da Associação Internacional de Transportes Aéreos (IATA).