As exportações totais do Brasil em 2024 deverão recuar 0,6% em 2024 ante 2023 para US$ 334,5 bilhões, por conta de uma queda nas divisas obtidas com os embarques do setor agropecuário, diante de expectativas de uma safra de grãos menor por efeitos do clima, estimou nesta quarta-feira (13) a Associação de Comércio Exterior do Brasil (AEB).
A agropecuária verá recuo de 8,6% nas exportações, para US$ 73,3 bilhões, enquanto os embarques da indústria extrativa vão aumentar 3,2%, para US$ 80,7 bilhões, com impulso das vendas externas de petróleo e minério de ferro, segundo projeção da AEB. Já a indústria de transformação terá aumento de 1,2%, para US$ 178,1 bilhões.
-
Siga a Forbes no WhatsApp e receba as principais notícias sobre negócios, carreira, tecnologia e estilo de vida
As importações totais do Brasil no ano que vem deverão aumentar 0,6%, para US$ 241,7 bilhões, resultando em um saldo comercial de US$ 92,77 bilhões em 2024, queda anual de 3,5%, segundo cálculos da AEB.
A associação levou em conta vários fatores para as estimativas, entre eles os impactos climáticos de seca em algumas áreas do país em meio à ocorrência do fenômeno do El Niño.
A AEB projeta que a soja continuará sendo o principal produto de exportação do Brasil, com receitas de US$ 48,8 bilhões, versus US$ 52,3 bilhões em 2023. A receita com a exportação de milho também cairá pouco mais de US$ 3,3 bilhões, para US$ 10,3 bilhões.
No caso da soja e algodão, a associação projeta uma certa estabilidade dos preços de exportação em 2024 ante 2023, enquanto no milho vê uma queda de 6,1%, assim como no café (-8,7%)
A associação ainda projeta queda na receita com as exportações de café verde e açúcar, para US$ 7,1 bilhões e US$ 14,5 bilhões, respectivamente. Mas vê aumentos nas vendas externas de carnes bovina (US$ 10,35 bilhões) e de aves (US$ 9 bilhões).
Na indústria extrativa, a exportação de petróleo deverá crescer mais de US$ 700 milhões de 2023 para 2024, para US$ 43,6 bilhões, enquanto os embarques de minério de ferro renderão no ano que vem US$ 31,5 bilhões, versus US$ 29,7 bilhões em 2023.
A associação projeta um aumento nos preços do minério de ferro de 2,5% em 2024, assim como no petróleo, de 1,7%.