Os futuros do cacau de Londres na ICE se estabilizaram ontem (17), indicativo de que os preços recordes têm afetado a demanda, enquanto os futuros do café robusta consolidaram sua recente alta, atingindo seu maior patamar em pelo menos 16 anos.
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Cacau perdeu 0,5%
O contrato março do cacau de Londres fechou em queda de 17 libras, ou 0,5%, a 3.712 libras por tonelada, depois que um contínuo aperto na oferta levou os preços a um pico de 3.760 libras na quarta-feira (16).
A moagem de cacau na Europa no quarto trimestre, uma medida da demanda, caiu 2,5% em relação ao ano anterior, para 350.739 toneladas, informou a Associação Europeia do Cacau, com sede em Bruxelas. O mercado esperava quedas entre 2% e 5%.
A moagem de cacau na Ásia caiu 8,49% ano a ano, para 211.202 toneladas, no quarto trimestre de 2023, mostraram dados da Associação do Cacau da Ásia, novamente em linha com as expectativas do mercado, disseram os operadores.
O mercado aguarda os números de moagem do quarto trimestre nos Estados Unidos para completar o cenário.
O contrato março do cacau de Nova York teve pouca alteração, em 4.458 dólares a tonelada.
Café caiu 2,9%
O contrato março do café robusta caiu 2,9%, para US$ 3.063 a tonelada, após atingir um pico de US$ 3.177 dólares esta semana, o maior em pelo menos 16 anos.
A oferta de café robusta está extremamente restrita, à medida que produtores do Vietnã, maior produtor, retêm novas vendas e atrasam a entrega de vendas antigas pré-acordadas, na esperança de preços ainda mais altos, disseram os negociantes.
O contrato março do café arábica fechou em alta de 0,75 centavo, ou 0,4%, a US$ 1,7995 por libra-peso.
A safra de café do Brasil, maior produtor, deve atingir 58,08 milhões de sacas de 60 kg em 2024, segundo a Conab, alta de 5,5% em relação à temporada anterior, conforme o país entra em um ano favorável no ciclo bienal de produção de arábica.
Açúcar subiu 3,1%
O futuro março do açúcar bruto fechou em alta de 0,69 centavo, ou 3,1%, a 23,04 centavos de dólar por libra-peso, uma máxima em mais de um mês.
As importações de açúcar pela China, principal consumidor de commodities, caíram 4,3% em dezembro, para 500 mil toneladas, mostraram os dados.
O contrato março do açúcar branco subiu 2,2%, para US$ 651,30 a tonelada.