A safra de soja do Brasil 2023/24 foi estimada nesta quarta-feira (10) ainda em recorde de 155,27 milhões de toneladas. Um corte de quase 5 milhões de toneladas na comparação com o levantamento divulgado em dezembro. A alteração se deve aos efeitos das chuvas escassas e mal distribuídas aliadas a altas temperaturas na região central do país.
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Apesar da redução, a companhia estatal ainda projeta um crescimento de 0,4% na safra de soja do maior produtor e exportador global na comparação com o ciclo passado, quando o país colheu 154,6 milhões de toneladas, segundo números oficiais.
“A atual safra tem a característica de ser uma das mais complexas para a estimativa de área, produtividade e produção nos últimos tempos. As dificuldades podem ser resumidas nos problemas climáticos, que geram incertezas e prejudicam a tomada de decisão pelos produtores”, ponderou o superintendente de Informações da Agropecuária da Conab, Aroldo Antonio de Oliveira Neto, em nota.
A maior redução na expectativa de produção aconteceu em Mato Grosso, maior produtor brasileiro. O corte foi de cerca de 3,3 milhões de toneladas na comparação com a previsão do mês anteriores, para 40,2 milhões de toneladas.
A área plantada com soja no Brasil em 2023/24 foi estimada em 45,26 milhões de hectares. Leve redução ante os 45,31 milhões da previsão anterior, mas ainda um recorde que supera a marca da temporada passada (44,08 milhões de hectares).
A produtividade média da soja do país cairá 2,2% ante a temporada passada, para 3,4 toneladas por hectare, com melhores rendimentos esperados no Rio Grande do Sul compensando parte das perdas na região central do país.