A safra de soja do Brasil em 2023/24, cuja colheita está em andamento, foi estimada em 148,55 milhões de toneladas, de acordo com o quinto levantamento da consultoria Datagro, que reduziu em 2,8% seu número na comparação com a pesquisa anterior.
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Em relatório nesta segunda-feira, a Datagro afirmou que a redução ocorreu novamente em virtude do clima irregular, com a produtividade estimada baixando para 3.269 kg/hectare, 8,9% inferior ao recorde de 3.589 kg/ha da temporada 2022/23.
Em caso de confirmação, a safra atual do país, atingida pelo tempo seco e quente em Mato Grosso, ficaria 7,3% abaixo da colheita recorde de 2022/23, de 160,234 milhões de toneladas, segundo número revisado pela Datagro.
A consultoria também apontou que em 2023/24 o Brasil terá o 17º ano consecutivo de incremento da área plantada com a oleaginosa, passando de 44,684 milhões de hectares em 2022/23 para 45,445 milhões de hectares no atual ciclo, o que representa um aumento de 1,7%.
Milho terá redução significativa
Se a área plantada com soja ainda terá crescimento, embora tenha ficado aquém da intenção de plantio prevista em meados do ano passado (45,7 milhões de hectares), o total semeado com milho terá redução importante, conforme levantamento da Datagro, com tendência de “forte recuo” na safra de inverno 2023/24 no Brasil.
“Agora nem tanto em relação à expectativa de mercado, que melhorou desde o fundo do poço em 2023, mas por conta dos problemas no plantio da soja”, disse o economista e líder de conteúdo da Datagro Grãos, Flávio Roberto de França Júnior, em referência ao milho de inverno.
A projeção de plantio da safra de inverno no país é de cerca de 17 milhões de hectares, 8,5% abaixo de 2023.
O potencial de produção da chamada segunda safra foi levemente ajustado para cima, de 91,48 milhões para 91,6 milhões de toneladas, 15,7% aquém da safra recorde de 2023.
Já a primeira safra de milho tem potencial de produção de 24,7 milhões de toneladas, 11,3% inferior a 2023.