A celebração das quatro décadas de existência da Agro Amazônia, distribuidora de insumos agrícolas e pecuários, além de sementes e serviços do grupo Sumitomo, com sede em Cuiabá (MT), é uma coletânea de bons resultados. De 2015 – ano em que o conglomerado
japonês adquiriu 65% da companhia – até o momento, a receita ficou oito vezes maior. Os outros 35% foram comprados em 2018.
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Em 2022, o faturamento chegou a R$ 5,6 bilhões, e a perspectiva é crescer 7,1% em 2023, indo a R$ 6 bilhões. A estratégia desse caminho é clara: multiplicar as filiais, ampliando a área de influência da companhia. Além da matriz, são 64 unidades em nove estados. A mais recente acaba de ser inaugurada em Altamira (PA), município que caminha rapidamente para 100 mil hectares de soja e milho.
Roberto Motta, presidente da empresa, diz que as próximas localizações serão Bahia, Piauí e São Paulo. “Entrar nesses estados deve acontecer de maneira orgânica, enquanto aquisições podem ser uma opção na região Sul”, diz ele. A companhia vem abrindo entre seis e sete filiais, por ano, e o plano é chegar a 90 até 2025. A Agro Amazônia faz parte da lista de empresas e cooperativas da Forbes Agro100 2023, publicada na edição da Revista Forbes em outubro de 2023 e que pode ser acessado neste link.
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No entanto, essa é apenas uma parte do plano de expansão. A ousadia de Motta vai além. A Agro Amazônia deve investir até R$ 30 milhões em uma indústria de beneficiamento de soja em Patos de Minas (MG), com capacidade para 1 milhão de sacas. Há, ainda, um centro de distribuição para defensivos e sementes sendo construído em Cuiabá, com 30% da obra de 14 mil metros quadrados já concluídos. Com a logística no centro das prioridades da empresa, o objetivo é aumentar o fôlego da distribuição. “Será um grande pulmão para nossas operações”, diz ele. “O agro é uma indústria a céu aberto, por isso precisamos de rapidez no atendimento
ao produtor.”
Nem mesmo os desafios do setor – queda de preços das commodities, oscilações de mercado, aumento de custo de produção e fatores climáticos – tiram a consistência dos investimentos da Agro Amazônia. “Pensamos a médio e longo prazos”, afirmou Motta. Para o executivo, a opção por passos sólidos e sem pressa vem da combinação entre os conceitos que moldaram a empresa desde seu nascimento, lá em 1983, e a cultura trazida pelo grupo japonês.
A Sumitomo é um conglomerado de cerca de 900 empresas e vinha “namorando” a Agro Amazônia por três anos. Segundo Motta, os japoneses monitoravam o negócio desde 2012, ano em que esteve no Japão. “Naquela vitoriosa viagem, começava a ser construída a Agro Amazônia como é hoje”, diz, destacando que as conexões da companhia no campo são construídas pela proximidade com o produtor rural.