A União da Industria de Cana-de-Açúcar e Bioenergia (Unica) comunicou no sábado (10) o falecimento de Antonio de Padua, diretor-técnico da associação entre 2003 e 2022 e membro da equipe setorial desde 1990, aos 71 anos. O dirigente estava em tratamento contra o câncer, segundo a entidade.
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“Como uma das lideranças mais relevantes, Antonio de Padua Rodrigues ficará marcado como um dos responsáveis pelo desenvolvimento do setor sucroenergético brasileiro. Para seus companheiros de trabalho, Padua será sempre lembrado por seu sorriso fácil, sabedoria e humanidade”, informou a Unica.
Padua deu início à sua carreira na antiga autarquia estatal Instituto do Açúcar e Álcool (IAA). Ele atuou no Programa Nacional de Melhoramento da Cana-de-Açúcar e participou da implementação do Proálcool, o programa do governo brasileiro para substituir os carros movidos por petróleo pelos movidos a etanol, em 1976.
Administrador de empresas formado pela Universidade de São Paulo (USP), ele trabalhou na Sociedade de Produtores de Açúcar e de Álcool, Orplana (Organização de Associações de Produtores de Cana do Brasil), Associação dos Usineiros, Associação das Indústrias do Açúcar e do Álcool até, por último, ingressar na Unica.
O seu primeiro grande marco na associação foi a aprovação da lei que implementou a mistura de 22% de álcool anidro na gasolina, no início da década de 1990. Atualmente, a obrigatoriedade é de 27%. Padua também foi um dos idealizadores do Consecana, o sistema inédito de pagamento aos produtores de cana, criado em 1999, que harmonizou as relações entre produtores e indústria, segundo a entidade.
Padua também fez parte do Conselho Superior do Agronegócio (Cosag), da Fiesp.
A notícia foi recebida com pesar por representantes de outras associações do setor sucroenergético, como a União Nacional da Bioenergia (Udop), que lamentou a morte do ex-diretor da Unica nas redes sociais. “Perdemos hoje (10) um grande ícone do setor, a quem devemos muito do atual estágio de desenvolvimento de nosso setor ”, declarou Hugo Cagno Filho, presidente da Udop.
“Pádua era um verdadeiro defensor incansável do setor sucroenergético. Além de um amigo querido, ele também foi um mentor inspirador para mim”, publicou Roberto Perosa, o secretário de comércio e relações internacionais do Mapa (Ministério da Agricultura e Pecuária).
O velório foi marcado para as 9h às 13h deste domingo (11) no Memorial Metropolitano de Piracicaba, no interior de São Paulo. O enterro será às 13h no Cemitério Parque da Ressurreição.