A safra de soja 2023/24 do Rio Grande do Sul registra desenvolvimento favorável, e as lavouras “conservaram seu potencial produtivo”, embora a última ocorrência de chuva generalizada tenha sido registrada em meados do mês passado, afirmou a Emater nesta quinta-feira (2).
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“Até o momento, não foram registrados fenômenos de acamamento, e as folhas basais permanecem intactas”, disse o órgão de assistência técnica ligado ao governo gaúcho.
A Emater lembrou que a última ocorrência de chuvas amplas no Estado, um dos maiores produtores brasileiros, foi em 16 de janeiro, ou seja, há cerca de duas semanas.
“Devido ao escoamento superficial, uma parte considerável do volume precipitado não foi retida no solo, especialmente em áreas com baixa cobertura de palha, nos solos de menor profundidade e nas topografias onduladas. Nesse contexto, embora não tenha sido formalmente estabelecido um quadro de estiagem, observou-se rápida redução da umidade do solo”, alertou a Emater.
O aumento das temperaturas está ocasionando maior evapotranspiração, resultando em alguns sintomas de deficiência hídrica nos períodos mais ensolarados.
“Porém, ainda não comprometem a produtividade”, acrescentou.
A estimativa de plantio para a safra 2023/24 é de 6.745.112 hectares, e a perspectiva de produtividade é de 3.327 kg/ha, disse a Emater anteriormente, mantendo as estimativas iniciais.
Caso as previsões venham a ser confirmadas, o Estado teria uma safra de 22,44 milhões de toneladas, aumento de 73% ante o ciclo anterior, quando a seca afetou as produtividades das lavouras gaúchas.
Na região oeste do Estado, a presença generalizada de ferrugem asiática preocupa os produtores de lavouras mais adiantadas. “Estão sendo realizadas aplicações robustas, combinando princípios ativos que atuam em múltiplos sítios metabólicos do fungo, visando aumentar a eficácia do tratamento”, disse a Emater.
MILHO
Na última semana, a Emater registrou “significativo progresso na colheita de milho, que foi beneficiada pelas condições climáticas secas e quentes”.
A área colhida alcançou 41%, e a produtividade das lavouras continua apresentando grande variabilidade, impactando negativamente a média do Estado.
“Além dos problemas relacionados ao excesso de umidade durante o desenvolvimento das plantas, muitos produtores mencionam que as espigas estão pequenas e apresentam falhas significativas relacionadas a problemas na polinização”, disse a empresa.