Nesta quarta-feira (28), a SAA (Secretaria de Agricultura e Abastecimento) por meio de sua Coordenadoria de Defesa Agropecuária, apresentou “uma nova marca” para o agro do Estado de São Paulo. Na ocasião, o secretário de Agricultura, Guilherme Piai, assinou resoluções que criam o Plano Estadual de Bem-Estar Animal e que apresenta o novo modelo de identificação de vacinação contra a brucelose em que o foco é reduzir ou acabar com a marca a fogo nos animais.
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“Hoje, São Paulo sai na frente mais uma vez com essa nova marca para o agro do Estado. Bem-estar animal significa segurança jurídica, recomendando boas práticas, valorizando a pecuária paulista e abrindo novos mercados internacionais, cada vez mais restritivos”, diz Piai.
A vacinação é obrigatória é feita nas fêmeas entre 3 e 8 meses de idade e apenas uma única vez. A Secretaria apresentou um novo modelo de identificação dessa vacinação para que o pecuarista deixe a prática da marca a fog0. Mas trata-se de uma alternativa não obrigatória à marcação utilizada nas bezerras . A ação é uma forma de estimular a produtividade e a qualidade do manejo, além de aumentar a segurança do trabalhador rural e do médico veterinário, responsável pela vacinação. O bem-estar animal contribui com uma imagem positiva do setor pecuário paulista e de seus produtos.
As resoluções assinadas pelo secretário Guilherme Piai instituem o Plano Estadual de Bem-Estar Animal; recomendam procedimentos básicos de bem-estar para eventos de concentração e atualizam diretrizes do Programa Estadual de Controle e Erradicação da Brucelose e Tuberculose Animal no Estado de São Paulo. “Somos o primeiro Estado do Brasil a dar a alternativa de escolha ao pecuarista não marcar o gado. Para aqueles que optarem pelo novo modelo, o manejo será mais adequado, gerando menos estresse e facilitando a vida dos veterinários. São Paulo lidera esse processo para que muitos outros estados brasileiros façam como nós, deixando um legado importantíssimo”, afirma Piai.
A pecuarista Carmen Perez, homenageada no evento por sua defesa pelo bem-estar animal, concorda sobre os benefícios sustentáveis e produtivos da inovação. “É um grande prazer saber que São Paulo, Estado de muita credibilidade, abre o caminho para essa escolha importantíssima, diz Carmen. “Já existem pesquisas no mundo todo demonstrando os prejuízos da marcação no animal, realizada em um local cheio de terminações nervosas. Parabenizo todos envolvidos no projeto que vai transformar a cadeia produtiva.”
Outro homenageado foi o professor do Departamento de Zootecnia da Universidade Estadual Paulista (Unesp) de Jaboticabal e especialista em Bem-Estar Animal, Mateus Paranhos, que pontuou que o evento representa uma mudança de paradigma para a marca a fogo: “É fundamental, uma marca para o Estado. A mudança de comportamento é sempre difícil, mas a cadeia produtiva não pode ficar vulnerável a isso”, afirmou Paranhos.