Mais 38 unidades frigoríficas brasileiras foram habilitadas para vender carnes à China, conforme comunicado da GACC (Administração-Geral de Aduanas chinesa) enviado ao governo brasileiro nesta terça-feira (12), de acordo com nota publicada pelo Ministério da Agricultura em seu site.
As habilitações pelo maior importador de carnes do Brasil incluem oito abatedouros de frango, 24 de bovinos, um estabelecimento bovino de termoprocessamento e cinco entrepostos. “Algo inédito com o comércio da China, dos quais um é de bovino, três de frango e um de suíno”, afirmou o ministério.
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“Esse é um momento importante para os dois lados. A China que vai receber carnes de qualidade com preços competitivos, garantindo produtos a sua população, e ao Brasil a certeza de geração de emprego, oportunidade e crescimento da economia brasileira”, afirmou o ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, em nota.
Segundo o secretário de Comércio e Relações Internacionais, Roberto Perosa, “este é o maior número de habilitações concedidas de uma só vez na história”.
“Continuaremos trabalhando para expandir a lista de estabelecimentos exportadores”, destacou Perosa.
Parte dos estabelecimentos foi auditado remotamente em janeiro deste ano, enquanto outros receberam avaliação presencial em dezembro do ano passado, segundo o comunicado.
Até o início de março deste ano, o Brasil possuía 106 plantas habilitadas para a China, sendo 47 de aves, 41 de bovinos, 17 de suínos e 1 de asininos.
Recentemente, após a atuação do governo brasileiro, a China notificou o Brasil sobre a não renovação da medida antidumping que vinha sendo aplicada desde 2019 às exportações brasileiras de carne de frango.
A medida, que impunha uma sobretaxa variando entre 17,8% e 34,2% conforme a empresa exportadora, deixou de vigorar no dia 17 do mês passado.
Com o fim da decisão, as exportações de frango do Brasil se tornaram mais competitivas no mercado chinês, criando também oportunidades para outros produtores brasileiros, disse o ministério.
Mesmo com frigoríficos habilitados, os produtores não conseguiam competir efetivamente devido aos direitos antidumping que eram impostos, acrescentou a nota.