Os produtores da Argentina pediram ao governo local que elimine “urgentemente” um imposto de 12% sobre as exportações de trigo, já que os preços mal cobrem os custos de produção na temporada 2024/25.
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A Argentina é um dos principais exportadores mundiais de trigo, mas, de acordo com a Bolsa de Cereais de Buenos Aires (BdeC), a área semeada na temporada 24/25 ficará abaixo da média dos últimos cinco anos devido à baixa rentabilidade da safra.
A semeadura de trigo começa na segunda quinzena de maio na Argentina, que registraria uma área de 5,9 milhões de hectares, de acordo com a BdeC.
“Pedimos às autoridades que revisem urgentemente essas políticas e trabalhem na implementação de medidas que promovam um ambiente propício ao desenvolvimento da produção de trigo, sendo que a eliminação das tarifas de exportação deve ser a primeira delas”, disse a associação rural CRA em um comunicado.
A Confederaciones Rurales Argentinas (CRA) é uma das quatro associações agrícolas mais importantes da Argentina. As exportações agrícolas são a principal fonte de divisas do país e os produtores rurais são um importante lobby político.
O libertário Javier Milei assumiu o cargo no início de dezembro com base em uma campanha na qual prometeu desregulamentar o comércio agrícola.
No entanto, ele não só não conseguiu eliminar os impostos sobre a exportação de grãos, como também, poucas semanas depois de assumir o cargo, apresentou um projeto de lei abrangente que incluía um aumento do imposto sobre a exportação de trigo para 15%.
O projeto de lei foi rejeitado em fevereiro pela câmara baixa do Congresso, depois de ser severamente criticado, inclusive por agricultores, pelo aumento do imposto proposto.