A produção de café no Brasil, o maior produtor e exportador do mundo, foi projetada em 67,46 milhões de sacas de 60 kg, com problemas climáticos reduzindo a expectativa em 4,9% na comparação com a estimativa anterior, de acordo com números da empresa de consultoria e gestão de riscos hEDGEpoint Global Markets divulgados nesta segunda-feira (1).
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Em relatório, a empresa afirmou que a produção de café arábica deverá atingir 45,6 milhões de sacas, cerca de 2 milhões abaixo da projeção anterior.
A produção de robusta/conilon foi projetada em 21,85 milhões de sacas, corte de 1,43 milhão de sacas.
A produção total de café do Brasil ainda teria um crescimento de 1,8% na comparação com a temporada anterior, com impulso do colheita de arábica, já que a de conilon deve ficar abaixo das 22,5 milhões de sacas no ciclo passado.
O número é bem abaixo do potencial. Em uma das primeiras projeções divulgada no ano passado, a hEDGEpoint havia estimado a safra brasileira em um recorde de 74,24 milhões de sacas de 60 kg na temporada 2024/25.
A analista da hEDGEpoint Natália Gandolphi disse que nas regiões de conilon os níveis de precipitação acumulada terminaram 2023 em uma mínima de dez anos.
“A recuperação no 1º trimestre/24 estancou o sangramento, mas qualquer dano que tenha ocorrido no 4º trimestre/23 já se consolidou. As temperaturas também são uma preocupação: o El Niño atinge com mais força o Espírito Santo…”, disse ela.
No caso do arábica, fenômeno climático também afetou as áreas produtoras, “embora em um grau muito menor”.
Segundo ela, as chuvas favoráveis até o último trimestre de 2023 ajudaram a manter os níveis de umidade do solo, “evitando uma quebra de safra substancial na região”.