No início de março, o Mapa (Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento) anunciou a maior habilitação em lote de plantas frigoríficas aptas à exportação de carnes para a China. Foram 38 novas habilitações de uma só vez, sendo 24 plantas de bovinos, oito de frango, uma bovina de termoprocessamento e cinco entrepostos.
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Os estados que tiveram a maior quantidade de novas habilitações para frigoríficos de bovinos foram o Mato Grosso do Sul, com seis plantas, e o Mato Grosso com seis. O Pará teve quatro unidades habilitadas, Rondônia, três, Goiás, duas e por fim, São Paulo, Tocantins e Minas Gerais tiveram uma planta habilitada cada.
Mato Grosso passou a ser o estado com o maior número de habilitações, já que atualmente conta com 14 unidades que podem exportar carne bovina para a China, ou seja, o equivalente a 45% das unidades que possuem a certificação SIF (Sistema de Inspeção Federal) no estado. Já o Mato Grosso do Sul foi a unidade da federação que mais se beneficiou, saindo de duas para oito plantas habilitadas a exportar.
Apesar das habilitações, as vendas do corte dianteiro para a China estão próximas de suas mínimas de preço. Atualmente, o produto está sendo vendido 26% abaixo do valor praticado no mesmo período do ano passado, quando as negociações com o país voltaram a ser feitas após uma suspensão causada pela incidência atípica da encefalopatia espongiforme bovina no Pará.
A diferença entre o dianteiro desossado enviado para a China e em São Paulo encontra-se próximo de 22%, um dos menores patamares já registrados, o que tem dificultado e até anulado a oferta do bônus sobre os animais que são padrão-China aos produtores.
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Diante disso, o impacto positivo sobre o preço deve ser bem limitado. Mas a divulgação vem em boa hora para arrefecer a forte pressão negativa que acontece sobre as cotações do boi gordo, resultado da evolução do ciclo pecuário que se encontra em fase de baixa.
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No momento, o Brasil exportou 2,84 milhões de toneladas equivalentes de carcaça em 2023, sendo 32% disso destinados ao mercado internacional. A China foi responsável por uma demanda de 56 milhões de toneladas, em equivalente carcaça, neste ano — ou 17,4% da produção brasileira de carne bovina.