A colheita da safra de café 2024/25 do Brasil alcançou 15% até 21 de maio, ante percentual de 12% no mesmo período do ano anterior, mas o ritmo dos trabalhos está dentro da média histórica com o clima seco favorecendo as atividades, informou nesta sexta-feira a Safras & Mercado.
-
Siga a Forbes no WhatsApp e receba as principais notícias sobre negócios, carreira, tecnologia e estilo de vida
Segundo a consultoria, as condições climáticas permitiram um avanço semanal de cinco pontos percentuais na colheita, que está ganhando ritmo, especialmente para o canéfora (robusta/conilon). O percentual de 15% para esta época está alinhado à média de cinco anos, acrescentou.
Com base nos números da Safras, que estima a colheita no maior produtor e exportador global em 70,37 milhões de sacas de 60 kg, o país havia colhido 10,44 milhões de sacas até o dia 21 de maio, sendo 4,2 milhões em Minas Gerais e quase 4 milhões de sacas no Espírito Santo.
A colheita do conilon alcança 22% da produção prevista, com Rondônia se destacando com 33% de sua produção já colhida, afirmou a consultoria.
O Espírito Santo, maior produtor de canéforas, já colheu 18% da safra.
Segundo o consultor de Safras & Mercado para café, Gil Barabach, o progresso significativo da colheita de canéforas observado na semana ajudou a recuperar o atraso em relação a 2023, embora ainda continue abaixo da média de 26% colhido nos últimos cinco anos.
“Há percepção inicial, especialmente no Espírito Santo, que o rendimento está abaixo do esperado, o que pode se levar a uma revisão para baixo nas estimativas da safra”, disse ele.
Produtores de café reunidos em um seminário internacional em Santos nesta semana também mencionaram a colheita de grãos miúdos, neste início dos trabalhos.
A Safras afirmou ainda que a colheita de arábica alcançou 11% da produção, adiantada ante a mesma época do ano passado (7%). O progresso atual também excede a média de cinco anos, que é de 10%.
“A expectativa no arábica é de uma safra maior que no ano passado, embora preocupe bastante a peneira mais miúda observada nesses primeiros lotes beneficiados”, reforçou Barabach.
Em Minas Gerais, maior produtor brasileiro de café e também da variedade arábica, a colheita atingiu 12% do esperado.