As vendas de insumos agrícolas, como fertilizantes e pesticidas, têm sido quase normais nos Estados Unidos, apesar dos preços mais baixos dos grãos, enquanto na América do Sul não estão tão boas, de acordo com os produtores de insumos agrícolas.
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Executivos de empresas como Mosaic, Bayer e Corteva disseram, durante a conferência BMO Global Farm to Market nesta semana, que os agricultores dos EUA continuam em uma boa situação financeira após algumas safras muito lucrativas, antes que os preços do milho e da soja começassem a cair em meados do ano passado, e que podiam comprar produtos.
“Não é ótima, mas também não é ruim”, disse Bob Reiter, vice-presidente executivo da Bayer AG.
“Temos estabilidade de preços (em fertilizantes)… A América do Norte está tendo uma temporada normal de plantio, nossos estoques estão se movimentando pelo canal”, disse Ken Seitz, CEO da Nutrien, a maior fabricante de potássio do mundo.
Investimentos maiores, como a aquisição de máquinas, sofreram mais, segundo eles, devido às altas taxas de juros atuais, que são um desafio ainda maior para os agricultores da América do Sul, onde as taxas são mais altas.
Seitz disse que, embora os volumes de fertilizantes tenham se aproximado do normal nos EUA, os estoques são maiores no Brasil, onde ele espera uma recuperação mais lenta da demanda, provavelmente no final de 2024 e em 2025.
O recente aumento nos preços dos grãos, devido a alguns atrasos no plantio nos EUA e às enchentes no sul do Brasil, deu um impulso aos agricultores, disse Janine Sekulic, diretora-gerente de Agronegócios, Região Leste, da BMO Capital Markets.
Ela disse que os agricultores americanos foram muito agressivos em relação às vendas nas duas últimas semanas.
“Estimamos que as vendas de milho e soja subiram para cerca de 40% da safra de 2024, com base em conversas que tivemos com parceiros”, disse ela, acrescentando que o nível está em linha com as médias históricas para esta época do ano.