A exportação de soja do Brasil em junho foi estimada nesta terça-feira (25) em 14,5 milhões de toneladas, redução de 380 mil toneladas na comparação com a previsão da semana passada, mas ainda no maior patamar da história para o mês, de acordo com dados da Anec (Associação Nacional dos Exportadores de Cereais).
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A projeção indica aumento de aproximadamente 660 mil toneladas na comparação com junho do ano passado, com um aumento de mais de 1 milhão de toneladas ante maio deste ano.
A estimativa, se confirmada, marcará o maior volume mensal do ano, em momento em que as exportações de grãos estão sendo beneficiadas pelo tempo seco, o que evita interrupções nas operações nos portos –quando chove, os embarques precisam ser interrompidos.
“Na verdade, o grande diferencial de junho de 2024, em relação aos anos anteriores, foi a sequência de dias com tempo firme, o que fez com que os embarques ganhassem produtividade crescente durante o mês em questão”, disse o diretor-geral da Anec, Sérgio Mendes, em comentário enviado à Reuters.
Os embarques de soja do Brasil de junho do ano passado tinham sido os maiores da história do país para o mês, com 13,8 milhões de toneladas.
A Anec também reduziu a projeção de embarques de farelo de soja para 2,2 milhões de toneladas em junho, ante 2,59 milhões na semana passada, praticamente estável ante o mesmo mês do ano passado.
Já a previsão de exportação de milho do Brasil foi estimada em 1,06 milhão de toneladas em junho, o que seria cerca de 170 mil toneladas abaixo do mesmo mês de 2023. Na semana passada, a previsão de embarques era de 1,02 milhão de toneladas neste mês.
Considerando os três produtos, as exportações totais previstas para junho deverão somar 17,8 milhões de toneladas, mais de 500 mil acima do mesmo mês do ano passado, e o maior patamar mensal desde agosto de 2023 (18,8 milhões de toneladas), que foi um mês histórico do ano em que o Brasil mais exportou essas commodities, segundo dados da Anec.
Contudo, no ano de 2024 fechado, o Brasil deverá “ficar bem abaixo de 2023, um ano recorde para soja e milho”, acrescentou o diretor da Anec, sem detalhar um volume.