A colheita de cafés robusta e conilon no Brasil avançou, chegando a 40% da área no Espírito Santo, enquanto está ainda mais avançada em Rondônia, superando 70%, de acordo com agentes consultados pelo Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada).
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Segundo análise publicada nesta terça-feira (11) pelo Cepea, o foco de agentes tem sido a colheita de café da safra 2024/25, “que está a todo o vapor”.
“Mesmo com uma peneira aquém do ideal, a qualidade do café tem sido boa até o momento”, disse o Cepea, referindo-se ao Espírito Santo, maior produtor de conilon do país.
Em Rondônia, a colheita está mais avançada, “restando aproximadamente 25% da produção estimada para ser colhida”.
No Estado rondoniense, as maiores reclamações de cafeicultores também estão relacionadas ao tamanho dos grãos, que estão “ainda” abaixo do esperado.
Enquanto isso, as cotações do café robusta voltaram a subir no Brasil neste começo de junho, operando em patamares recordes em termos reais, próximos de 1.250 reais por saca.
“A sustentação vem de projeções indicando oferta mundial apertada da variedade, devido ao clima adverso no Vietnã, que é o principal produtor de robusta”, afirmou o Cepea.
Isso tem impulsionado as exportações do Brasil, que superaram 4 milhões de sacas em maio, segundo dados do Cecafé (Conselho dos Exportadores de Café do Brasil), divulgados hoje.
Os preços do café arábica também têm avançado no mercado doméstico neste começo de junho, e a liquidez se aqueceu um pouco, acrescentou.
“Apesar de ser esperada uma safra com volume considerável no Brasil (somando-se robusta e arábica), o começo da colheita tem mostrado que o rendimento no campo não tem sido tão bom também para o arábica, já que a peneira em boa parte das regiões tem sido miúda — ainda são poucos os relatos de peneira graúda”, afirmou o Cepea.
Problema de peneira miúda foi relatado anteriormente por agentes do setor, o que pode impactar o tamanho da safra.
Até a primeira semana de junho, com o clima seco, a colheita do arábica no Brasil começava a ganhar ritmo, disse o Cepea.
No Sul e na Zona da Mata de Minas Gerais, além da Mogiana Paulista, a colheita soma entre 20% e 30% do volume total esperado para a safra 2024/25.
Segundo agentes consultados pelo Cepea, nas regiões da Paulista (Garça) e no noroeste do Paraná, os agentes reportam que a colheita ainda está abaixo dos 20%; no Cerrado de Minas Gerais, o volume colhido corresponde por 10% da produção estimada.