A Copersucar, líder mundial na comercialização de açúcar e etanol, registrou lucro líquido de 281 milhões de reais na safra 2023/24, recuo de 58,6% em relação à temporada passada, diante da maior queda de preços internacionais do açúcar dos últimos 13 anos e um declínio sem precedentes dos preços domésticos do etanol ao longo da safra, informou a companhia nesta quarta-feira (19).
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O resultado ocorreu apesar do avanço de 17,9% das vendas de açúcar no mercado externo em 23/24 ante a temporada anterior, para 11,2 milhões de toneladas, e de uma alta de 5% na comercialização do adoçante no mercado interno no período, para 2,1 milhões de toneladas.
Já no caso do etanol, as vendas a partir do Brasil cresceram 82,7% em 23/24, contra a temporada anterior, a 9,5 bilhões de litros. Já as vendas a partir dos Estados Unidos subiram 11,6%, a 7,7 bilhões de litros.
A companhia ponderou, no entanto, que “ainda que o montante (do resultado) seja inferior aos registrados nos últimos anos, esse é o quinto maior lucro líquido do histórico de 15 anos da Copersucar S.A., o que demonstra a resiliência do nosso portfólio de negócios”.
Otimismo
Durante a divulgação dos resultados hoje, a empresa também se declarou otimista com os preços do produto no médio prazo, já que o clima seco no maior produtor mundial deve confirmar uma produção menor na temporada 2024/25, que começou em abril.
Tomás Manzano, o presidente-executivo da Copersucar disse a repórteres em uma teleconferência que os preços tendem a subir dos níveis atuais, próximos a US$ 0,19 por libra-peso na bolsa de Nova York.
Ele prevê que as usinas deverão aumentar a alocação de cana para a produção de açúcar à medida que a safra avança.