Os cafezais do Brasil, maior produtor global, ainda estão saudáveis, apesar de um longo período de seca nas áreas produtoras. Com isso, a safra em 2025 pode ser boa quando as chuvas voltarem. É o que mostra uma pesquisa com agricultores publicada pela Coffee Trading Academy (CTA), sediada nos Estados Unidos.
A maioria dos agricultores entrevistados pela CTA disse que o estado dos pés de café estava “normal” ou “melhor que o normal”. A CTA apontou na segunda-feira (29) que recebeu respostas de 424 cafeicultores no Brasil ao final de junho sobre algumas questões de produção, incluindo a condição das plantações e a situação dos cuidados com a lavoura.
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A maioria dos agricultores espera que a safra deste ano, que está cerca de 80% colhida, tenha aproximadamente o mesmo tamanho da última. Ainda assim, é uma expectativa pior do que a observada na última pesquisa, em fevereiro.
A produção de café robusta deve ser cerca de 11% menor do que no ano passado, segundo a pesquisa. Isso porque as árvores desse tipo de café parecem ter sofrido mais com o clima seco e quente, o que prejudicou a formação dos grãos.
A maioria dos cafeicultores também disse que o tamanho do grão está menor este ano. A pesquisa indicou que os grãos peneira 17/18, os maiores e mais valorizados, constituirão apenas 17% da safra deste ano, contra 25% no ano passado.
Como resultado, os cafeicultores relataram um aumento do café a ser qualificado como de grau muito baixo. A avaliação passou de 13% no ano passado para 23% neste ano.
Essa característica da atual safra brasileira foi relatada por analistas e agricultores, e está levando a um aumento no diferencial de preço para grãos maiores.
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No entanto, os cuidados com a lavoura parecem ser adequados. Agricultores relatam o uso de fertilizantes dentro dos padrões normais, segundo a pesquisa do CTA.