João Victor e Feel Good VO no icônico cenário do Castelo de Versailles
Nessa terça-feira (30), João Victor Marcari Oliva e seu cavalo Feel Good, o único representante do país na modalidade dressage fez sua estreia na pista montada nos jardins do Palácio de Versalhes, para a Olimpíada de Paris. João Victot foi o quinto conjunto na ordem de largada do primeiro de dois dias na disputa do Grand Prix. Ao todo, competem na Dressage 60 conjuntos de 30 países divididos em 15 equipes com 3 membros cada, totalizando 45 duplas, e outros 15 conjuntos na disputa individual.O Grand Prix será disputado em duas baterias, 30 conjuntos por dia, em 30 e 31/07. Os trinta conjuntos diários serão divididos em três grupos de dez. Nesta manhâ, a dupla fechou com 70.093% de aproveitamento.
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“Fiz uma prova sem erros. Faltou energia aqui e ali, mesmo assim senti o Feel Good dando seu melhor. O cavalo veio com condicionamento bom, mas quando pega um calor desses, parece que está 40 graus até dentro da minha casaca. Então, mesmo com os fatores externos foi tudo muito bem. Eu queria acima de 70% e consegui. Fazer 70% em uma Olimpíada não é para qualquer um. Não podia estar mais feliz. Espero que tenha orgulhado os brasileiros que torceram por mim”, destacou João Oliva, que competiu na Rio 2016, Toquio 2020+1 e agora em Paris 2024.
Feel Good VO, cavalo da raça Westfalen que está registrado no studbook Brasileiro de Hipismo, tem 12 anos e está há apenas dois competindo em um Grand Prix (mais alto nível). “Estou muito orgulhoso de ter domado ele, do Feel Good, do meu trabalho, porque todo mundo que doma um cavalo tem como objetivo de fazer ele chegar em algum lugar e o maior objetivo da maioria dos cavaleiros é chegar nos Jogos Olímpicos, a maior competição do mundo”, destacou João, que garantiu uma inédita medalha de prata individual para o Brasil com Feel Good VO no Pan-americano de Santiago 2023.
O Grand Prix vale como classificatória por equipe e individual. Na soma dos resultados de cada membro da equipe, as oito melhores equipes e o melhor resultado individual dos dois dias se classificam para o GP Special, no sábado, dia dia 3 de agosto, quando se define o pódio por equipes. No GP Special – com música que, no entanto, não será considerada na avaliação do conjunto – todos voltam ao zero e os 18 melhores resultados se habilitam para o Grand Prix Freestyle – prova com coreografia livre e música – que acontece no domingo (8), definindo o pódio individual.
Entenda o que é Dressage
Confira os detalhes dessa modalidade, de acordo com a FEI Dressage Rules (Federação Equestre Internacional) e a Dressage Explained (United States Equestrian Federation). A dressage é uma modalidade de esporte que exige muita disciplina, habilidade e uma forte conexão entre cavalo e cavaleiro, destacando a beleza e a precisão dos movimentos equestres. Também conhecida como adestramento, enfatiza a execução de uma série de movimentos precisos e harmoniosos, demonstrando a relação entre cavalo e cavaleiro. O bem-estar do cavalo é de suma importância; qualquer forma de abuso ou tratamento inadequado é rigorosamente proibida e pode resultar em desclassificação.
1. Movimentos e Testes
Níveis de Competição: Existem vários níveis, desde o básico (iniciante) até o avançado (Grand Prix). Cada nível tem seus próprios testes que consistem em uma série de movimentos obrigatórios.
Movimentos Básicos: Incluem passo, trote e galope, além de transições entre esses andamentos.
Movimentos Avançados: Incluem piaffe (trote no lugar), passage (trote elevado), piruetas, mudanças de pé no ar e alongamento dos andamentos.
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2. Prova
Prova Técnica: O cavaleiro deve seguir um teste predeterminado, executando uma série de movimentos na ordem prescrita.
Freestyle (Kür): O cavaleiro executa movimentos coreografados ao som de música, demonstrando criatividade e harmonia.
3. Pontuação
Juízes: Normalmente, há cinco juízes posicionados em pontos estratégicos ao redor da arena.
Escala de Pontuação: Os juízes avaliam cada movimento com notas de 0 a 10, sendo 10 a nota máxima (excelente) e 0 a mínima (não executado).
Critérios de Avaliação: Incluem precisão, ritmo, cadência, submissão do cavalo, e a habilidade do cavaleiro em conduzir e comunicar-se com o cavalo.
(Com Confederação Brasileira de Hipismo)
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