As importações pela China da soja norte-americana triplicaram em julho em relação ao ano anterior, com a retomada da temporada de cultivo nos EUA. No entanto, os suprimentos brasileiros da commodity agrícola ainda detêm a maior parte do mercado, segundo dados da Administração Geral de Alfândega divulgados nesta terça-feira (20).
O maior comprador de soja do mundo importou 475.392 toneladas da semente oleaginosa dos Estados Unidos no mês passado. Um ano antes, o país asiático havia comprado 142.129 toneladas, de acordo com os dados.
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Já as importações do Brasil, maior produtor de soja do mundo, diminuíram 1,15%, para 9,12 milhões de toneladas. Mesmo assim, os grãos sul-americanos representaram quase a totalidade das 9,85 milhões de toneladas do total de soja importada pela China em julho.
No acumulado dos sete meses de 2024, as compras pela China da soja brasileira totalizaram 43,55 milhões de toneladas. Trata-se de um aumento de 12% em relação ao mesmo período do ano passado.
Por sua vez, o total de chegadas dos EUA para o Oriente nos sete meses do ano foi de 12,63 milhões de toneladas. O volume representa uma queda de 25% em relação ao ano anterior.
Os esmagadores da China intensificaram as compras nos últimos meses, depois que os preços globais mais baixos ajudaram a reduzir os custos de importação. Isso levou a estoques excessivos, em um momento em que a demanda por ração animal continua fraca.
Além disso, a demanda tímida da China ocorre em meio às previsões de uma safra abundante de soja nos EUA e ao bom clima de crescimento no Meio-Oeste dos EUA. Daí porque os preços da soja se aproximam das mínimas em quatro anos.
O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) elevou a estimativa para a safra de soja de 2024/25 americana para um recorde de 4,589 bilhões de bushels, ante 4,469 bilhões anteriormente.