Os embarques argentinos de milho e soja, dois dos principais produtos de exportação da potência agrícola, tiveram recuperação até agora nesta temporada, informou a bolsa de grãos de Rosário nesta sexta-feira.
As exportações de milho aumentaram 34% e as de soja cresceram 67% nos primeiros seis meses do ciclo em comparação com um ano atrás, informou a bolsa em um relatório.
O valor das exportações, no entanto, aumentou apenas 5% no caso do milho, para 4,07 bilhões de dólares, e 39% no caso da soja, para 8,98 bilhões de dólares, em meio a preços internacionais mais baixos.
A bolsa espera que a colheita de milho aumente 36%, para 49 milhões de toneladas métricas. As exportações na primeira metade da temporada chegaram perto de 20 milhões de toneladas, 5,1 milhões de toneladas a mais que no mesmo período do ano passado.
Em agosto, contudo, as exportações de milho atingiram seus volumes mais baixos em quase uma década, em parte devido a uma praga que afeta as colheitas, disseminada pelas cigarrinhas.
Enquanto isso, a produção de soja aumentou 150% em comparação com a temporada anterior, que produziu a menor safra deste século em meio a uma grave seca. As exportações atingiram 19,7 milhões de toneladas até o momento nesta temporada, 8% acima da média de cinco anos.
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Enquanto isso, os preços da soja caíram cerca de 25% e os do milho 20% em relação ao ano anterior.
A bolsa apontou para a produção maior do que o normal nos Estados Unidos, o que fez com que os preços das principais culturas no mercado de Chicago atingissem as mínimas de quatro anos.
A bolsa também registrou níveis mais baixos de água no rio Paraná, que passa pelo porto de Rosário e é usado para o transporte de grãos. Esses níveis atingiram apenas meio metro nos últimos meses, o nível mais baixo em 19 meses e abaixo dos quase 5 metros registrados no início deste ano.
“As projeções indicam que não haverá recuperação da altura do rio no hidrômetro de Rosário nos próximos meses”, disse.