Os processadores brasileiros de carnes de frango e porco estão no caminho de produzir e exportar volumes recordes este ano, de acordo com projeções revisadas nesta quinta-feira (1) pela ABPA (Associação Brasileira de Proteína Animal), que representa empresas como a JBS e a BRF.
Espera-se que a produção de frango no Brasil, o maior exportador mundial, cresça até 1,8% para 15,1 milhões de toneladas métricas.
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A perspectiva também é positiva para os processadores de carne suína, que devem aumentar a produção e as exportações devido aos efeitos benignos da redução da produção e das exportações de carne suína da Europa, segundo a ABPA.
As exportações de frango devem aumentar em até 2,2%, para 5,25 milhões de toneladas, mesmo após um recente surto da doença de Newcastle, que desencadeou proibições temporárias de comércio que continuam em vigor.
As exportações de frango do país ainda estão bloqueadas em nível nacional para países como China, México e Argentina. Os embargos regionais às exportações do Rio Grande do Sul, onde ocorreu o surto, continuam em vigor para vendas a países como Rússia, Arábia Saudita, Bolívia, Peru e Chile, informou a ABPA.
A previsão é de que o Brasil exporte cerca de 437.000 toneladas de produtos de frango, em média, por mês, neste ano, de acordo com dados da ABPA. As restrições comerciais poderiam afetar as vendas de até 60.000 toneladas por mês, disse a associação.
No entanto, o Brasil pode redirecionar os embarques para minimizar esse impacto, disse o presidente da ABPA, Ricardo Santin.
O governo disse na semana passada que o surto da doença de Newcastle havia terminado, mas os processadores de carne locais estão aguardando a aprovação dos importadores para retomar o comércio após o surto, que foi isolado no Sul do Brasil.
“Todos os países receberam informações sobre o fim do surto”, disse Santin, acrescentando que o setor espera que as restrições comerciais sejam suspensas em breve.
No caso da carne suína, da qual o Brasil é o quarto maior fornecedor mundial, as exportações poderiam ser aumentadas em até 7,7% em 2024, para 1,325 milhão de toneladas, disse a ABPA.
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A associação também observou que, se a China impuser medidas de antidumping contra os processadores de carne suína europeus, o Brasil, os EUA e o Canadá devem ser favorecidos.
A produção de carne suína do Brasil este ano aumentará 1%, disse a ABPA.